quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 07 de Fevereiro de 2013
Cinco Chagas do Senhor

Beata Eugénia Smet (Madre Maria da Providência), religiosa. +1871,  Beata Rosália Rendu, religiosa, +1856



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Homilia atribuída a São Boaventura : «Logo brotou sangue e água»

Leituras

Is. 53,1-10.


Quem acreditou no nosso anúncio? A quem foi revelado o braço do Senhor?
O servo cresceu diante do SENHOR como um rebento, como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspecto atraente,
desprezado e abandonado pelos homens, como alguém cheio de dores, habituado ao sofrimento, diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desconsiderado.
Na verdade, ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado.
Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas suas chagas.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas perdidas, cada um seguindo o seu caminho. Mas o SENHOR carregou sobre ele todos os nossos crimes.
Foi maltratado, mas humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador.
Sem defesa, nem justiça, levaram-no à força. Quem é que se preocupou com o seu destino? Foi suprimido da terra dos vivos, mas por causa dos pecados do meu povo é que foi ferido.
Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios, e uma tumba entre os malfeitores, embora não tenha cometido crime algum, nem praticado qualquer fraude.
Mas aprouve ao SENHOR esmagá-lo com sofrimento, para que a sua vida fosse um sacrifício de reparação. Terá uma posteridade duradoura e viverá longos dias, e o desígnio do SENHOR realizar-se-á por meio dele.


Salmos 22(21),7-8.15-23.


Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, posso contar todos os meus ossos.

Eu, porém, sou um verme e não um homem,
o opróbrio dos homens e o desprezo da plebe.
Todos os que me vêem escarnecem de mim;
estendem os lábios e abanam a cabeça.

Fui derramado como água;
e todos os meus ossos se desconjuntaram;
o meu coração tornou se como cera
e derreteu-se dentro do meu peito.

Matilhas de cães me rodearam,
cercou-me um bando de malfeitores,
Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,
posso contar todos os meus ossos.

Salvai-me da boca dos leões;
e dos chifres dos búfalos livrai este infeliz.
Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,
hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.










João 19,28-37.


Naquele tempo, Jesus, sabendo que tudo se consumara, para se cumprir totalmente a Escritura, disse: «Tenho sede!»
Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Então, ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca.
Quando tomou o vinagre, Jesus disse: «Tudo está consumado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
Como era o dia da Preparação da Páscoa, para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e também ao outro que tinha sido crucificado juntamente.
Mas, ao chegarem a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.
Porém, um dos soldados traspassou-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.
Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também.
É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: Não se lhe quebrará nenhum osso.
E também outro passo da Escritura diz: Hão-de olhar para aquele que trespassaram.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Homilia atribuída a São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Meditações sobre a Paixão do Senhor, 3

«Logo brotou sangue e água»

Aproximemo-nos do coração do dulcíssimo Senhor Jesus, e exultaremos e
regozijar-nos-emos nele. Quão bom e doce é habitar nesse coração! Ele é o
tesouro escondido, a pérola preciosa, aquilo que encontramos, ó Jesus,
escavando o campo do Teu corpo (Mt 13,44ss). Quem pois rejeitará esta
pérola? Bem pelo contrário, por ela eu darei todos os meus bens; por ela
trocarei todas as minhas preocupações, todos os meus afectos. Todas as
minhas inquietações, abandoná-las-ei no coração de Jesus: ele bastar-me-á e
providenciará sem falta à minha subsistência.


É neste templo, neste Santo dos santos, nesta arca da aliança, que virei
adorar e louvar o nome do Senhor. «Encontrei o meu coração, dizia David,
para rezar ao meu Deus» (1 Cron 17,25 Vulg). Também eu encontrei o coração
do meu Senhor e Rei, do meu irmão e amigo. Portanto, como poderia não
rezar? Sim, rezarei, porque, com firmeza o digo, o Seu coração pertence-me.
[...]


Ó Jesus, digna-Te aceitar e escutar a minha oração. Leva-me todo inteiro
para o Teu coração. Ainda que a deformidade dos meus pecados me impeça de
entrar nele, dado que por um amor incompreensível este coração se dilatou e
alargou, Tu podes receber-me e purificar-me da minha impureza. Ó Jesus
puríssimo, lava-me das minhas iniquidades a fim de que, purificado por Ti,
possa habitar em Teu coração todos os dias da minha vida, para ver e fazer
a Tua vontade. Se o Teu lado foi trespassado, foi para que a entrada nos
seja amplamente aberta. Se o Teu coração foi ferido, foi para que, ao
abrigo das agitações exteriores, possamos habitar nele. E é ainda para que,
na ferida visível, vejamos a invisível ferida do amor.





Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org