sábado, 6 de outubro de 2012

Profecia do Dia

Domingo, dia 07 de Outubro de 2012
27º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Vigésimo Sétimo Domingo do Tempo Comum (semana III do saltério)
Nossa Senhora do Rosário



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Cardeal Joseph Ratzinger : «Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino não entrará nele»

Leituras

Gén. 2,18-24.


O Senhor Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.»
Então, o Senhor Deus, após ter formado da terra todos os animais dos campos e todas as aves dos céus, conduziu-os até junto do homem, a fim de verificar como ele os chamaria, para que todos os seres vivos fossem conhecidos pelos nomes que o homem lhes desse.
O homem designou com nomes todos os animais domésticos, todas as aves dos céus e todos os animais ferozes; contudo, não encontrou auxiliar semelhante a ele.
Então, o Senhor Deus fez cair sobre o homem um sono profundo; e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das suas costelas, cujo lugar preencheu de carne.
Da costela que retirara do homem, o Senhor Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem.
Então, o homem exclamou: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!»
Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne.


Salmos 128(127),1-2.3.4-5.6.


O Senhor nos abençoe em toda a nossa vida.

Felizes os que obedecem ao Senhor
e andam nos seus caminhos.  
Comerás do fruto do teu próprio trabalho:
assim serás feliz e viverás contente.  

Tua esposa será como videira fecunda
na intimidade do teu lar;
os teus filhos serão como rebentos de oliveira
ao redor da tua mesa.  

Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao Senhor.  
O Senhor te abençoe do monte Sião!
Possas contemplar a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.
chegues a ver os filhos dos teus filhos. Paz a Israel!





Heb. 2,9-11.


Irmãos: Vemos, porém, Jesus, que foi feito por um pouco inferior aos anjos, coroado de glória e de honra, por causa da morte que sofreu, a fim de que, pela graça de Deus, experimentasse a morte em favor de todos.
Convinha, com efeito, que aquele por quem e para quem existem todas as coisas, querendo levar muitos filhos à glória, levasse à perfeição, por meio dos sofrimentos, o autor da sua salvação.
De facto, tanto o que santifica, como os que são santificados, provêm todos de um só; razão pela qual não se envergonha de lhes chamar irmãos,


Marcos 10,2-16.


Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus uns fariseus e perguntaram-lhe, para O experimentar, se era lícito ao marido divorciar-se da mulher.
Ele respondeu-lhes: «Que vos ordenou Moisés?»
Disseram: «Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela.»
Jesus retorquiu: «Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse preceito.
Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher,
e serão os dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só.
Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.»
De regresso a casa, de novo os discípulos o interrogaram acerca disto.
Jesus disse: «Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.»
Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido.
Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles.
Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.»
Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)
Retiro pregado no Vaticano em 1983

«Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino não entrará nele»

É surpreendente constatar a importância que o próprio Jesus atribui à
criança, para todo o homem: «Em verdade vos digo: quem não receber o Reino
de Deus como um pequenino não entrará nele» (Mt 18,3). Portanto, para
Jesus, ser criança não é uma etapa puramente transitória da vida do homem,
devida ao seu destino biológico, e que, por isso, deva desaparecer
totalmente. Na infância, o que é próprio do homem realiza-se de tal maneira
que quem perdeu o essencial da infância está, por sua vez, perdido.


A partir daí, e posicionando-nos no ponto de vista humano, podemos imaginar
que lembranças felizes guardaria Cristo dos dias da Sua infância, o quanto
a infância continuava a ser, para Ele, uma experiência preciosa, uma forma
particularmente pura de humanidade. Daí poderemos aprender a reverenciar a
criança que, desarmada, assim apela ao nosso amor.


Mas isso coloca-nos sobretudo a seguinte questão: qual é exactamente o
traço característico da infância que Jesus considera insubstituível? [...]
É necessário desde logo recordar que o atributo essencial de Jesus, aquele
que exprime a Sua dignidade, é o facto de ser «Filho». [...] A orientação
da Sua vida, o motivo e o objectivo que lhe deram forma exprimem-se numa
única palavra: «Abba, Pai» (Mc 14,36; Ga 4,6). Jesus sabia que nunca estava
só, e até ao último grito na cruz obedeceu Àquele a Quem chamava Pai,
inclinando-Se inteiramente para Ele. Basta isto para nos permitir explicar
que Ele, por fim, Se tenha recusado a chamar-Se rei ou senhor ou a
atribuir-Se qualquer outro título de poder, mas tenha recorrido a um termo
que poderíamos também traduzir por «criancinha».




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