sábado, 6 de abril de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 07 de Abril de 2013
2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) - Ano C

S. João Baptista de la Salle, presbítero, fundador, +1719,  S. Pedro Nguyen Van Luu, presbítero, mártir, +1861



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : «Recebei o Espírito Santo»

Leituras

Actos 5,12-16.


Pelas mãos dos Apóstolos, realizavam-se muitos milagres e prodígios entre o povo. Unidos pelos mesmos sentimentos, reuniam-se todos no Pórtico de Salomão
e, dos restantes, ninguém se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo não cessava de os enaltecer.
Sempre em maior número, juntavam-se, em massa, homens e mulheres, acreditando no Senhor,
a tal ponto que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e catres, a fim de que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles.
A multidão vinha também das cidades próximas de Jerusalém, transportando enfermos e atormentados por espíritos malignos, e todos eram curados.


Salmos 118(117),2-4.22-24.25-27a.


Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.

Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.
A pedra que os construtores rejeitaram,
tornou-se pedra angular.

Isto se fez por obra do Senhor,
e é um prodígio dos nossos olhos.
O Senhor actuou neste dia
cantemos e alegremo-nos n'Ele.

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.

Deus, o Senhor, é quem nos alumia


Apoc. 1,9-11a.12-13.17-19.


Eu, João, que sou vosso irmão e companheiro na perseguição, no Reino e na constância cristã, encontrava-me na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
No dia do Senhor, o Espírito arrebatou-me e ouvi atrás de mim uma voz potente como de trombeta,
que dizia: «O que vais ver, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas: à de Éfeso, de Esmirna, de Pérgamo, de Tiatira, de Sardes, de Filadélfia e de Laodiceia.»
Voltei-me para ver de quem era a voz que me falava. E, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro;
no meio dos candelabros, vi alguém com aparência humana; estava vestido de uma túnica comprida até aos pés e cingido com um cinto de ouro em torno do peito;
Ao vê-lo, caí como morto, a seus pés. Mas Ele colocou a mão direita sobre mim, dizendo: «Não tenhas medo!Eu sou o Primeiro e o Último;
aquele que vive. Estive morto; mas, como vês, estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da Morte e do Abismo!
Escreve, pois, as coisas que vês, as que estão a acontecer e as que vão acontecer, depois destas.


João 20,19-31.


Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dominum et vivificantem» §2

«Recebei o Espírito Santo»

Os eventos pascais — a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo — são
também o tempo da nova vinda do Espírito Santo, como Paráclito e Espírito
da verdade (Jo 14,16-17). Eles constituem o tempo do «novo princípio» da
comunicação de Si mesmo da parte de Deus uno e trino à humanidade, no
Espírito Santo, por obra de Cristo Redentor. Este novo princípio é a
Redenção do mundo: «Com efeito, Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o
Seu Filho unigénito». (Jo 3,16). Ao «dar» o Filho, no dom do Filho, já se
exprime a essência mais profunda de Deus, o qual, sendo Amor, é uma fonte
inexaurível de generosidade. No dom concedido pelo Filho completam-se a
revelação e a prodigalidade do Amor eterno: o Espírito Santo, que nas
profundezas imperscrutáveis da divindade é uma Pessoa-Dom, por obra do
Filho, isto é, mediante o mistério pascal de Cristo, é dado de uma maneira
nova aos Apóstolos e à Igreja e, por intermédio deles, à humanidade e ao
mundo inteiro.


A expressão definitiva deste mistério surge no dia da Ressurreição. Neste
dia, Jesus de Nazaré, «nascido da descendência de David segundo a carne» —
como escreve o apóstolo São Paulo —, é «constituído Filho de Deus com todo
o poder, segundo o Espírito de santificação, mediante a ressurreição dos
mortos» (Rm 1,3-4). Pode dizer-se, assim, que a «elevação» messiânica de
Cristo no Espírito Santo atingiu o auge na Ressurreição, quando Ele Se
revelou como Filho de Deus, «cheio de poder». E este poder, cujas fontes
jorram da imperscrutável comunhão trinitária, manifesta-se, antes de mais
nada, pelo duplo feito de Cristo Ressuscitado: realizar, por um lado, a
promessa de Deus já expressa pela boca do Profeta: «Dar-vos-ei um coração
novo. [...] Porei dentro de vós um espírito novo, o Meu espírito»; (Ez
36,26-27), e cumprir, por outro lado, a Sua própria promessa, feita aos
Apóstolos com estas palavras: «Quando Eu for, vo-Lo enviarei» (Jo 16,7). É
Ele: o Espírito da verdade, o Paráclito enviado por Cristo Ressuscitado
para nos transformar e fazer de nós a própria imagem do Ressuscitado.




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