sexta-feira, 29 de março de 2013

Profecia do Dia

Sabado, dia 30 de Março de 2013
VIGILIA PASCAL

S. João Clímaco, religioso, +649,  S. Leonardo Murialdo, confessor, +1900,  Santa Irene, virgem (séc. IX)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bento XVI : «A luz brilha nas trevas» (Jo 1,5)

Leituras

Gén. 1,1-31.2,1-2.


No princípio, quando Deus criou os céus e a terra,
a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas.
Deus disse: «Faça-se a luz.» E a luz foi feita.
Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas.
Deus chamou dia à luz, e às trevas, noite. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia.
Deus disse: «Haja um firmamento entre as águas, para as manter separadas umas das outras.» E assim aconteceu.
Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam sob o firmamento das que estavam por cima do firmamento.
Deus chamou céus ao firmamento. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia.
Deus disse: «Reúnam-se as águas que estão debaixo dos céus, num único lugar, a fim de aparecer a terra seca.» E assim aconteceu.
Deus chamou terra à parte sólida, e mar, ao conjunto das águas. E Deus viu que isto era bom.
Deus disse: «Que a terra produza verdura, erva com semente, árvores frutíferas que dêem fruto sobre a terra, segundo as suas espécies, e contendo semente.» E assim aconteceu.
A terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie, e árvores de fruto, segundo as suas espécies, com a respectiva semente. Deus viu que isto era bom.
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia.
Deus disse: «Haja luzeiros no firmamento dos céus, para separar o dia da noite e servirem de sinais, determinando as estações, os dias e os anos;
servirão também de luzeiros no firmamento dos céus, para iluminarem a Terra.» E assim aconteceu.
Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia, e o menor para presidir à noite; fez também as estrelas.
Deus colocou-os no firmamento dos céus para iluminarem a Terra,
para presidirem ao dia e à noite, e para separarem a luz das trevas. E Deus viu que isto era bom.
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia.
Deus disse: «Que as águas sejam povoadas de inúmeros seres vivos, e que por cima da terra voem aves, sob o firmamento dos céus.»
Deus criou, segundo as suas espécies, os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas, e todas as aves aladas, segundo as suas espécies. E Deus viu que isto era bom.
Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos e enchei as águas do mar e multipliquem-se as aves sobre a terra.»
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia.
Deus disse: «Que a terra produza seres vivos, segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies.» E assim aconteceu.
Deus fez os animais ferozes, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies. E Deus viu que isto era bom.
Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.»
Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher.
Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.»
Deus disse: «Também vos dou todas as ervas com semente que existem à superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento.
E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres vivos que existem e se movem sobre a terra, igualmente dou por alimento toda a erva verde que a terra produzir.» E assim aconteceu.
Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.
Foram assim terminados os céus e a Terra e todo o seu conjunto.
Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou, no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado.


Salmos 104(103),1-2.5-6.10.12-14.24.35.


Bendiz, ó minha alma, o Senhor!
Senhor, meu Deus, como Tu és grande!
Estás revestido de esplendor e majestade!
Estás envolto num manto de luz
e estendeste os céus como um véu.

Fundaste a terra sobre bases sólidas,
ela mantém-se inabalável para sempre.
Tu a cobriste com o manto do abismo
e as águas cobriram as montanhas.

Transformas as fontes em rios,
que serpenteiam entre as montanhas.
Os pássaros do céu vêm morar nas suas margens;
ali chilreiam entre a folhagem.

Das tuas altas moradas regas as montanhas;
com a bênção da chuva sacias a terra.
Fazes germinar a erva para o gado
e as plantas úteis para o homem,
para que da terra possa tirar o seu alimento:

Senhor, como são grandes as tuas obras!
Todas elas são fruto da tua sabedoria!
A terra está cheia das tuas criaturas!
Desapareçam da terra os pecadores!
Os ímpios deixem de existir!
Bendiz, ó minha alma, o Senhor! Aleluia!



