quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 01 de Novembro de 2013



Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica: «Creio na comunhão dos santos»

Apoc. 7,2-4.9-14.

Eu, João, vi um anjo que subia do Oriente, levando o selo do Deus vivo e gritando com voz forte aos quatro anjos, aos quais fora dado o poder de danificar a terra e o mar. E dizia:
«Não danifiqueis a terra nem o mar nem as árvores, até que tenhamos marcado com um selo a fronte dos servos do nosso Deus.»
Ouvi também o número dos que foram assinalados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel:
Depois disto, apareceu na visão uma multidão enorme que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé com túnicas brancas diante do trono e diante do Cordeiro, e com palmas na mão.
Aclamavam em alta voz: «A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.»
E todos os anjos, que estavam de pé à volta do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes, prostraram-se diante do trono, com a face por terra, e adoraram a Deus,
aclamando: «Ámen! O louvor, a glória, a sabedoria, a acção de graças, a honra, o poder e a força devem ser dados ao nosso Deus pelos séculos do séculos. Ámen!»
Então, um dos seres viventes tomou a palavra e disse-me: «Estes, que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e donde vieram?»
Eu respondi-lhe: «Meu senhor, tu é que sabes.» Ele disse-me: «Estes são os que vêm da grande tribulação; lavaram as suas túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro.


Salmos 24(23),1bc-2.3-4ab.5-6.

Ao Senhor pertence a terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam;
Pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.

Quem poderá subir à montanha do Senhor
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs.

Este há-de receber a bênção do Senhor  
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
dos que buscam a face do Deus de Jacob.



1 João 3,1-3.

Caríssimos: Vede que amor tão grande o Pai nos concedeu, a ponto de nos podermos chamar filhos de Deus; e, realmente, o somos! É por isso que o mundo não nos conhece, uma vez que O não conheceu a Ele.
Caríssimos, agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é.
Todo o que tem esta esperança em Deus, torna-se puro, como Ele, que é puro.


Mateus 5,1-12.

Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele.
Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Catecismo da Igreja Católica
§§ 946, 955-961

«Creio na comunhão dos santos»

Depois de ter confessado «a santa Igreja Católica», o Símbolo dos Apóstolos acrescenta «a comunhão dos santos». Este artigo é, em certo sentido, uma explicitação do anterior: pois «que é a Igreja, senão a assembleia de todos os santos?» (Nicetas) A comunhão dos santos é precisamente a Igreja.


A comunhão da Igreja do céu e da terra: «De modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo: mas antes, segundo a constante fé da Igreja, essa união é reforçada pela comunicação dos bens espirituais» («Lumen Gentium», 49).


A intercessão dos santos: «Os bem-aventurados, estando mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a Igreja na santidade. [...]. A nossa fraqueza é, assim, grandemente ajudada pela sua solicitude fraterna» («Lumen Gentium», 49). «Não choreis que eu vos serei mais útil depois da morte e vos ajudarei mais eficazmente que durante a vida» (São Domingos). «Quero passar o meu céu a fazer o bem sobre a terra» (Santa Teresinha do M. Jesus).


A comunhão com os santos [...]: «Pois, assim como a comunhão entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem […] toda a graça e a própria vida do povo de Deus» («Lumen Gentium» 50). […]


Na única família de Deus: «Todos os que somos filhos de Deus e formamos em Cristo uma família, ao comunicarmos uns com os outros na caridade mútua e no comum louvor da Santíssima Trindade, correspondemos à íntima vocação da Igreja» («Lumen Gentium» 51).


Resumindo: A Igreja é «comunhão dos santos»: esta expressão designa, em primeiro lugar, as «coisas santas» e, antes de mais, a Eucaristia, pela qual «é representada e se realiza a unidade dos fiéis que constituem um só corpo em Cristo» («Lumen Gentium» 3). Este termo também designa a comunhão das «pessoas santas» em Cristo, que «morreu por todos» (2Cor 5,14), de modo que o que cada um faz ou sofre por Cristo e em Cristo reverte em proveito de todos.







quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 31 de Outubro de 2013

Quinta-feira da 30ª semana do Tempo Comum
Imaculado Coração de Maria, solenidade em Angola

Santo Afonso Rodrigues, viuvo, religioso, +1617

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «Herodes quer matar-te.»

Romanos 8,31b-39.

Irmãos: Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?
Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não havia de nos oferecer tudo juntamente com Ele?
Quem irá acusar os eleitos de Deus? Deus é quem nos justifica!
Quem irá condená-los? Jesus Cristo, aquele que morreu, mais, que ressuscitou, que está à direita de Deus é quem intercede por nós.
Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada?
De acordo com o que está escrito: Por causa de ti, estamos expostos à morte o dia inteiro, fomos tratados como ovelhas destinadas ao matadouro.
Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças àquele que nos amou.
Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades,
nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.


Salmos 109(108),21-22.26-27.30-31.

Senhor, por amor do teu nome, ajuda-me.
Salva-me, pela tua bondade e misericórdia!
Porque estou pobre e aflito,
e tenho o coração angustiado dentro de mim.  

Socorre-me, Senhor, meu Deus,
salva-me, pela tua bondade
e para que saibam que és Tu o meu salvador,
que foste Tu, Senhor, que assim fizeste.

Agradecerei bem alto ao Senhor
e louvá-l'O-ei no meio da multidão.
Porque Ele é o defensor do pobre,
salva-o dos que o querem condenar.  



Lucas 13,31-35.

Naquele dia, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus, que Lhe disseram: «Vai-te embora, sai daqui, porque Herodes quer matar-te.»
Respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Agora estou a expulsar demónios e a realizar curas, hoje e amanhã; ao terceiro dia, atinjo o meu termo.
Mas hoje, amanhã e depois devo seguir o meu caminho, porque não se admite que um profeta morra fora de Jerusalém.»
«Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos, como a galinha junta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste!
Agora, ficará deserta a vossa casa. Eu vo-lo digo: Não me vereis até chegar o dia em que digais: Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Declaração sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs «Nostra Aetate», § 4 (rev)

«Herodes quer matar-te.»

Segundo o testemunho da Sagrada Escritura, Jerusalém não conheceu o tempo em que foi visitada (Lc 19,44), e os judeus, em grande parte, não receberam o Evangelho; antes, não poucos se opuseram à sua difusão. No entanto, segundo o Apóstolo, os judeus continuam ainda, por causa dos patriarcas, a ser muito amados de Deus, cujos dons e cuja vocação não conhecem arrependimento (Rom 11,28ss). Com os profetas e o mesmo Apóstolo, a Igreja espera por aquele dia, só de Deus conhecido, em que todos os povos invocarão a Deus com uma só voz e «O servirão debaixo dum mesmo jugo» (Sof 3,9).

Sendo assim tão grande o património espiritual comum aos cristãos e aos judeus, este sagrado Concílio quer fomentar e recomendar entre eles o mútuo conhecimento e estima, os quais se alcançarão sobretudo por meio dos estudos bíblicos e teológicos e com um diálogo fraterno.

Ainda que as autoridades dos judeus e os seus sequazes tenham urgido a condenação de Cristo à morte, não se pode todavia imputar indistintamente a todos os judeus que então viviam, nem aos judeus do nosso tempo, o que na sua Paixão se perpetrou. E embora a Igreja seja o novo Povo de Deus, nem por isso os judeus devem ser apresentados como reprovados por Deus e malditos, como se tal coisa se concluísse da Sagrada Escritura. Procurem todos, por isso, evitar que, tanto na catequese como na pregação da palavra de Deus, se ensine seja o que for que não esteja conforme com a verdade evangélica e com o espírito de Cristo.

