terça-feira, 4 de outubro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 05 de Outubro de 2011
Quarta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

Santa Faustina, religiosa, +1935,  S. Benedito, o Negro, confessor, +1589,  Beato Alberto Marvelli, leigo, +1946



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Damasceno : «Jesus estava algures a orar»

Leituras

Jonas 4,1-11.


Jonas ficou profundamente aborrecido com isto e, muito irritado,
dirigiu ao Senhor esta oração: «Ah! Senhor! Porventura não era isto que eu dizia quando ainda estava na minha terra? Por isso é que, precavendo-me, quis fugir para Társis, porque sabia que és um Deus misericordioso e clemente, paciente, cheio de bondade e pronto a renunciar aos castigos.
Agora, Senhor, peço-te que me mates, porque é melhor para mim a morte que a vida.»
O Senhor respondeu-lhe: «Julgas que tens razão para te afligires assim?»
Jonas saiu da cidade e sentou-se a oriente da mesma. Ali fez para si uma cabana e sentou-se à sua sombra, para ver o que ia acontecer na cidade.
O Senhor Deus fez crescer um rícino, que se levantou acima de Jonas, para fazer sombra à sua cabeça e o proteger do Sol. Jonas alegrou-se grandemente por aquele rícino.
Ao outro dia, porém, ao romper da manhã, enviou Deus um verme que roeu as raízes do rícino, e este secou.
Quando o Sol se levantou, Deus fez soprar um vento quente do oriente, e o Sol dardejou os seus raios sobre a cabeça de Jonas, de forma que ele, desfalecido, desejou a morte e disse: «Melhor é para mim morrer do que viver.»
Então Deus disse a Jonas: «Julgas tu que tens razão para te indignares por causa deste rícino?» Jonas respondeu: «Sim, tenho razão para me indignar até desejar a morte.»
Disse-lhe Deus: «Sentes pena de um rícino que não te custou trabalho algum para o fazeres crescer, que nasceu numa noite, e numa noite pereceu!
E não hei-de Eu compa-decer-me da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem distinguir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e um grande número de animais?»


Salmos 86(85),3-4.5-6.9-10.


Senhor, tem compaixão de mim,
que a Ti clamo todo o dia.
Alegra o espírito do teu servo,
pois para ti, Senhor, elevo a minha alma.

Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente,
cheio de misericórdia para quantos te invocam.
Senhor, ouve a minha oração,
atende os gritos da minha súplica.  

Todas as nações, que criaste, virão adorar-te, Senhor,
e darão glória ao teu nome.  
Porque só Tu és grande e realizas maravilhas.
Vós sois o único Deus.



Lucas 11,1-4.


Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.»
Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;
dá-nos o nosso pão de cada dia;
perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, doutor da Igreja
Homilia sobre a Transfiguração, 10; PG 96, 545

«Jesus estava algures a orar»

Jesus «orava em particular» (Lc 9,18). A fonte da oração reside no silêncio
da paz interior; é aí que se manifesta a glória de Deus (cf Lc 9,29).
Porque, quando cerramos os olhos e os ouvidos e nos encontramos no
interior, na presença de Deus, quando nos libertamos da agitação do mundo
exterior e nos encontramos no interior de nós próprios, então veremos
claramente na nossa alma o Reino de Deus. Porque o Reino dos céus ou, se
preferirmos, o Reino de Deus, está em nós próprios: é Jesus Nosso Senhor
quem no-lo diz (Lc 17,21).


No entanto, os crentes e o Senhor oram de uma maneira diferente. Os servos,
com efeito, aproximam-se do Senhor, na oração, com um temor misturado de
desejo, e a oração torna-se para eles viagem para Deus e para a união com
Ele; alimenta-os com a Sua própria substância e fortalece-os. Mas como
orará Cristo, cuja alma santa está unida ao Verbo de Deus? Como Se
apresentará o Mestre em oração, como assumirá Ele a atitude de quem pede?
Mas fá-lo; e ao fazê-lo, não será porque, tendo revestido a nossa
natureza, nos quer instruir e mostrar-nos o caminho que, pela oração, nos
faz elevar-nos a Deus? Não quererá Ele ensinar-nos que a oração abriga no
seu seio a glória de Deus?




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