segunda-feira, 24 de junho de 2013

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 25 de Junho de 2013

Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum

São Máximo, bispo de Turim, +séc. V, S. Guilherme de Vercelli, monge, fundador, +1142

Comentário do dia
Beato João Paulo II : «O que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles»

Gén. 13,2.5-18.

Abrão era muito rico em rebanhos, prata e ouro.
Lot, que acompanhava Abrão, possuía, igualmente, ovelhas, bois e tendas;
a terra não era bastante grande para nela se estabelecerem os dois, porque os bens de ambos eram avultados.
Houve questões entre os pastores dos rebanhos de Abrão e os pastores dos rebanhos de Lot. Os cananeus e os perizeus habitavam, então, aquela terra.
Abrão disse a Lot: «Peço-te que entre nós e entre os nossos pastores não haja conflitos, pois somos irmãos.
Aí tens essa região toda diante de ti. Separemo-nos. Se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda.»
Lot ergueu os olhos e viu todo o vale do Jordão, que era inteiramente regado. Antes de o Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, estendendo-se até Soar, o vale era um maravilhoso jardim, como a terra do Egipto.
Lot escolheu para si todo o vale do Jordão e dirigiu-se para o oriente, separando-se um do outro.
Abrão fixou-se na terra de Canaã, e Lot nas cidades do vale, no qual ergueu as suas tendas até Sodoma.
Ora, os habitantes de Sodoma eram perversos, e grandes pecadores diante do Senhor.
Depois de Lot o ter deixado, Deus disse a Abrão: «Ergue os teus olhos e, do sítio em que estás, contempla o norte, o sul, o oriente e o ocidente.
Toda a terra que estás a ver, dar-ta-ei, a ti e aos teus descendentes, para sempre.
Farei que a tua descendência seja numerosa como o pó da terra, de modo que só se alguém puder contar o pó da terra é que a tua posteridade poderá ser contada.
Levanta-te, percorre esta terra em todas as direcções, porque Eu ta darei.»
Abrão desmontou as suas tendas e foi residir junto aos carvalhos de Mambré, próximo de Hebron; e ali construiu um altar ao Senhor.


Salmos 15(14),2-3ab.3cd-4ab.5.

Aquele que leva uma vida sem mancha,
pratica a justiça e diz a verdade com todo o coração;
aquele cuja língua
não levanta calúnias  

e não faz mal ao seu próximo,
nem causa prejuízo a ninguém;
aquele que despreza o que é desprezível,
mas estima os que temem o Senhor;

O que não falta ao seu juramento mesmo em seu prejuízo
e que não empresta o seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente.
Quem assim proceder não há-de sucumbir para sempre.



Mateus 7,6.12-14.

Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos: «Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos despedacem.»
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas.»
«Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele.
Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Mensagem para a Jornada Mundial da Paz 2002, §§ 6-8 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«O que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles»

Quem mata, com actos terroristas, cultiva sentimentos de desprezo pela humanidade, manifestando desespero pela vida e pelo futuro: nesta perspectiva, tudo pode ser odiado e destruído. O terrorista considera a verdade em que crê ou o sofrimento que padece tão absolutos, que legitimam a sua reacção de destruir inclusivamente vidas humanas inocentes. […] A violência terrorista é totalmente contrária à fé em Cristo Senhor, que ensinou os seus discípulos a rezar: «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido» (Mt 6, 12).


Na verdade, o perdão é antes de mais uma decisão pessoal, uma opção do coração que se opõe ao instinto espontâneo de devolver o mal com o mal. Tal opção tem o seu termo de comparação no amor de Deus, que nos acolhe apesar do nosso pecado, e o seu modelo supremo no perdão de Cristo que do alto da cruz rezou: «Perdoa-lhes, ó Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34).


O perdão tem pois uma raiz e uma medida divinas. Isto, porém, não exclui que se possa acolher o seu valor também à luz de considerações humanas razoáveis. A primeira delas deriva da experiência que o ser humano vive em si próprio quando comete o mal: apercebe-se da sua fragilidade e deseja que os outros sejam indulgentes para com ele. Deste modo, porque não fazer aos outros aquilo que cada um espera que seja feito a si próprio? Cada ser humano abriga dentro de si a esperança de poder retomar o percurso da vida sem ficar para sempre prisioneiro dos próprios erros e culpas. Sonha poder levantar de novo o olhar para o futuro, para descobrir novas perspectivas de confiança e de empenhamento.