Além disso, a Igreja, que reprova quaisquer perseguições contra quaisquer homens, lembrada do seu comum património com os judeus, e levada não por razões políticas mas pela religiosa caridade evangélica, deplora todos os ódios, perseguições e manifestações de anti-semitismo, seja qual for o tempo em que isso sucedeu e seja quem for a pessoa que isso promoveu contra os judeus. De resto, como a Igreja sempre ensinou e ensina, Cristo sofreu, voluntariamente e com imenso amor, a sua Paixão e morte pelos pecados de todos os homens, para que todos alcancem a salvação. O dever da Igreja, ao pregar, é portanto anunciar a cruz de Cristo como sinal do amor universal de Deus e como fonte de toda a graça.







terça-feira, 29 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 30 de Outubro de 2013

Quarta-feira da 30ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora das Vitórias

S. Geraldo de Potenza, bispo, +1119, Beata Maria Restituta Kafka, religiosa, mártir, +1943

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «Quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus.»

Romanos 8,26-30.

Irmãos:O Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que havemos de pedir, para rezarmos como deve ser; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.
E aquele que examina os corações conhece as intenções do Espírito, porque é de acordo com Deus que o Espírito intercede pelos santos.
Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio.
Porque àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que Ele é o primogénito de muitos irmãos.
E àqueles que predestinou, também os chamou; e àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou. Hino ao amor de Deus


Salmos 13(12),4-5.6.

Olha para mim e responde-me, Senhor, meu Deus.
ilumina os meus olhos
para não adormecer na morte.
e o meu inimigo não diga:
"Venci-o!",
nem os meus adversários se alegrem
com a minha queda.

Eu, porém, confiei na tua misericórdia;
o meu coração alegra-se com a tua salvação.
Cantarei ao Senhor pelo bem que Ele me fez.



Lucas 13,22-30.

Naquele tempo, Jesus percorria cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém.
Disse-lhe alguém: «Senhor, são poucos os que se salvam?» Ele respondeu-lhes:
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir.
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: 'Abre-nos, Senhor!' Mas ele há-de responder-vos: 'Não sei de onde sois.'
Começareis, então, a dizer: 'Comemos e bebemos contigo e Tu ensinaste nas nossas praças.'
Responder-vos-á: 'Repito vos que não sei de onde sois. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade.'
Lá haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus, e vós a serdes postos fora.
Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus.
E há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Declaração sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs «Nostra Aetate», § 4

«Quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus.»

Sondando o mistério da Igreja, este sagrado Concílio recorda o vínculo com que o povo do Novo Testamento está espiritualmente ligado à descendência de Abraão. Com efeito, a Igreja de Cristo reconhece que os primórdios da sua fé e eleição já se encontram, segundo o mistério divino da salvação, nos patriarcas, em Moisés e nos profetas. Professa que todos os cristãos, filhos de Abraão segundo a fé (Gal 3,7), estão incluídos na vocação deste patriarca, e que a salvação da Igreja foi misticamente prefigurada no êxodo do povo escolhido da terra da escravidão. A Igreja não pode, por isso, esquecer que foi por meio desse povo, com o qual Deus Se dignou, na sua inefável misericórdia, estabelecer a antiga Aliança, que ela recebeu a revelação do Antigo Testamento e se alimenta da raiz da oliveira mansa, na qual foram enxertados os ramos da oliveira brava, os gentios (Rom 11,17ss). Com efeito, a Igreja acredita que Cristo, nossa paz, reconciliou pela cruz os judeus e os gentios, de ambos fazendo um só, em Si mesmo (Ef 2,14ss).

Também tem sempre diante dos olhos as palavras do Apóstolo Paulo a respeito dos seus compatriotas: «deles é a adopção filial e a glória, a aliança e a legislação, o culto e as promessas; deles os patriarcas, e deles nasceu, segundo a carne, Cristo» (Rom 9,4-5), Filho da Virgem Maria. Recorda ainda a Igreja que os Apóstolos, fundamentos e colunas da Igreja, nasceram do povo judaico, bem como muitos daqueles primeiros discípulos que anunciaram ao mundo o Evangelho de Cristo.







segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 29 de Outubro de 2013

Terça-feira da 30ª semana do Tempo Comum

S. Narciso, bispo de Jerusalém, +212, Santa Ermelinda, virgem, eremita, séc. VI, Beata Chiara Luce Badano, virgem +1990

Comentário do dia
São João Crisóstomo : Ser o fermento na massa

Romanos 8,18-25.

Irmãos: Estou convencido de que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há-de revelar-se em nós.
Pois até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus.
De facto, a criação foi sujeita à destruição não voluntariamente, mas por disposição daquele que a sujeitou na esperança
de que também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus.
Bem sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente.
Não só ela. Também nós, que possuímos as primícias do Espírito, nós próprios gememos no nosso íntimo, aguardando a adopção filial, a libertação do nosso corpo.
De facto, foi na esperança que fomos salvos. Ora uma esperança naquilo que se vê não é esperança. Quem é que vai esperar aquilo que já está a ver?
Mas, se é o que não vemos que esperamos, então é com paciência que o temos de aguardar.


Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.

Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.  

Dizia-se, então, entre os pagãos:  
«O Senhor fez por eles grandes coisas!»  
Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.

Transforma, Senhor, o nosso destino,
como as chuvas transformam o deserto do Négueb.
Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta vêm a cantar,
trazendo molhos de espigas.



Lucas 13,18-21.

Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o Reino de Deus e a que posso compará-lo?
É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e deitou no seu quintal. Cresceu, tornou-se uma árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos.»
Disse ainda: «A que posso comparar o Reino de Deus?
É semelhante ao fermento que certa mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar levedada toda a massa.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre os Actos dos Apóstolos, n° 20

Ser o fermento na massa

Haverá coisa mais ridícula que um cristão que não se preocupa com os outros? Não tomes como pretexto a tua pobreza: a viúva que colocou duas moedas na caixa das esmolas do Templo (Mc 12,42) insurgir-se-ia contra ti; assim como Pedro, que dizia ao coxo: «Não tenho ouro nem prata» (Act 3,6); e Paulo, que era tão pobre que muitas vezes passava fome. Não recorras à tua condição social, pois os apóstolos também eram humildes e de baixa condição. Não invoques a tua ignorância, porque eles eram homens iletrados. Mesmo que fosses escravo ou fugitivo, poderias sempre fazer o que depende de ti. Foi o que sucedeu com Onésimo, que é elogiado por Paulo (Flm; Col 4,9). A tua saúde é frágil? Também a de Timóteo o era. Sim, independentemente do que somos, todos podemos ser úteis ao nosso próximo, se quisermos verdadeiramente fazer o que está dentro das nossas possibilidades.


Vês como as árvores da floresta estão vigorosas, belas, elegantes? E no entanto, nos nossos jardins, preferimos árvores de fruto ou oliveiras cobertas de frutos. Belas árvores estéreis […], tal como os homens que apenas têm em conta os seus próprios interesses. […]


Se a levedura não faz levedar a massa, não é verdadeiro fermento. Se um perfume não inebria os que se aproximam, poderemos dizer que é um perfume? Não digas que é impossível exercer boa influência nos outros porque, se és verdadeiramente cristão, é impossível que não aconteça nada; isso faz parte da própria essência do cristão. […] Seria tão contraditório dizer que um cristão não pode ser útil ao seu próximo como negar ao sol a possibilidade de iluminar e aquecer.







domingo, 27 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 28 de Outubro de 2013

S. Simão e S. Judas, Apóstolos – Festa

S. Simão e S. Judas Tadeu, apóstolos

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: Uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon, que acorrera para O ouvir.

Efésios 2,19-22.

