sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 18 de Fevereiro de 2012
Sábado da 6a semana do Tempo Comum

Santa Bernardete Soubirous, religiosa, + 1879,  Beato João de Fiésole (Fra Angélico), religioso, +1455,  S. Teotónio, religioso, +1162



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ambrósio : O testemunho dos profetas leva ao testemunho dos apóstolos

Leituras

Tiago 3,1-10.


Meus irmãos, não haja muitos entre vós que pretendam ser mestres, sabendo que nós teremos um julgamento mais severo,
pois todos nós falhamos com frequência. Se alguém não peca pela palavra, esse é um homem perfeito, capaz também de dominar todo o seu corpo.
Quando pomos um freio na boca do cavalo para que nos obedeça, dirigimos todo o seu corpo.
Vede também os barcos: por grandes que sejam e fustigados por ventos impetuosos, são dirigidos com um pequeno leme para onde quer a vontade do piloto.
Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede como um pequeno fogo pode incendiar uma grande floresta!
Assim também a língua é fogo, é um mundo de iniquidade; entre os nossos membros, é ela que contamina todo o corpo e, inflamada pelo Inferno, incendeia o curso da nossa existência.
Todas as espécies de animais selvagens, de aves, de répteis e de animais do mar se podem domar e têm sido domadas pelo homem.
A língua, pelo contrário, ninguém a pode dominar: é um mal incontrolável, carregado de veneno mortal.
Com ela bendizemos quem é Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
De uma mesma boca procedem a bênção e a maldição. Mas isto não deve ser assim, meus irmãos.


Salmos 12(11),2-3.4-5.7-8.


Salva-nos, Senhor, pois cada vez há menos justos!
A lealdade desapareceu de entre os filhos dos homens.
Mentem uns aos outros;
na sua língua só há engano,
só há duplicidade no seu coração.

Que o Senhor acabe com esses lábios de mentira,
com toda a língua que profere arrogâncias,
como aqueles que dizem: "Confiamos na força da nossa língua;
os nossos lábios nos defenderão;
quem nos poderá dominar?"

As palavras do Senhor são verdadeiras;
são como a prata limpa no crisol, sete vezes refinada.
Tu, Senhor, cuidarás de nós
e nos defenderás para sempre dessa gente.



Marcos 9,2-13.


Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles.
As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim.
Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.»
Não sabia que dizer, pois estavam assombrados.
Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.»
De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles.
Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos.
Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos.
E fizeram-lhe esta pergunta: «Porque afirmam os doutores da Lei que primeiro há-de vir Elias?»
Jesus respondeu-lhes: «Sim; Elias, vindo primeiro, restabelecerá todas as coisas; porém, não dizem as Escrituras que o Filho do Homem tem de padecer muito e ser desprezado?
Pois bem, digo-vos que Elias já veio e fizeram dele tudo o que quiseram, conforme está escrito.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja
Sobre o Salmo 45,2

O testemunho dos profetas leva ao testemunho dos apóstolos

O Senhor Jesus quis que Moisés subisse sozinho à montanha, mas Josué
juntou-se a ele (cf Ex 24,13). Também no Evangelho, foi a Pedro, Tiago e
João, de entre todos os discípulos, que revelou a glória da Sua
ressurreição. Queria, assim, que o Seu mistério permanecesse oculto e
avisou-os frequentemente de que não anunciassem facilmente o que tinham
visto a qualquer pessoa, para que um ouvinte demasiado fraco não
encontrasse aí um obstáculo que impedisse o seu espírito inconstante de
receber estes mistérios em todo o seu poder. Porque até o próprio Pedro
«não sabia o que dizia», pois acreditava ser preciso erguer três tendas
para o Senhor e para os Seus companheiros. Em seguida, não conseguiu
suportar o brilho da glória do Senhor que Se transfigurava e caiu por terra
(Mt 17,6), como caíram também «os filhos do trovão» (Mc 3,17), Tiago e
João, quando a nuvem os cobriu. [...]


Adentraram-se, portanto, na nuvem para conhecer o que era secreto e
escondido e foi lá que escutaram a voz de Deus que dizia: «Este é o Meu
Filho muito amado, em Quem pus toda a Minha complacência: escutai-O». Que
significa: «Este é o Meu Filho muito amado»? Quer dizer: Simão Pedro não te
enganes!, pois não deves colocar o Filho de Deus ao nível dos servos. «Este
é o Meu Filho: Moisés não é Meu filho, Elias não é Meu filho, embora um
tivesse aberto o céu e o outro o tivesse fechado». Com efeito, um e outro,
pela Palavra do Senhor, venceram um elemento da natureza (cf Ex 14;1R
17,1), mas não fizeram senão o ministério de se pôr ao serviço d'Aquele que
abriu as águas e fechou, através das secas, o céu, que depois se desfez em
chuva, quando Ele quis.


Onde se trata dum simples anúncio da ressurreição, pede-se o auxílio ao
ministério dos servos, mas onde se mostra a glória do Senhor que
ressuscita, a glória dos servos cai na obscuridade. Pois, quando se
levanta, o sol obscurece as estrelas e as suas luzes desaparecem todas,
face ao brilho do eterno Sol da justiça (Ml 3,20).




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