terça-feira, 6 de agosto de 2013

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 07 de Agosto de 2013

Quarta-feira da 18ª semana do Tempo Comum

S. Sisto II, papa, e companheiros mártires, +258, S. Caetano, presbítero, +1547

Comentário do dia
Papa Francisco: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.»

Núm. 13,1-2.25-33.14,1.26-29.34-35.

Naqueles dias, O Senhor falou a Moisés, no deserto de Parã:
«Manda homens para explorar a terra de Canaã, que Eu hei-de dar aos filhos de Israel; enviarás um homem por cada tribo da casa de seus pais, todos dentre os principais.»
Ao fim de quarenta dias, regressaram de explorar a terra.
Vieram ter com Moisés e Aarão e com toda a assembleia dos filhos de Israel no deserto de Paran, em Cadés. Transmitiram-lhes a informação e todo o testemunho, mostrando-lhes o fruto da terra.
Contaram, dizendo: «Fomos à terra aonde nos enviastes; lá, em verdade, corre leite e mel, e estes são os seus frutos.
Todavia, o povo que habita nessa terra é bastante forte, tem cidades muito grandes amuralhadas, e até lá vimos os descendentes de Anac.
Amalec habita na terra do Négueb, os hititas, os jebuseus, os amorreus habitam na montanha e os cananeus habitam junto ao mar e na margem do Jordão.»
Caleb fez calar o povo que murmurava contra Moisés e disse: «Subamos e apoderemo-nos da terra, pois, sem dúvida, havemos de conseguir conquistá-la.»
Mas os homens que tinham subido com ele disseram: «Não podemos atacar esse povo, porque é mais forte do que nós.»
E contaram a má fama da terra que tinham explorado, dizendo aos filhos de Israel: «A terra que atravessámos para a explorar é terra que devora os seus habitantes e todo o povo que nela vimos é gente de grande estatura.
Até lá vimos os gigantes, filhos de Anac, da raça dos gigantes; parecíamos gafanhotos diante deles e eles assim nos consideravam.»
Levantou-se toda a assembleia a gritar e o povo chorou toda essa noite.
O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
«Até quando terei de ouvir esta assembleia má a murmurar contra mim? Ouvi as murmurações que os filhos de Israel fazem continuamente contra mim.
Dir-lhes-ás: 'Como Eu sou vivo – oráculo do Senhor – segundo as palavras que vos ouvi dizer, assim mesmo vos farei.
Neste deserto cairão os vossos cadáveres e todos os vossos recenseados de vinte anos para cima, que murmuraram contra mim.
Conforme o número de dias em que explorastes a terra, quarenta dias, equivalendo cada dia a um ano, haveis de carregar durante quarenta anos as vossas iniquidades e reconhecereis o meu desagrado'.
Eu, o Senhor, declaro: Hei-de fazer isto a toda esta assembleia má que se revoltou contra mim neste deserto. Aqui acabarão e morrerão!'»


Salmos 106(105),6-7a.13-14.21-22.23.

Pecámos, como os nossos pais,
fomos ímpios e pecadores.  
Os nossos pais, quando estavam no Egipto,
não entenderam as tuas maravilhas.

Depressa esqueceram as suas obras
e não confiaram nos seus planos.  
Cederam aos seus instintos, no deserto,  
e provocaram a Deus, no descampado.  

Esqueceram a Deus, que os salvara,  
que realizara prodígios no Egipto,  
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar dos Juncos.  

Deus decidiu aniquilá-los.
Moisés, porém, seu escolhido,
intercedeu junto dele,
para acalmar a sua ira destruidora.  



Mateus 15,21-28.

Naquele tempo, Jesus partiu dali e retirou-se para os lados de Tiro e de Sídon.
Então, uma cananeia, que viera daquela região, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio.»
Mas Ele não lhe respondeu nem uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-lhe com insistência: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.»
Jesus replicou: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.»
Mas a mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: «Socorre-me, Senhor.»
Ele respondeu-lhe: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros.»
Retorquiu ela: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa de seus donos.»
Então, Jesus respondeu-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas.» E, a partir desse instante, a filha dela achou-se curada.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Papa Francisco
Homilia de 07/04/2013, Tomada de posse da cátedra de bispo de Roma (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.»

Irmãos e irmãs, não percamos jamais a confiança na misericórdia paciente de Deus!
Pensemos nos dois discípulos de Emaús: rosto triste, passos vazios, sem esperança. Mas Jesus não os abandona: percorre a estrada com eles. E não só; com paciência, explica as Escrituras que a Si se referiam e pára em casa deles, partilhando a sua refeição. Este é o estilo de Deus: não é impaciente como nós, que muitas vezes queremos tudo e imediatamente, mesmo quando se trata de pessoas. Deus é paciente connosco, porque nos ama; e quem ama compreende, espera, dá confiança, não abandona, não corta as pontes, sabe perdoar. Recordemo-lo na nossa vida de cristãos: Deus espera sempre por nós, mesmo quando nos afastamos! Ele nunca está longe e, se voltarmos para Ele, está pronto a abraçar-nos.


A leitura da parábola do Pai misericordioso impressiona-me sempre muito; impressiona-me pela grande esperança que me proporciona. Pensai naquele filho mais novo, que estava na casa do Pai, era amado; e todavia […] abandona a casa. […] E o Pai? Teria esquecido o filho? Não, nunca! […] Tinha esperado por ele todos os dias, todos os momentos: ele esteve sempre no seu coração como filho, apesar de o ter deixado. […] E logo que o vê, ainda ao longe, corre ao seu encontro e abraça-o com ternura – a ternura de Deus –, sem uma palavra de censura: voltou! Isto é a alegria do pai. […] Deus espera sempre por nós e não Se cansa. Jesus mostra-nos esta paciência misericordiosa de Deus, para reencontrarmos sempre a confiança e a esperança.