Irmãos: Já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus,  
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor.
É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito.


Salmos 19(18),2-3.4-5.

Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
Um dia passa ao outro esta mensagem
e uma noite dá conhecimento à outra noite.

Não são palavras nem discursos
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a terra,
e a sua palavra, até aos confins do mundo.  



Lucas 6,12-19.

Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus.
Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos:
Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu;
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote;
Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon,
que acorrera para o ouvir e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados por espíritos malignos ficavam curados;
e toda a multidão procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma força que a todos curava.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja «Lumen gentium», §§ 24-25 (rev)

Uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon, que acorrera para O ouvir.

Os bispos, enquanto sucessores dos Apóstolos, recebem do Senhor, a Quem foi dado todo o poder no céu e na terra, a missão de ensinar todos os povos e de pregar o Evangelho a toda a criatura, para que todos os homens se salvem pela fé, pelo baptismo e pelo cumprimento dos mandamentos (cf Mt 28,18; Mc 16,15-16; Act 26,17ss). Para realizar esta missão, Cristo Nosso Senhor prometeu o Espírito Santo aos Apóstolos e enviou-O do céu no dia de Pentecostes para que, com o seu poder, eles fossem testemunhas perante as nações, os povos e os reis, até aos confins da terra (cf Act 1,8; 2,1ss; 9,15). Este encargo que o Senhor confiou aos pastores do seu povo é um verdadeiro serviço, significativamente chamado «diaconia» ou ministério. […]

Entre os principais encargos dos bispos ocupa lugar preeminente a pregação do Evangelho; com efeito, os bispos são os arautos da fé que para Deus conduzem novos discípulos. Dotados da autoridade de Cristo, são doutores autênticos, que pregam ao povo a eles confiado a fé que se deve crer e aplicar na vida prática; ilustrando-a sob a luz do Espírito Santo e tirando do tesoiro da Revelação coisas novas e antigas (cf Mt 13,52), fazem-no frutificar e solicitamente afastam os erros que ameaçam o seu rebanho (cf 2Tim 4,1-4). Ensinando em comunhão com o Romano Pontífice, devem por todos ser venerados como testemunhas da verdade divina e católica. E os fiéis devem conformar-se ao parecer que o seu bispo emite em nome de Cristo sobre matéria de fé ou costumes, aderindo a ele com religioso acatamento.







sábado, 26 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 27 de Outubro de 2013

30º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Trigésimo Domingo do tempo comum (semana II do saltério)

S. Vicente, Santa Sabina e Santa Cristeta, irmãos, mártires, +303, São Gonçalo de Lagos, presbítero, +1422

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.»

Sirac 35,12-14.16-18.

Pois o Senhor é um juiz, e não faz distinção de pessoas.
O Senhor não fará acepção de pessoas em detrimento do pobre, e ouvirá a oração do oprimido.
Não desprezará a oração do órfão, nem os gemidos da viúva.
Aquele que adora a Deus com alegria será bem recebido, e a sua oração chegará até às nuvens.
A oração do humilde penetrará as nuvens, e não se consolará, enquanto ela não chegar até Deus.
Ele não se afastará, enquanto o Altíssimo não olhar, não fizer justiça aos justos e restabelecer a equidade.


Salmos 34(33),2-3.17-18.19.23.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os,
e livrou-os das suas angústias.

O Senhor está perto dos corações contritos
e salva os espíritos abatidos.
O Senhor resgata a vida dos seus servos;
os que nele confiam não serão condenados.



2 Tim. 4,6-8.16-18.

Caríssimo: Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se o tempo da minha libertação.
Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel.
A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa, que me entregará, naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda.
Na minha primeira defesa, ninguém esteve ao meu lado. Todos me abandonaram. Que não lhes seja levado em conta.
O Senhor, porém, esteve comigo e deu-me forças, a fim de que, por meu intermédio, o anúncio fosse plenamente proclamado e todos os gentios o escutassem. Assim fui arrebatado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me levará a salvo para o seu Reino celeste. A Ele, a glória, pelos séculos dos séculos. Ámen!


Lucas 18,9-14.

Naquele tempo, Jesus disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos.
Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.'
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.'
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 85, 2-3

«Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.»

«Inclinai, Senhor, os vossos ouvidos, respondei-me» (Sl 85,1). O Senhor não inclina o ouvido para o rico, mas para o pobre e indigente, para o que é humilde e confessa as suas faltas, para o que implora misericórdia e não para o que se sente saciado, se engrandece, se auto-elogia como se nada lhe faltasse e diz: «Dou-Te graças por não ser como este cobrador de impostos.» Enquanto este fariseu rico exaltava os seus méritos, o pobre publicano confessava seus pecados. […]


Todos os que recusam o orgulho são pobres perante Deus e sabemos que Ele inclina o seu ouvido para os pobres e para os indigentes; para os que reconhecem que a sua esperança não pode assentar no ouro, nem no dinheiro, nem nesses bens que se possuem em abundância, mas temporariamente. […] Quando alguém despreza em si mesmo tudo aquilo que o orgulho inflama é um pobre de Deus. Deus inclina para ele o seu ouvido, porque conhece os sofrimentos do seu coração […]


Aprendei pois a ser pobres e indigentes, tendo ou não algum bem neste mundo. Pode encontrar-se um mendigo orgulhoso e um rico trespassado do sentimento da sua própria miséria. «Deus resiste aos orgulhosos», quer se cubram de seda ou de farrapos; «e concede a sua graça aos humildes» (Tg 4,6; Pr 3,34), possuam ou não bens deste mundo. Deus considera o interior: é isso que Ele pesa e examina; tu não vês a balança de Deus, mas Ele põe no prato da balança os teus sentimentos, os teus projectos, os teus pensamentos. […] Se ao teu redor ou em ti há alguma coisa que te leva à auto-suficiência, rejeita-a. Que Deus seja toda a tua segurança. Sê um pobre de Deus, para que Ele te preencha de Si mesmo.







sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Sabado, dia 26 de Outubro de 2013

Sábado da 29ª semana do Tempo Comum

Santo Evaristo, papa, mártir, +107

Comentário do dia
São Leão Magno : «Se não vos converterdes»

Romanos 8,1-11.

Irmãos: Agora não há mais condenação alguma para os que estão em Cristo Jesus.
É que a lei do Espírito que dá a vida libertou-te, em Cristo Jesus, da lei do pecado e da morte.
De facto, Deus fez o que era impossível à Lei, por estar sujeita à fraqueza da carne: ao enviar o seu próprio Filho, em carne idêntica à do pecado e como sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne,
para que assim a justiça exigida pela Lei possa ser plenamente cumprida em nós, que já não procedemos de acordo com a carne, mas com o Espírito.
Os que vivem de acordo com a carne aspiram às coisas da carne; mas os que vivem de acordo com o Espírito aspiram às coisas do Espírito.
De facto, a carne aspira ao que conduz à morte; mas o Espírito aspira ao que dá vida e paz.
É que a carne aspira à inimizade com Deus, uma vez que não se submete à lei de Deus; aliás nem sequer é capaz disso.
Os que vivem sob o domínio da carne são incapazes de agradar a Deus.
Ora vós não estais sob o domínio da carne, mas sob o domínio do Espírito, pressupondo que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse não lhe pertence.
Se Cristo está em vós, o vosso corpo está morto por causa do pecado, mas o Espírito é a vossa vida por causa da justiça.
E se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, por meio do seu Espírito que habita em vós.


Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.

Ao Senhor pertence a terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam.
Pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.

Quem poderá subir à montanha do Senhor
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs.

Este há-de receber a bênção do Senhor  
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
dos que buscam a face do Deus de Jacob.



Lucas 13,1-9.

