sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 01 de Setembro de 2012
Sábado da 21ª semana do Tempo Comum

Santa Beatriz da Silva, virgem, fundadora. +1490,  Santo Egídio, abade, séc. VII



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : Fazer frutificar os dons recebidos

Leituras

1 Cor. 1,26-31.


Irmãos: Considerai, pois, a vossa vocação: humanamente falando, não há entre vós muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres.
Mas o que há de louco no mundo é que Deus escolheu para confundir os sábios; e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte.
O que o mundo considera vil e desprezível é que Deus escolheu; escolheu os que nada são, para reduzir a nada aqueles que são alguma coisa.
Assim, ninguém se pode vangloriar diante de Deus.
É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, que se tornou para nós sabedoria que vem de Deus, justiça, santificação e redenção,
a fim de que, como diz a Escritura, aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.


Salmos 33(32),12-13.18-19.20-21.


Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança.

Feliz a nação cujo Deus é o Senhor,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do céu, o Senhor contempla
e vê toda a humanidade;

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem
para os que esperam na sua bondade
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo de fome.

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
N'Ele se alegra o nosso coração
e em seu nome santo confiamos.





Mateus 25,14-30.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens.
A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu.
Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco.
Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois.
Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas.
Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.'
O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.'
Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.'
O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.'
Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.
Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.'
O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei.
Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.'
Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos.
Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.'»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 78, 2-3; PG 58, 713-714

Fazer frutificar os dons recebidos

A parábola dos talentos diz respeito a todos os homens que, em lugar de
ajudarem os seus irmãos com os seus bens, os seus conselhos e outros meios,
só vivem para si próprios. [...] Nesta parábola, Jesus quer revelar-nos a
enorme paciência de Nosso Senhor, mas, quanto a mim, penso que também faz
alusão à ressurreição geral. [...] Antes de mais, os servos que prestam
contas da sua gestão reconhecem, sem hesitações, o que era dom do seu
senhor e o que era fruto da sua gestão. O primeiro diz: «Senhor,
confiaste-me cinco talentos» e o segundo: «Senhor, confiaste-me dois
talentos»; reconhecem assim que foi graças à bondade do seu senhor que
obtiveram o capital que puseram a render em seu proveito. O seu
reconhecimento vai ao ponto de atribuírem todo o mérito e toda a glória do
seu sucesso à confiança do seu senhor. E que responde o senhor? «Muito bem,
servo bom e fiel.» E não é realmente ser bom aplicar-se a fazer o bem aos
seus irmãos? [...] «Entra no gozo do teu senhor»: trata-se da
bem-aventurança da vida eterna.


Mas não foi assim com o mau servo. [...] Qual foi, pois, a resposta do
senhor? «Servo mau e preguiçoso! [...] Devias ter levado o meu dinheiro aos
banqueiros» quer dizer, devias ter falado, exortado, aconselhado os teus
irmãos. Mas, replica talvez o servo, as pessoas poderiam não me escutar. Ao
que o senhor responde: Isso não te diz respeito. [...] Podias, pelo menos
ter depositado esse dinheiro para que eu o recebesse com juros quando
regressasse. Esses juros designam as boas obras que procedem da escuta da
Palavra que devemos anunciar. Devias ter feito a parte mais fácil do
trabalho, deixando a mais difícil a meu cargo. [...] Que significa isto?
Aquele que recebeu, a bem dos outros, a graça da palavra e do ensinamento e
não fez uso deles verá essa graça ser-lhe tirada. Mas aquele que oferece a
graça que recebeu com zelo e sabedoria receberá uma graça ainda mais
abundante.




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