quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 05 de Dezembro de 2013

Quinta-feira da 1a semana do Advento

S. Geraldo, bispo, +1108, S. Martinho de Dume, bispo, +579, S. Frutuoso, bispo, +665

Comentário do dia
Papa Francisco: A rocha da fé, da caridade e da verdade

Is. 26,1-6.

Naquele dia será cantado este cântico na terra de Judá: «Temos uma cidade forte. Para a defender, o Senhor ergueu muralhas e baluartes.
Abri as portas, para que entre um povo justo, que cumpre com os seus compromissos,
que tem carácter firme e conserva a paz, porque põe a sua confiança em Deus.
Confiai sempre no SENHOR, porque o SENHOR é a rocha perene:
abateu os habitante das alturas e a cidade soberba; humilhou-a, derrubou-a por terra, reduziu-a a pó.
Ela é calcada pelos pés dos humildes, pelos pés dos pobres.»


Salmos 118(117),1.8-9.19-21.25-27a.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.  
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos homens.

Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos poderosos.
Abri-me as portas da justiça:
entrarei para dar graças ao Senhor.

Esta é a porta do Senhor:
os justos entrarão por ela.
Eu vos dou graças porque me ouvistes
e fostes o meu salvador.

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.

Deus, o Senhor, é quem nos alumia



Mateus 7,21.24-27.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu.
«Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Papa Francisco
Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», §34 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

A rocha da fé, da caridade e da verdade

A luz do amor, própria da fé, pode iluminar as perguntas do nosso tempo acerca da verdade. Muitas vezes, hoje, a verdade é reduzida a autenticidade subjectiva do indivíduo, válida apenas para a vida individual. Uma verdade comum mete-nos medo, porque a identificamos […] com a imposição intransigente dos totalitarismos; mas, se ela é a verdade do amor, se é a verdade que se mostra no encontro pessoal com Outro e com os outros, então fica livre da reclusão no indivíduo e pode fazer parte do bem comum. Sendo a verdade de um amor, não é verdade que se impõe pela violência, não é verdade que esmaga o indivíduo; nascendo do amor pode chegar ao coração, ao centro pessoal de cada homem; daqui resulta claramente que a fé não é intransigente, mas cresce na convivência que respeita o outro. O crente não é arrogante; pelo contrário, a verdade torna-o humilde, sabendo que, mais do que possuirmo-la nós, é ela que nos abraça e possui. Longe de nos endurecer, a segurança da fé põe-nos a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos.


Por outro lado, enquanto unida à verdade do amor, a luz da fé não é alheia ao mundo material, porque o amor vive-se sempre com corpo e alma; a luz da fé é luz encarnada, que dimana da vida luminosa de Jesus. A fé ilumina também a matéria, confia na sua ordem, sabe que nela se abre um caminho cada vez mais amplo de harmonia e compreensão. Deste modo, o olhar da ciência tira benefício da fé: esta convida o cientista a permanecer aberto à realidade, em toda a sua riqueza inesgotável. A fé desperta o sentido crítico, enquanto impede a pesquisa de se deter, satisfeita, nas suas fórmulas, e ajuda-a a compreender que a natureza sempre as ultrapassa. Convidando a maravilhar-se diante do mistério da criação, a fé alarga os horizontes da razão para iluminar melhor o mundo que se abre aos estudos da ciência.