Naquele tempo, vieram contar a Jesus, que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam.
Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente.
E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.»
Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou.
Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?'
Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume.
Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja
20º sermão sobre a Paixão; SC 74bis

«Se não vos converterdes»

Esforcemo-nos por ser associados à Paixão de Cristo e por passar da morte à vida enquanto ainda estamos neste corpo. Porque passar por uma conversão, seja ela qual for, passar de um estado a outro, significa para todo o homem o fim de qualquer coisa – deixar de ser o que era – e o começo de outra – passar a ser o que não era. Mas é importante saber para que se morre e para que se vive, porque há uma morte que dá vida e uma morte que dá a morte.

E é precisamente neste mundo efémero que se obtém uma ou outra: da qualidade dos nossos actos neste mundo depende a diferença das retribuições eternas. Morramos, pois, para o demónio e vivamos para Deus; morramos para o pecado, para ressuscitar para a justiça; que o ser antigo desapareça, para se elevar o novo ser. Dado que, segundo a palavra da Verdade, «ninguém pode servir a dois senhores» (Mt 6,24), tomemos por senhor, não aquele que faz tropeçar os que estão de pé para os levar à ruina, mas Aquele que levanta os caídos para os conduzir à glória.







quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 25 de Outubro de 2013

Sexta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

S. Crispim e S. Crispiniano, mártires, séc. III, Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, religioso brasileiro, +1822

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: Discernir os sinais dos tempos

Romanos 7,18-25a.

Irmãos: Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita coisa boa; pois o querer está ao meu alcance, mas realizar o bem, isso não.
É que não é o bem que eu quero que faço, mas o mal que eu não quero, isso é que pratico.
Ora, se o que eu não quero é que faço, então já não sou eu que o realizo, mas o pecado que habita em mim.
Deparo, pois, com esta lei: em mim, que quero fazer o bem, só o mal está ao meu alcance.
Sim, eu sinto gosto pela lei de Deus, enquanto homem interior.
Mas noto que há outra lei nos meus membros a lutar contra a lei da minha razão e a reter-me prisioneiro na lei do pecado que está nos meus membros.
Que homem miserável sou eu! Quem me há-de libertar deste corpo que pertence à morte?
Graças a Deus, por Jesus Cristo, Senhor nosso! Concluindo: eu sou o mesmo que, com o espírito, sirvo a lei de Deus e, com a carne, a lei do pecado.


Salmos 119(118),66.68.76.77.93.94.

Dá-me sabedoria e conhecimento,
pois confio nos teus mandamentos.
Tu és bom e generoso;
ensina-me as tuas leis.

Que a tua bondade me sirva de conforto,
conforme o que prometeste ao teu servo.  
Mostra-me a tua misericórdia e viverei,
porque a tua lei faz as minhas delícias.  

Jamais esquecerei os teus preceitos,
pois é por eles que me dás a vida.
Eu sou Teu: salva-me,
pois sempre tenho seguido os teus preceitos.



Lucas 12,54-59.

Naquele tempo, dizia Jesus à multidão: «Quando vedes uma nuvem levantar-se do poente, dizeis logo: 'Vem lá a chuva'; e assim sucede.
E quando sopra o vento sul, dizeis: 'Vai haver muito calor'; e assim acontece.
Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu; como é que não sabeis reconhecer o tempo presente?»
«Porque não julgais por vós mesmos, o que é justo?
Por isso, quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura resolver o assunto no caminho, não vá ele entregar-te ao juiz, o juiz entregar-te ao oficial de justiça e o oficial de justiça meter-te na prisão.
Digo-te que não sairás de lá, antes de pagares até ao último centavo.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo, «Gaudium et spes», §§ 1-2, 4, 10

Discernir os sinais dos tempos

As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história. Por isso, o Concílio Vaticano II […] não hesita agora em dirigir a sua palavra, não já apenas aos filhos da Igreja e a quantos invocam o nome de Cristo, mas a todos os homens. […]


Para levar a cabo esta missão, é dever da Igreja investigar a todo o momento os sinais dos tempos, e interpretá-los à luz do Evangelho; para que assim possa responder, de modo adaptado em cada geração, às eternas perguntas dos homens acerca do sentido da vida presente e da futura […]. É por isso necessário conhecer e compreender o mundo em que vivemos, as suas esperanças e aspirações, e o seu carácter tantas vezes dramático. […] Marcados por circunstâncias tão complexas, muitos dos nossos contemporâneos são incapazes de discernir os valores verdadeiramente permanentes e de os harmonizar com os recém-descobertos. Daí que, agitados entre a esperança e a angústia, se sintam oprimidos pela inquietação, quando se interrogam acerca da evolução actual dos acontecimentos. Mas esta desafia o homem, força-o até a uma resposta. […]


A Igreja, pela sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens pelo seu Espírito a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação […]. Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre.







quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 24 de Outubro de 2013

Quinta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Santo António Maria Claret, bispo, fundador, +1870

Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica: «Eu vim lançar fogo sobre a terra»

Romanos 6,19-23.

Irmãos. Estou a falar em termos humanos, devido à fraqueza da vossa carne. Do mesmo modo que entregastes os vossos membros, como escravos, à impureza e à desordem, para viverdes na desordem, entregai agora também os vossos membros como escravos à justiça, para viverdes em santidade.
Quando éreis escravos do pecado, éreis livres no que toca à justiça.
Afinal, que frutos produzíeis então? Coisas de que agora vos envergonhais, porque o resultado disso era a morte.
Mas agora, que estais libertos do pecado e vos tornastes servos de Deus, produzis frutos que levam à santificação, e o resultado é a vida eterna.
É que o salário do pecado é a morte; ao passo que o dom gratuito que vem de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, Senhor nosso.


Salmos 1,1-2.3.4.6.

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores, 
antes põe o seu enlevo na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.

É como a árvore plantada à beira da água corrente:
dá fruto na estação própria
e a sua folhagem não murcha;
em tudo o que faz é bem sucedido.

Mas os ímpios não são assim!
São como a palha que o vento leva.
O Senhor conhece o caminho dos justos,
mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.



Lucas 12,49-53.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele já se tivesse ateado!
Tenho de receber um baptismo, e que angústias as minhas até que ele se realize!
Julgais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não, Eu vo-lo digo, mas antes a divisão.
Porque, daqui por diante, estarão cinco divididos numa só casa: três contra dois e dois contra três;
vão dividir-se: o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Catecismo da Igreja Católica
§§ 696, 728-730

«Eu vim lançar fogo sobre a terra»

Os símbolos do Espírito Santo: o fogo. Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos actos do Espírito Santo. O profeta Elias, que «apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho ardente» (Ecli 48,1), pela sua oração faz descer o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo, que transforma aquilo em que toca. João Baptista, que «irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias» (Lc 1,17), anuncia Cristo como Aquele que «há-de baptizar no Espírito Santo e no fogo» (Lc 3,16), aquele Espírito do qual Jesus dirá: «Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha ateado!» (Lc 12,49) É sob a forma de línguas, «uma espécie de línguas de fogo», que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si (Act 2,3-4). A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da acção do Espírito Santo: «Não apagueis o Espírito!» (1Tes 5,19). […]


Jesus não revela plenamente o Espírito Santo enquanto Ele próprio não for glorificado pela sua morte e ressurreição. […] Só quando chega a Hora em que vai ser glorificado, é que Jesus promete a vinda do Espírito Santo, pois a sua morte e ressurreição serão o cumprimento da promessa feita aos antepassados. O Espírito da verdade, o outro Paráclito, será dado pelo Pai a pedido de Jesus; será enviado pelo Pai em nome de Jesus; Jesus O enviará de junto do Pai, porque do Pai procede. […] Chega, por fim, a «Hora de Jesus»: Jesus entrega o seu espírito nas mãos do Pai, no momento em que pela sua morte vence a morte, de tal modo que, «ressuscitado dos mortos pela glória do Pai» (Rom 6,4), logo dá o Espírito Santo «soprando» sobre os discípulos (Jo 20,22).







terça-feira, 22 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 23 de Outubro de 2013

Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

São João de Capistrano, religioso, +1456

Comentário do dia
Beata Teresa de Calcutá : «Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim»

Romanos 6,12-18.

