quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 29 de Novembro de 2013

Sexta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Beato Redento da Cruz, religioso, mártir, +1638, Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638, S. Saturnino, mártir, séc. IV

Comentário do dia
Beato John Henry Newman : «Reparai na figueira»

Dan. 7,2-14.

«Considerava eu, na minha visão nocturna, os quatro ventos do céu precipitarem-se sobre o grande mar.
Surgiram do mar quatro grandes animais, diferentes uns dos outros.
O primeiro era semelhante a um leão, mas tinha asas de águia. Enquanto o contemplava, foram-lhe arrancadas as asas. Levantavam-no da terra e endireitavam-no sobre os pés como um homem. Depois, deram-lhe um coração de homem.
Em seguida, apareceu um segundo animal semelhante a um urso; erguia-se sobre um dos lados e segurava na goela, entre os dentes, três costelas. Diziam-lhe: 'Vamos! Devora muita carne!'
Depois disto, vi um terceiro animal parecido com uma pantera, que tinha sobre o dorso quatro asas de ave e também quatro cabeças. Foi-lhe entregue a soberania.
Enfim, quando contemplava estas visões nocturnas, divisei um quarto animal, horroroso, aterrador, e de uma força excepcional. Tinha enormes dentes de ferro; devorava, depois fazia em pedaços e o resto calcava-o aos pés. Era diferente dos animais anteriores, pois tinha dez chifres.
Quando eu contemplava os chifres, eis que surgiu do meio deles um outro chifre mais pequeno. Para dar lugar a este chifre, três dos primeiros foram arrancados. Este chifre tinha olhos como um homem e uma boca que proferia palavras arrogantes.»
«Continuava eu a olhar, até que foram preparados uns tronos, e um Ancião sentou-se. Branco como a neve era o seu vestuário, e os cabelos da cabeça eram como de lã pura; o trono era feito de chamas, com rodas de fogo flamejante.
Corria um rio de fogo que jorrava da parte da frente dele. Mil milhares o serviam, dez mil miríades lhe assistiam. O tribunal reuniu-se em sessão e foram abertos os livros.
Eu olhava. Por causa do ruído das palavras arrogantes que o chifre proferia, esse animal foi morto e o seu corpo desfeito e atirado às chamas do fogo.
Quanto aos outros animais, também lhes foi tirado o poderio; no entanto, a duração da sua vida foi-lhes fixada a um tempo e uma data.
Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram.
Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»


Dan. 3,75.76.77.78.79.80.81.

Montes e colinas, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Tudo o que germina na terra, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!

Mares e rios, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Fontes, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!

Monstros marinhos e tudo o que se move nas águas, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!
Todas as aves do céu, bendizei o Senhor:
A Ele a glória e o louvor eternamente!

Todos os animais, selvagens e domésticos, bendizei o Senhor:  
A Ele a glória e o louvor eternamente!



Lucas 21,29-33.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Reparai na figueira e nas restantes árvores.
Quando começam a deitar rebentos, ao vê-los, ficais a saber que o Verão está próximo.
Assim também, quando virdes essas coisas, conhecereis que o Reino de Deus está próximo.
Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo se cumpra.
O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
«The Invisible World» » PPS, t. 4, n°13

«Reparai na figueira»

A terra que vemos não nos satisfaz. É apenas um começo. Não é mais do que uma promessa dum porvir; nem mesmo na sua maior alegria, quando se cobre de todas as suas flores e mostra os seus tesouros escondidos da forma mais atractiva, mesmo então isso não nos basta. Sabemos que há nela muito mais coisas do que as que conseguimos ver. Um mundo de santos e de anjos, um mundo glorioso, o palácio de Deus, a montanha do Senhor Sabaoth, a Jerusalém celeste, o trono de Deus e de Cristo: todas essas maravilhas eternas, preciosíssimas, misteriosas e incompreensíveis se escondem por detrás do que vemos. O que vemos não é senão a camada exterior do reino eterno e é nesse reino que fixamos os olhos da nossa fé.


Mostra-Te, Senhor, como no tempo da tua natividade, em que os anjos visitaram os pastores; que a tua glória se expanda como as flores e a folhagem se desenvolvem nas árvores. Pelo teu poder, transforma o mundo visível nesse mundo mais divino que ainda não vemos. Que aquilo que vemos seja transformado naquilo em que cremos. Por mais brilhantes que sejam o sol, o céu, as nuvens, por mais verdejantes que sejam as folhas e os campos, por mais doces que sejam os cantos dos pássaros, sabemos que isso não é tudo e que não queremos tomar a parte pelo todo. Essas coisas procedem dum centro de amor e de bondade que é o próprio Deus, mas não são a sua plenitude. Falam do céu, mas não são o céu. São apenas, de certa forma, raios dispersos, um ténue reflexo da sua imagem; são apenas migalhas que caem da mesa.