sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 10 de Novembro de 2012
Sábado da 31a semana do Tempo Comum

S. Leão I Magno, papa, Doutor da Igreja, +461



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Clemente de Alexandria : «Arranjai amigos»

Leituras

Filip. 4,10-19.


Irmãos: É grande a alegria que sinto no Senhor por, finalmente, terdes feito com que desabrochasse o vosso amor por mim. É que tínheis o interesse, mas faltava a oportunidade.
Não falo assim por me sentir carecido. Pois, no meu caso, aprendi a ser autónomo nas situações em que me encontre.
Sei passar por privações, sei viver na abundância. Em toda e qualquer situação, estou preparado para me saciar e passar fome, para viver na abundância e sofrer carências.
De tudo sou capaz naquele que me dá força.
Entretanto, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação.
Vós bem o sabeis, filipenses: no início da pregação do Evangelho, quando saí da Macedónia, nenhuma outra igreja esteve em comunhão comigo na permuta de dar e receber, a não ser apenas vós:
em Tessalónica e por duas vezes me enviastes socorro para as minhas necessidades.
Não é que eu esteja à procura de donativos; o que procuro, sim, é que aumente o produto, que está registado na vossa conta.
Sim, tudo recebi em abundância. Estou plenamente fornecido, depois de receber de Epafrodito o que veio da vossa parte: um odor perfumado, um sacrifício que Deus aceita e lhe é agradável.
E o meu Deus há-de compensar-vos plenamente em todas as necessidades, segundo a sua riqueza, na glória que se tem em Cristo Jesus.


Salmos 112(111),1-2.5-6.8a.9.


Felizes os que esperam no Senhor.

Feliz o homem que teme o Senhor
e se compraz nos seus mandamentos.  
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
e bendita, a geração dos justos.  

Feliz o homem que se compadece e empresta
e administra os seus bens com justiça.  
Este jamais será abalado;
o justo deixará memória eterna.

O seu coração é inabalável e nada teme,
reparte com largueza com os pobres;
a sua generosidade permanece para sempre
e pode levantar a sua fronte com dignidade.






Lucas 16,9-15.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco também é infiel no muito.
Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos há-de confiar o verdadeiro bem?
E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há-de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»
Os fariseus, como eram avarentos, ouviam as suas palavras e troçavam dele.
Jesus disse-lhes: «Vós pretendeis passar por justos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações. Porque o que os homens têm por muito elevado é abominável aos olhos de Deus.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
Sermão «Que rico pode ser salvo?», § 31

«Arranjai amigos»

«Quem der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja somente um copo
de água fresca, por ser Meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a
sua recompensa» (Mt 10,42). [...] Este é o único salário que não perderá o
seu valor: «Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este
faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.» As riquezas de que dispomos
não devem servir apenas para nós; com bens injustos pode fazer-se uma obra
justa e salutar, e aliviar um daqueles que o Pai destinou à Sua morada
eterna. [...] Que admirável é esta palavra de Paulo: «Deus ama quem dá com
alegria» (2Co 9,7), aquele que dá esmola do coração, que semeia sem medida
para colher de forma igualmente abundante, que partilha sem murmurar, sem
hesitação nem reticência. [...] E ainda é maior esta palavra que o Senhor
diz noutro lado: «Dá a todo aquele que te pede» (Lc 6,30). [...]


Reflecte então na magnífica recompensa que te é prometida pela tua
generosidade: a morada eterna. Que bom negócio! Que negócio extraordinário!
Compramos a imortalidade com dinheiro; trocamos os bens perecíveis deste
mundo por uma morada eterna no céu! Se vós, os ricos, tendes sabedoria,
aplicai-vos a este comércio. [...] Por que vos deixais fascinar por
diamantes e esmeraldas, por casas que o fogo devora, que o tempo faz
desmoronar, que um tremor de terra derruba? Aspirai apenas a viver nos céus
e a reinar com Deus. Um homem, um pobre dar-vos-á esse reino. [...]


De resto o Senhor não disse: «Dai, sede generosos, socorrei os vossos
irmãos», mas «fazei amigos». A amizade não nasce duma única doação, mas
duma longa familiaridade. Nem a fé nem a caridade nem a paciência, são obra
de um dia: «Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo» (Mt
10,22).




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