Irmãos: Que o pecado não reine mais no vosso corpo mortal, de tal modo que obedeçais às suas paixões.
Não entregueis os vossos membros, como armas da injustiça, ao serviço do pecado. Pelo contrário, entregai-vos a Deus, como vivos de entre os mortos, e entregai os vossos membros, como armas da justiça, ao serviço de Deus.
Pois o pecado não terá mais domínio sobre vós, uma vez que não estais sob a Lei, mas sob a graça. Libertos do pecado
Então? Vamos pecar, porque não estamos sob a Lei, mas sob a graça? De modo nenhum!
Não sabeis que, se vos entregais a alguém, obedecendo-lhe como escravos, sois escravos daquele a quem obedeceis, quer seja do pecado que leva à morte, quer da obediência que leva à justiça?
Demos graças a Deus: éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao ensino que vos foi transmitido como norma de vida.
E libertos do pecado, tornastes-vos escravos da justiça.


Salmos 124(123),1-3.4-6.7-8.

Se o Senhor não estivesse do nosso lado,
que o diga Israel,
se o Senhor não estivesse do nosso lado,
quando os homens se levantaram contra nós
ter-nos-iam engolido vivos
quando a sua fúria ardia contra nós.  

As águas ter-nos-iam submergido,
a torrente teria passado sobre nós.  
Teriam passado sobre nós as águas turbulentas,
Bendito seja o Senhor,
que não nos entregou
como presa nos seus dentes.

A nossa vida escapou como um pássaro
do laço de caçadores:
rompeu-se o laço
e nós libertámo-nos.  
O nosso auxílio está no nome do Senhor,
que fez o céu e a terra.  



Lucas 12,39-48.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não teria deixado arrombar a sua casa.
Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.»
Pedro disse-lhe: «Senhor, é para nós que dizes essa parábola, ou é para todos igualmente?»
O Senhor respondeu: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo?
Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim.
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens.
Mas, se aquele administrador disser consigo mesmo: 'O meu senhor tarda em vir' e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se,
o senhor daquele servo chegará no dia em que ele menos espera e a uma hora que ele não sabe; então, pô-lo-á de parte, fazendo o partilhar da sorte dos infiéis.
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites.
Aquele, porém, que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será pedido.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Something Beautiful for God»

«Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim»

Senhor muito amado, faz com que possa ver-Te, hoje e em cada dia, na pessoa dos teus doentes e, ao cuidar deles, servir-Te. Se Te esconderes sob o rosto desagradável dos coléricos, dos descontentes, dos arrogantes, faz com que, ainda assim, Te reconheça e diga: «Jesus, Tu és o meu paciente, como é doce servir-Te». Senhor, dá-me essa fé que vê claro e nunca mais a minha tarefa será monótona, e a alegria jorrará sempre quando me prestar aos caprichos e corresponder aos desejos dos teus pobres sofredores. […]


Meu Deus, uma vez que Tu és, Jesus, o meu paciente, digna-Te ser também para mim um Jesus de paciência, indulgente com as minhas faltas e tendo em conta a intenção, pois esta é amar-Te e servir-Te na pessoa de cada um dos teus doentes. Senhor aumenta a minha fé (Lc 17,5), abençoa os meus esforços e a minha tarefa, agora e sempre.







segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 22 de Outubro de 2013

Terça-feira da 29 semana do Tempo Comum

Beata Josefina Leroux e companheiras, mártires, séc. XVIII, São Martinho de Dume, bispo, +579, Beato Timóteo Giaccardo, presbítero, +1948, Beato João Paulo II, Papa, +2005

Comentário do dia
São Gregório de Nissa : «Com os cintos apertados e as lâmpadas acesas»

Romanos 5,12.15b.17-19.20b-21.

Irmãos: Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte atingiu todos os homens, uma vez que todos pecaram.
Com efeito, o que se passa com o dom gratuito não é o mesmo que se passa com a falta. Se pela falta de um só todos morreram, com muito mais razão a graça de Deus, aquela graça oferecida por meio de um só homem, Jesus Cristo, foi a todos concedida em abundância.
De facto, se pela falta de um só e por meio de um só reinou a morte, com muito mais razão, por meio de um só, Jesus Cristo, hão-de reinar na vida aqueles que recebem em abundância a graça e o dom da justiça.
Portanto, como pela falta de um só veio a condenação para todos os homens, assim também pela obra de justiça de um só veio para todos os homens a justificação que dá a vida.
De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão-de tornar justos.
A lei interveio para aumentar a falta, mas, onde aumentou o pecado, superabundou a graça.
E deste modo, tal como o pecado reinou pela morte, assim também a graça reina pela justiça até à vida eterna, por Jesus Cristo, Senhor nosso.


Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.17.

Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou!»

No Livro da Lei está escrito
aquilo que devo fazer.»
Esse é o meu desejo, ó meu Deus;
a tua lei está dentro do meu coração.

Anunciei a tua justiça na grande assembleia;
Tu bem sabes, Senhor, que não fechei os meus lábios.
Mas alegrem-se e exultem em ti todos os que te procuram.
Digam sem cessar os que desejam a tua salvação:
«O Senhor é grande!»



Lucas 12,35-38.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas.
Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda, para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater.
Felizes aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes! Em verdade vos digo: Vai cingir-se, mandará que se ponham à mesa e há-de servi-los.
E, se vier pela meia-noite ou de madrugada, e assim os encontrar, felizes serão eles.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo
Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, n°11, 1; PG 44, 996

«Com os cintos apertados e as lâmpadas acesas»

É para que o nosso espírito se liberte de todas as miragens que o Verbo nos convida a sacudir dos olhos da alma este sono pesado, para que não escorreguemos para fora das realidades verdadeiras agarrando-nos ao que não tem consistência. É por isso que nos propõe a imagem da vigilância, dizendo-nos: «Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas.» O sentido destes símbolos é bem claro: aquele que está cingido pela temperança vive na luz de uma consciência pura, porque a confiança filial ilumina a sua vida como uma lâmpada; iluminada pela verdade, a sua alma desembaraça-se do sono da ilusão, pois nenhum pensamento vão a desvia do seu caminho.


São eles, com efeito, que esperam o Senhor no regresso das bodas, e que se sentam às portas do céu com olhos vigilantes, para que o Rei glorioso (Sl 23,7) ali possa passar de novo, quando regressar das bodas e entrar na bem-aventurança que está no alto dos céus. Saindo dali «como um esposo do seu leito» (Sl 18,6) […], Ele uniu a Si, qual virgem, a nossa natureza que se prostituíra aos ídolos, tendo-a restituído à sua integridade virginal pela regeneração sacramental. As bodas completaram-se nesse momento, pois a Igreja foi desposada pelo Verbo […] e, introduzida na câmara dos mistérios, os anjos esperavam o regresso do Rei da glória para a bem-aventurança que é conforme à sua natureza.


