quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 21 de Fevereiro de 2013
Quinta-feira da 1ª da Quaresma

S. Pedro Damião, bispo, Doutor da Igreja, +1072



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Tomás de Aquino : «Pedi [...], procurai [...], batei»

Leituras

Ester 14,1.3-5.12-14.


Naqueles dias, a rainha Ester, tomada de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor
e fez esta súplica ao Senhor, Deus de Israel: «Meu Senhor, nosso único Rei, vinde socorrer-me, porque estou só e não tenho outro auxílio senão Vós
e corre perigo a minha vida.
Desde criança, ouvi dizer na minha tribo paterna que Vós, Senhor, escolhestes Israel entre todos os povos e os nossos pais entre os seus antepassados, para serem a vossa herança perpétua, e cumpristes tudo o que lhes tínheis prometido.
Lembrai-Vos de nós, Senhor, e manifestai-Vos no dia da nossa tribulação. Fortalecei-me, Rei dos deuses e Senhor dos poderosos.
Ponde em meus lábios palavras harmoniosas, quando estiver na presença do leão, e mudai o seu coração, para que deteste o nosso inimigo e o arruíne com todos os seus cúmplices.
Livrai-nos com a vossa mão; vinde socorrer-me no meu abandono, porque não tenho ninguém senão Vós, Senhor».


Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.7c-8.


Na presença dos anjos, eu Vos louvarei, Senhor.

Dou-Te graças, Senhor, de todo o coração,
porquer ouviste as palavras da minha boca.
Na presença dos anjos hei-de cantar-Te
e adorar-Te voltado para o Teu santo templo

Hei-de louvar o Teu nome,
pela Tua bondade e pela Tua fidelidade,
porque foste mais além das Tuas promessas.  
Quando Te invoquei, atendeste-me
e aumentaste as forças da minha alma.

Todos os reis da terra Te louvarão, Senhor,
ao ouvirem as palavras da Tua boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor,
pois grande é a Sua glória.

A Vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a Vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das Vossas mãos.




Mateus 7,7-12.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos.
Pois, quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que bate, hão-de abrir.
Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Ora bem, se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está no Céu dará coisas boas àqueles que lhas pedirem.»
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Compêndio teológico, 2, 1

«Pedi [...], procurai [...], batei»

Quando a súplica é dirigida a um homem, deve primeiro expressar o desejo e
a necessidade de quem pede. Tem também por objectivo afrouxar o coração
daquele a quem se pede, até o fazer ceder. Ora, estas duas coisas não têm
razão de ser quando a súplica é dirigida a Deus. Ao rezar, não temos de nos
preocupar em manifestar os nossos desejos ou as nossas necessidades a Deus:
Ele sabe tudo (Mt 6,8). [...] Se a oração é necessária ao homem para obter
os benefícios de Deus, é porque exerce sobre aquele que reza uma influência
que o leva a considerar a sua própria pobreza e lhe inclina o coração a
desejar com fervor e espírito filial o que espera obter com a oração.
Torna-o assim capaz de o receber. [...]


Pedir a Deus torna-nos imediatamente familiarizados com Deus, porque a
nossa alma se eleva em direcção a Ele, fala carinhosamente com Ele, e
adora-O em espírito e verdade (Jo 4,23). E assim, nesta amizade familiar
com Deus que a oração produz, abre-se o caminho para uma oração ainda mais
confiante. É por isso que está dito no Salmo: «Eu clamei», isto é, orei com
confiança, «porque Tu me respondeste, meu Deus» (16,6). Recebido na
intimidade de Deus através de uma primeira oração, o salmista ora em
seguida com maior confiança. E é por isso que, na petição dirigida a Deus,
a assiduidade ou insistência no pedido não é importuna. Pelo contrário, é
agradável a Deus, porque «é necessário rezar sempre», diz o Evangelho, «sem
nunca desistir» (Lc 18,1). E noutro sítio o Senhor convida-nos a pedir:
«Pedi e dar-se-vos-á», diz, «batei e abrir-se-vos-á.»




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