Romanos 6,3-11.


Irmãos:Todos nós que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte.
Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova.
De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o estaremos pela sua ressurreição.
É isto o que devemos saber: o homem velho que havia em nós foi crucificado com Ele, para que fosse destruído o corpo pertencente ao pecado; e assim não somos mais escravos do pecado.
É que quem está morto está justificado do pecado.
Mas, se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos.
Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a morte não tem mais domínio sobre Ele.
Pois, na morte que teve, morreu para o pecado de uma vez para sempre; e, na vida que tem, vive para Deus.
Assim vós também: considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.


Lucas 24,1-12.


No primeiro dia da semana, ao romper da alva, as mulheres foram ao sepulcro, levando os perfumes que haviam preparado.
Encontraram removida a pedra da porta do sepulcro
e, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
Estando elas perplexas com o caso, apareceram-lhes dois homens em trajes resplandecentes.
Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, eles disseram-lhes: «Porque buscais o Vivente entre os mortos?
Não está aqui; ressuscitou! Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia,
dizendo que o Filho do Homem havia de ser entregue às mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia.»
Recordaram-se, então, das suas palavras.
Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze e a todos os restantes.
Eram elas Maria de Magdala, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos;
mas as suas palavras pareceram-lhes um desvario, e eles não acreditaram nelas.
Pedro, no entanto, pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, apenas viu as ligaduras e voltou para casa, admirado com o sucedido.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Homilia de 7/4/2012 [da Vigília Pascal] (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«A luz brilha nas trevas» (Jo 1,5)

Na Vigília Pascal, a Igreja fixa as suas atenções sobretudo na primeira
frase da narração da Criação: «Deus disse: "Faça-se a luz"!» (Gn 1, 3).
Emblematicamente, a narração da Criação começa pela criação da luz. [...] O
facto de Deus ter criado a luz significa que criou o mundo como espaço de
conhecimento e de verdade, espaço de encontro e de liberdade, espaço do bem
e do amor. A matéria-prima do mundo é boa; o próprio ser é bom. E o mal não
vem do ser que é criado por Deus, mas existe só em virtude da sua negação.
É o «não».


Na Páscoa, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Deus disse novamente:
«Faça-se a luz!». Antes tinham vindo a noite do Monte das Oliveiras, o
eclipse solar da paixão e morte de Jesus, a noite do sepulcro. Mas, agora,
é de novo o primeiro dia; a criação recomeça, inteiramente nova. «Faça-se a
luz!», disse Deus. «E a luz foi feita». Jesus ressuscita do sepulcro. A
vida é mais forte do que a morte. O bem é mais forte do que o mal. O amor é
mais forte do que o ódio. A verdade é mais forte do que a mentira. A
escuridão dos dias anteriores dissipou-se no momento em que Jesus
ressuscita do sepulcro e Se torna, Ele mesmo, pura luz de Deus.


Isto, porém, não se refere somente a Ele, nem se refere apenas à escuridão
daqueles dias. Com a ressurreição de Jesus, a própria luz é novamente
criada. Ele atrai-nos a todos, levando-nos atrás de Si para a nova vida da
Ressurreição, e vence toda a forma de escuridão. Ele é o novo dia de Deus,
que vale para todos nós. Mas como pode isto acontecer? Como é possível tudo
isto chegar até nós, de tal modo que não se reduza a meras palavras, mas se
torne uma realidade que nos envolve? Por meio do sacramento do Baptismo e
da profissão da fé, o Senhor construiu uma ponte até nós, uma ponte pela
qual o novo dia nos alcança. No Baptismo, o Senhor diz a quem o recebe:
Fiat lux – faça-se a luz. O novo dia, o dia da vida indestrutível chega
também a nós. Cristo toma-te pela mão. Daqui para a frente, serás
sustentado por Ele e assim entrarás na luz, na vida verdadeira.




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