Eis porque o texto diz que a nossa vida deve ser semelhante à dos anjos. Tal como eles vivem longe do vício e da ilusão, prontos a receber a parúsia do Senhor, devemos igualmente ficar vigilantes à porta da nossa morada e manter-nos prontos para obedecer, quando Ele vier bater-nos à porta.







domingo, 20 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 21 de Outubro de 2013

Segunda-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Santa Úrsula e companheiras, virgens, mártires, séc. IV, Beato Carlos de Áustria, imperador, +1922

Comentário do dia
Isaac: «Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida»

Romanos 4,20-25.

Irmãos: Diante da promessa de Deus, não duvidou por falta de fé. Pelo contrário, tornou-se mais forte na fé e deu glória a Deus,
plenamente convencido de que Ele tinha poder para realizar o que tinha prometido.
Esta foi exactamente a razão pela qual isso lhe foi atribuído à conta de justiça.
Não é só por causa dele que está escrito foi-lhe atribuído,
mas também por causa de nós, a quem a fé será tida em conta, nós que acreditamos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, Senhor nosso,
entregue por causa das nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação.


Lucas 1,69-70.71-72.73-75.

O Senhor nos deu um Salvador poderoso,
na casa de David, seu servo,
conforme prometeu pela boca dos seus santos,
os profetas dos tempos antigos;

para nos libertar dos nossos inimigos
e das mãos de todos os que nos odeiam;
para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais,
recordando a sua sagrada aliança;

O juramento que fizera a Abraão, nosso pai,
que nos havia de conceder esta graça:
de o servirmos um dia, sem temor,
livres das mãos dos nossos inimigos,

em santidade e justiça, na sua presença,
todos os dias da nossa vida.



Lucas 12,13-21.

Naquele tempo, alguém do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.»
Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?»
E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.»
Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita.
E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?'
Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens.
Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.'
Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?'
Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Isaac, o Sírio (século VII), monge perto de Mossul
Discursos ascéticos, 1ª série, nº 38

«Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida»

Senhor, torna-me digno de desprezar a minha vida pela vida que há em Ti. A vida neste mundo parece-se com aqueles que se servem das letras para formar palavras, acrescentando, truncando e mudando as letras a seu bel-prazer. Mas a vida do mundo que há-de vir parece-se com aquilo que está escrito sem o menor erro nos livros selados com o selo real, onde nada há a acrescentar e onde nada falta. Portanto, enquanto estivermos no meio da mudança, estejamos atentos as nós próprios. Enquanto tivermos poder sobre o manuscrito da nossa vida, sobre aquilo que escrevemos com as nossas mãos, esforcemo-nos por lhe acrescentar o bem que fazemos e apagar os defeitos da nossa conduta anterior. Enquanto estivermos neste mundo, Deus não coloca o seu selo, nem sobre o bem nem sobre o mal; só o fará na hora do nosso êxodo, quando a obra estiver acabada, no momento da partida.


Como disse Santo Efrém, é preciso considerar que a nossa alma é como um navio, pronto para a viagem, mas que não sabe quando virá o vento; ou como um exército, que não sabe quando vai soar a trombeta, anunciando o combate. Se ele fala assim do navio ou do exército, que esperam uma coisa que talvez nem chegue, como não teremos nós de nos preparar com antecedência, antes que esse dia venha de modo brusco, que seja lançada a ponte e se abra a porta do mundo novo! Possa Cristo, o Mediador da nossa vida, permitir que estejamos preparados.







sábado, 19 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 20 de Outubro de 2013

29º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Vigésimo Nono Domingo do tempo comum (semana I do saltério)

Santa Iria, mártir, +653, Santa Maria Bertilla Boscardin, religiosa, enfermeira, +1922, Beato Contardo Ferrini, profissional católico, +1902

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a obrigação de orar sempre»

Ex. 17,8-13.

Naqueles dias,  Amalec combateu contra Israel em Refidim.
Moisés disse a Josué: «Escolhe para nós homens, e sai para combater contra Amalec. Amanhã eu permanecerei firme no cimo da colina e terei a vara de Deus na minha mão.»
Josué fez como Moisés lhe tinha dito, para combater contra Amalec. Moisés, Aarão e Hur subiram ao cimo da colina.
E acontecia que, enquanto Moisés tinha as mãos levantadas, era Israel o mais forte; mas quando descansava as mãos, o mais forte era Amalec.
Mas as mãos de Moisés ficaram pesadas. Pegaram então numa pedra e puseram-na debaixo dele, e ele sentou-se sobre ela. Aarão e Hur sustentavam as mãos dele, um de um lado e outro do outro. E assim as mãos dele permaneceram firmes até ao pôr-do-sol.
Josué venceu Amalec e o seu povo ao fio da espada.


Salmos 121(120),1-2.3-4.5-6.7-8.

Levanto os olhos para os montes:
de onde me virá o auxílio?
O meu auxílio vem do Senhor
que fez o céu e a terra.

Ele não deixará que vacilem os teus pés;
Aquele que te guarda, não dormirá.
Não há-de dormir nem dormitar,
Aquele que guarda Israel.

O Senhor é quem te guarda
e está a teu lado. Ele é a tua protecção.
O Sol não te fará mal durante o dia,
nem a Lua, durante a noite.

O Senhor protege-te de todo o mal
e vela pela tua vida.
O Senhor protege-te nas tuas idas e vindas,
agora e para sempre.



2 Tim. 3,14-17.4,1-2.

Caríssimo: Permanece firme naquilo que aprendeste e de que adquiriste a certeza, bem ciente de quem o aprendeste.
Desde a infância conheces a Sagrada Escritura, que te pode instruir, em ordem à salvação pela fé em Cristo Jesus.
De facto, toda a Escritura é inspirada por Deus e adequada para ensinar, refutar, corrigir e educar na justiça,
a fim de que o homem de Deus seja perfeito e esteja preparado para toda a obra boa.
Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há-de julgar os vivos e os mortos, peço-te encarecidamente, pela sua vinda e pelo seu Reino:
proclama a palavra, insiste em tempo propício e fora dele, convence, repreende, exorta com toda a compreensão e competência.


Lucas 18,1-8.

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer:
«Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens.
Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.'
Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens,
contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'»
E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo.
E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar?
Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 37, 14

«Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a obrigação de orar sempre»

«Senhor, diante de Vós está todo o meu desejo» (Sl 37,10). […] O teu desejo é a tua oração; se o teu desejo for contínuo, a tua oração também será contínua. Não foi por acaso que o apóstolo Paulo disse: «Orai sem cessar» (1Ts 5,17). Di-lo-á porque sem cessar nos ajoelhamos, nos prostramos ou levantamos as mãos para Deus? Se dissermos que só nestas condições é que oramos, não creio que o possamos fazer sem cessar.


Mas há uma outra oração, interior, que não cessa: é o desejo. Qualquer que seja a ocupação a que te entregues, se desejares aquele repouso do sabbath de que falamos, rezarás sem cessar. Se não quiseres deixar de orar, não deixes de desejar.


O teu desejo é contínuo? Então o teu grito será contínuo. Só te calarás se deixares de amar. Quem são os que se calaram? São aqueles de quem se diz: «E por se multiplicar a iniquidade, resfriará a caridade da maioria» (Mt 24,12). A caridade que arrefece é o coração que se cala; a caridade que arde é o coração que grita. Se a caridade subsistir sem cessar, gritarás sem cessar; se gritares sem cessar, é porque continuas a desejar; se estiveres cheio deste desejo, é porque pensas no repouso eterno.







sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Sabado, dia 19 de Outubro de 2013

Sábado da 28ª semana do Tempo Comum

S. João de Brébeuf, Santo Isaac Jogues e companheiros, mártires, séc. XVII, S. Paulo da Cruz,presbítero, penitente, +1775, S. Pedro de Alcântara, religioso, +1562

Comentário do dia
São Rafael Arnaiz Baron : «Quem der testemunho de Mim diante dos homens, o Filho do homem dará testemunho dele diante dos anjos»

Romanos 4,13.16-18.

