terça-feira, 27 de setembro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 28 de Setembro de 2011
Quarta-feira da 26ª semana do Tempo Comum

S. Venceslau, rei da Boémia, mártir, +935,  S. Lourenço Ruiz e companheiros, mártires, ++1633-37



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Um companheiro de São Francisco de Assis : «O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»

Leituras

Neemias 2,1-8.


No mês de Nisan, no vigésimo ano do rei Artaxerxes, como o vinho estivesse diante do rei, tomei-o e ofereci-lho. Ora, jamais eu estivera triste na sua presença.
O rei disse-me: «Porque tens o semblante tão sombrio? Não estás doente. Portanto, isso só pode ser tristeza do coração.» Eu fiquei muito conturbado,
e respondi ao rei: «Viva o rei para sempre! Como não hei-de estar triste quando a cidade onde se encontram os túmulos dos meus pais está em ruínas, e as suas portas consumidas pelo fogo?»
E o rei disse-me: «Que queres?» Então, fiz uma oração ao Deus do céu
e disse ao rei: «Se aprouver ao rei, e se o teu servo achar graça diante de ti, deixa-me ir ao país de Judá, à cidade onde se encontram os túmulos dos meus pais, a fim de a reconstruir.»
O rei, junto de quem a rainha se sentara, perguntou-me: «Quanto tempo durará essa viagem? Quando será o regresso?» Aprouve ao rei deixar-me partir, e eu indiquei-lhe a data do regresso.
Prossegui: «Se o rei achar bem, dêem-me cartas para os governadores da outra margem do rio, de modo que me deixem passar para Judá;
e também outra carta para Asaf, o intendente da floresta real, a fim de que me forneça madeira para construir as portas da cidadela do templo, para as muralhas da cidade e para a casa que eu habitar.» O rei concordou com o meu pedido porque me favorecia a bondosa mão de Deus.


Salmos 137(136),1-2.3.4-5.6.


Junto aos rios da Babilónia nos sentámos a chorar,
recordando-nos de Sião.  
Nos salgueiros das suas margens,
pendurámos as nossas harpas.  

Os que nos levaram para ali cativos
pediam-nos um cântico;
e os nossos opressores, uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião.»  

Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor,
estando numa terra estranha?
Se me esquecer de ti, Jerusalém,
fique ressequida a minha mão direita!  

Pegue-se-me a língua ao paladar,
se eu não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a minha suprema alegria!  



Lucas 9,57-62.


Naquele tempo, enquanto Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, alguém disse-Lhe: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.»
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.»
Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.»
Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.»
Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Um companheiro de São Francisco de Assis (séc. XIII)
Sacrum commercium, 22

«O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»

Ó Senhora Pobreza, o filho do Pai soberano enamorou-Se da tua formosura (Sb
8,2) [...], sabendo que serias a mais fiel das companheiras. Antes de Ele
ter descido da Sua pátria luminosa, foste tu quem lhe preparou um lugar
conveniente, um trono onde Se sentar, um leito onde descansar: a paupérrima
Virgem, de quem nasceu. Desde o Seu nascimento estiveste à Sua cabeceira;
deitaram-nO «numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria»
(Lc 2,7). E tu acompanhaste-O sempre, enquanto Ele esteve na terra: «as
raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem
onde reclinar a cabeça». Quando começou a ensinar, depois de ter deixado os
profetas falarem em Seu nome, foi a ti quem primeiro Ele elogiou: «Felizes
os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu!» (Mt 5,3).


Depois, ao escolher alguns amigos como Suas testemunhas para a salvação da
humanidade, não foi por comerciantes ricos que optou, mas por modestos
pescadores, para a todos mostrar o quanto a estima que te tem, Senhora
Pobreza, devia gerar amor por ti. Por fim, como se fosse necessária uma
prova gloriosa e definitiva do teu valor, da tua nobreza, da tua coragem e
da tua proeminência sobre as outras virtudes, foste a única a manter-te
ligada ao Rei da glória, enquanto os amigos escolhidos o abandonaram.


Companheira fiel, terna amante, nem por um instante O deixaste; a Ele cada
vez mais ligada ficaste, à medida que O vias mais e mais universalmente
desprezado [...]. Foste tu a única a consolá-lO. Não O deixaste até à
morte, «e morte de cruz» (Fl 2,8), nu, com os braços abertos em esforço,
com as mãos e os pés trespassados por pregos [...], de tal forma que nada
mais Lhe restava para mostrar da Sua glória para além de ti.




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