Irmãos: Não foi em virtude da Lei, mas da justiça obtida pela fé que a Abraão, ou à sua descendência, foi feita a promessa de que havia de receber o mundo em herança.
Por isso, é da fé que depende a herança. Só assim é que esta é gratuita, de tal modo que a promessa se mantém válida para todos os descendentes: não apenas para aqueles que o são em virtude da Lei, mas também para os que o são em virtude da fé de Abraão, pai de todos nós,
conforme o que está escrito: Fiz de ti o pai de muitos povos. Pai diante daquele em quem acreditou, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência o que não existe.
Foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência.


Salmos 105(104),6-7.8-9.42-43.

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu escolhido.  
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra.

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.

Deus lembrou-se da sua palavra sagrada,
que tinha dado a Abraão, seu servo,  
e fez sair o seu povo com alegria
e os seus eleitos com gritos de júbilo.  



Lucas 12,8-12.

Naquele tempo, disse jesus aos seus discípulos: «Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, também o Filho do Homem se declarará por ele diante dos anjos de Deus.
Aquele, porém, que me tiver negado diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus.
E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem, há-de perdoar-se; mas, a quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo, jamais se perdoará.
Quando vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de dizer em vossa defesa,
pois o Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 1938/04/03

«Quem der testemunho de Mim diante dos homens, o Filho do homem dará testemunho dele diante dos anjos»

Pego hoje na pena para que as minhas palavras, estampando-se na folha em branco, sirvam para louvar perpetuamente o Deus bendito, autor da minha vida, da minha alma, do meu coração. Gostaria que todo o universo, com os planetas, todos os astros e os incomensuráveis sistemas estelares, fosse uma enorme extensão, polida e brilhante, onde eu pudesse escrever o nome de Deus. Gostaria que minha voz fosse mais potente que mil trovões, mais forte do que o bramido do mar, mais terrível que o estrondo dos vulcões, apenas para dizer: Deus! Gostaria que o meu coração fosse tão grande quanto o céu, puro como o dos anjos, simples como o da pomba (Mt 10,16), para nele colocar Deus! Mas, uma vez que toda esta grandeza com que sonhas não pode tornar-se realidade, contenta-te com o pouco e contido nada que és, meu irmão Rafael, porque o próprio nada deve satisfazer-te. […]


Porquê calar-me? Porquê escondê-lo? Porque não gritar ao mundo e publicar aos quatro ventos as maravilhas de Deus? Porque não dizer às pessoas e a todos os que querem ouvir: vedes aquilo que sou? Vedes o que fui? Vedes a minha miséria rastejando na lama? Pois pouco importa; maravilhai-vos: apesar de tudo isso, tenho Deus. Deus é meu amigo! Que o solo se afunde, e que o mar seque de espanto! Deus ama-me, a mim, com um tal amor que, se o mundo inteiro o entendesse, todas as criaturas se tornariam loucas e bradariam de assombro. E mesmo assim, seria pouco. Deus ama-me tanto, que nem os anjos o entendem!


A misericórdia de Deus é grande! Amar-me, a mim; ser meu amigo, meu irmão, meu pai, meu mestre. Ser Deus, e eu, ser o que sou! […] Como não enlouquecer; como é possível viver, comer, dormir, falar e lidar com as pessoas? […] Como é isso possível, Senhor! Eu sei; tu explicaste-me: é o milagre de tua graça.







quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 18 de Outubro de 2013

S. Lucas, Evangelista – Festa

São Lucas, Evangelista

Comentário do dia
Santo Ireneu de Lyon : São Lucas, companheiro e colaborador dos apóstolos

2 Tim. 4,10-17b.

Caríssimo: Demas abandonou-me. Preferiu o mundo presente e foi para Tessalónica. Crescente foi para a Galácia, e Tito para a Dalmácia.
Apenas Lucas está comigo. Traz contigo Marcos, pois me será de grande ajuda no ministério.
Quanto a Tíquico, enviei-o a Éfeso.
Quando vieres, traz o manto que deixei em Tróade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos.
Alexandre, o fundidor de cobre, causou-me muitos danos. O Senhor lhe retribuirá segundo as suas obras.
Toma tu também cuidado com ele, pois muito se tem oposto ao nosso ensinamento.
Na minha primeira defesa, ninguém esteve ao meu lado. Todos me abandonaram. Que não lhes seja levado em conta.
O Senhor, porém, esteve comigo e deu-me forças, a fim de que, por meu intermédio, o anúncio fosse plenamente proclamado e todos os gentios o escutassem. Assim fui arrebatado da boca do leão.


Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.

Louvem-te, Senhor, todas as tuas criaturas;
todos os teus fiéis te bendigam.
Proclamem a glória do vosso reino  
e anunciem os vossos feitos gloriosos.

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O teu reino é um reino para toda a eternidade
e o teu domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e misericordioso em todas as suas obras.
O Senhor está perto de todos os que o invocam,
dos que o invocam sinceramente.



Lucas 10,1-9.

Naquele tempo, o Senhor designou setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as Heresias, III, 14-15; SC 34

São Lucas, companheiro e colaborador dos apóstolos

Lucas era inseparável de Paulo e foi seu colaborador na pregação do Evangelho, como ele próprio evidencia, não para se glorificar, mas impelido pela verdade. Com efeito, quando Barnabé e João, chamado Marco, se separaram de Paulo e embarcaram-se para Chipre, Lucas escreveu: «Embarcámos para Tróade» (Act 16,8.11) […];e descreve detalhadamente toda a viagem e a sua chegada a Filipos, onde anunciaram a Palavra pela primeira vez. […] No relato da viagem com Paulo conta as situações com toda a precisão possível. […] Estando presente em todos os acontecimentos, Lucas registou-as de maneira precisa; não se pode encontrar nele mentira nem orgulho, porque todos aqueles factos eram conhecidos. […]


Lucas não foi apenas companheiro, mas também colaborador dos apóstolos, sobretudo de Paulo, que o diz claramente nas suas cartas: «Demas abandonou-me por amor das coisas do presente século e foi para Tessalónica, Crescente partiu para a Galácia e Tito para a Dalmácia; só Lucas está comigo» (2Tim 4,9-11). Isto prova claramente que Lucas esteve sempre ligado a Paulo, de maneira inseparável. Também na carta aos Colossenses se lê: «Saúda-vos Lucas, o caríssimo médico» (Col 4,14). […]


Por outro lado, conhecemos muitos acontecimentos do Evangelho – e dos mais importantes – unicamente por Lucas. […] Quem sabe, de resto, se Deus não fez de modo a que muitas passagens do Evangelho tivessem sido reveladas apenas por Lucas […] para que todos se deixassem guiar pelo testemunho que vem em seguida [no seu segundo livro] sobre os actos e a doutrina dos apóstolos e que, guardando assim inalterada a regra da verdade, pudessem ser todos salvos. Assim, o testemunho de Lucas é verdadeiro; o ensinamento dos apóstolos é manifesto, sólido, e nada esconde. […] Tais são as vozes da Igreja, de onde toda a Igreja retira a sua origem.







quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 17 de Outubro de 2013

Quinta-feira da 28ª semana do Tempo Comum

Santo Inácio de Antioquia, bispo, mártir, séc. II

Comentário do dia
São Gregório de Narek : «Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente com perguntas»

Romanos 3,21-30.

Irmãos: independentemente da Lei de Moisés, manifestou-se agora a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas:
a justiça que vem para todos os crentes, mediante a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma:
todos pecaram e estão privados da glória de Deus.
Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus.
Deus ofereceu-o para, nele, pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé; foi assim que ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora,
no tempo da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus.
Onde está, pois, o motivo para alguém se gloriar? Foi excluído! Por qual lei? Pela das obras? De modo nenhum! Mas pela lei da fé.
Pois estamos convencidos de que é pela fé que o homem é justificado, independentemente das obras da lei.
Será Deus apenas Deus dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, Ele é também Deus dos gentios,
uma vez que há um só Deus. É Ele que há-de justificar pela fé os circuncidados, e os não-circuncidados, mediante a fé.


Salmos 130(129),1-2.3-4b.4c-6.

Do fundo do abismo clamo por ti, Senhor,
Senhor, ouve a minha prece.
Estejam teus ouvidos atentos
à voz da minha súplica.

Se tiveres em conta os nossos pecados,
Senhor, quem poderá resistir?  
Mas junto de vós encontramos o vosso perdão
por isso temos o vosso temor em nós.

Eu espero no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor,
mais do que a sentinela na aurora.



Lucas 11,47-54.

Naquele tempo, disse O Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, que edificais os túmulos dos profetas, quando os vossos pais é que os mataram!
Assim, dais testemunho e aprovação aos actos dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós edificais-lhes sepulcros.
Por isso mesmo é que a Sabedoria de Deus disse: 'Hei-de enviar-lhes profetas e apóstolos, a alguns dos quais darão a morte e a outros perseguirão,
a fim de que se peça contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo,
desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o santuário.' Sim, Eu vo-lo digo, serão pedidas contas a esta geração.
Ai de vós, doutores da Lei, porque vos apoderastes da chave da ciência: vós próprios não entrastes e impedistes a entrada àqueles que queriam entrar!»
Quando saiu dali, os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-lo fortemente com perguntas e a fazê-lo falar sobre muitos assuntos, armando-lhe ciladas e procurando apanhar-lhe alguma palavra para o acusarem.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge e poeta arménio
Livro de Orações, nº 77

«Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente com perguntas»

Mau grado o temor tingido de alegria, quero agora aqui contar um pouco dos tormentos que Tu, meu Deus e de todos, sofreste por mim.


De pé no tribunal dos homens, a quem criaste,

Numa natureza que era também a minha,

Não proferiste uma palavra, Tu que a permites,

Não elevaste a voz, Tu que criaste as línguas,

Não soltaste um grito, Tu por quem a terra existe, […]

Não abandonaste à sua sorte quem Te abandonou ao Teu martírio,

Não ofereceste resistência a quem Te atava,

Nem Te indignaste contra quem Te esbofeteava.

Não injuriaste quem Te cuspia na cara,

Nem estremeceste perante quem Te agredia,

Não Te enfureceste contra quem de Ti escarnecia,

Nem alteraste o semblante a quem Te condenava. […]


Longe de Te darem um momento de descanso, a Ti, fonte da vida,

Depressa Te puseram às costas, para a levares, a cruz do suplício,

Que recebeste com magnanimidade,

Tomaste com doçura,

Soergueste com paciência,

E, como um culpado,

Te encarregaste dela, da cruz das dores!







terça-feira, 15 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 16 de Outubro de 2013

Quarta-feira da 28ª semana do Tempo Comum

Santa Margarida Maria Alacoque, religiosa, +1690, Santa Edviges, viúva, +1243

Comentário do dia
Beato John Henry Newman : A tradição e a vontade de Deus

Romanos 2,1-11.

Não tens desculpa tu, ó homem, quem quer que sejas, que te armas em juiz. É que, ao julgares o outro, a ti próprio te condenas, por praticares as mesmas coisas, tu que te armas em juiz.
Ora nós sabemos que o julgamento de Deus se guia pela verdade contra aqueles que praticam tais acções.
Cuidas, então tu, ó homem que julgas os que praticam tais acções e fazes o mesmo que escaparás ao julgamento de Deus?
Ou não estarás tu a desprezar as riquezas da sua bondade, paciência e generosidade, ao ignorares que a bondade de Deus te convida à conversão?
Afinal, com a tua dureza e o teu coração impenitente, estás a acumular ira sobre ti, para o dia da ira e do justo julgamento de Deus,
que retribuirá a cada um conforme as suas obras:
para aqueles que, ao perseverarem na prática do bem, procuram a glória, a honra e a incorruptibilidade, será a vida eterna;
para aqueles que, por rebeldia, são indóceis à verdade e dóceis à injustiça, será ira e indignação.
Tribulação e angústia para todo o ser humano que pratica o mal, primeiro judeu e depois grego!
Glória, honra e paz para todo aquele que pratica o bem, primeiro para o judeu e depois para o grego!
É que em Deus não existe acepção de pessoas. A Lei não garante a salvação


Salmos 62(61),2-3.6-7.9.

Só em Deus descansa a minha alma;
d'Ele vem a minha salvação.
Só Ele é o meu refúgio e a minha salvação,
minha fortaleza: jamais serei abalado.

Só em Deus descansa a minha alma,
d'Ele vem a minha esperança.
Só Ele é o meu refúgio e salvação,
minha fortaleza; jamais serei abalado.

Confiai n'Ele, ó povos,
em todo o tempo,
desafogai n'Ele o vosso coração.
Deus é o nosso refúgio.



Lucas 11,42-46.

Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as plantas e descurais a justiça e o amor de Deus! Estas eram as coisas que devíeis praticar, sem omitir aquelas.
Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e de ser cumprimentados nas praças!
Ai de vós, porque sois como os túmulos, que não se vêem e sobre os quais as pessoas passam sem se aperceberem!»
Um doutor da Lei tomou a palavra e disse-lhe: «Mestre, falando assim, também nos insultas a nós.»
Mas Ele respondeu: «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses fardos!



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Ceremonies of the Church»

A tradição e a vontade de Deus

Pouco importa como aprendemos a conhecer a vontade de Deus – seja através da Escritura, seja através da tradição apostólica, ou daquilo a que São Paulo chama a «natureza» (cf Rom 1,20) –, desde que estejamos certos de que essa é mesmo a sua vontade. Na realidade, Deus revela-nos o conteúdo da fé por inspiração, porque a fé é de ordem sobrenatural; mas revela-nos as questões práticas do dever moral pela nossa própria consciência e pela razão divinamente guiada.


As questões puramente formais, revela-no-las através da tradição da Igreja, pelo costume que nos leva a pô-las em prática, embora o costume não venha na Escritura; isto para responder à questão que podemos colocar a nós próprios: «Para que havemos de observar ritos e formas que a Escritura não prescreve?» A Escritura transmite-nos aquilo em que é necessário acreditar, aquilo para que devemos tender, o que devemos manter. Mas não estabelece a forma concreta de o fazer. Uma vez que não podemos praticar isso senão desta ou daquela forma precisa, somos forçados a acrescentar alguma coisa àquilo que nos diz a Escritura. Por exemplo, ela recomenda-nos que nos reunamos para a oração e associa a sua eficácia […] à união dos corações. Mas, como não indica nem o momento nem o local da oração, a Igreja tem que completar o que a Escritura se contentou em prescrever de forma genérica. […]


Podemos dizer que a Bíblia nos dá o espírito da nossa religião, e que a Igreja tem de organizar o corpo em que o espírito incarna. […] A religião não existe de forma abstracta. […] As pessoas que tentam adorar a Deus duma forma (dizem elas) «puramente espiritual» acabam por, de facto, não O adorar de todo. […] Portanto, a Escritura dá-nos o espírito e a Igreja o corpo da nossa devoção. E, assim como não podemos ver o espírito dum homem sem ser por intermédio do seu corpo, assim também não podemos compreender o objeto da nossa fé sem a sua forma exterior.