quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 16 de Janeiro de 2014

Quinta-feira da 1ª semana do Tempo Comum

S. Berardo, presb., e comp., mm., +1220, S. Marcelo I, papa mártir ,+309

Comentário do dia
Papa Francisco: A fé, uma força consoladora no sofrimento

1 Sam. 4,1-11.

Naqueles dias, os filisteus reuniram-se para fazer guerra a Israel e os israelitas saíram ao seu encontro para o combate. Acamparam junto de Ében-Ézer e os filisteus acamparam em Afec.
Os filisteus puseram-se em linha de combate frente a Israel, e começou a batalha. Israel foi vencido pelos filisteus, que mataram em combate cerca de quatro mil homens.
O povo voltou ao acampamento e os anciãos de Israel disseram: «Porque é que o Senhor nos derrotou hoje diante dos filisteus? Vamos a Silo e tomemos a Arca da aliança do Senhor, para que Ele esteja no meio de nós e nos livre da mão dos nossos inimigos.»
O povo mandou, pois, buscar a Silo a Arca da aliança do Senhor do universo, que se senta sobre querubins. Os dois filhos de Eli, Ofni e Fineias, acompanhavam a arca.
Quando a Arca da aliança do Senhor chegou ao acampamento, todo o Israel lançou um grande clamor, que fez a terra tremer.
Os filisteus, ouvindo-o, disseram: «Que significa este grande clamor no acampamento dos hebreus?» Souberam que a Arca do Senhor havia chegado ao acampamento.
Tiveram medo e disseram: «O Deus deles chegou ao acampamento. Ai de nós! Até agora nunca se ouviu coisa semelhante.
Ai de nós! Quem nos salvará da mão desse Deus excelso? É aquele Deus que feriu os egípcios com toda a espécie de pragas no deserto.
Coragem, ó filisteus! Portai-vos varonilmente, não suceda que sejais escravos dos hebreus como eles o são de vós. Esforçai-vos e combatei.»
Começaram a luta; Israel foi derrotado e todos fugiram para as suas casas. O massacre foi tão grande que ficaram mortos trinta mil homens de Israel.
A Arca de Deus foi tomada, e os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias, pereceram.


Salmos 44(43),10-11.14-15.25-26.

Contudo, rejeitaste-nos e cobriste-nos de vergonha;
já não acompanhas os nossos exércitos.
Fizeste-nos recuar diante dos inimigos
e os que nos odeiam saquearam-nos à vontade.

Fizeste de nós o opróbrio dos nossos vizinhos,
a irrisão e o desprezo dos que nos rodeiam.
Fizeste de nós objecto de escárnio para os pagãos,
os povos abanam a cabeça, troçando de nós.

Porque escondes a tua face
e te esqueces da nossa miséria e tribulação?
A nossa alma está prostrada no pó,
e o nosso corpo, colado à terra.



Marcos 1,40-45.

Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Caiu de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes purificar-me.»
Compadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: «Quero, fica purificado.»
Imediatamente a lepra deixou-o, e ficou purificado.
E logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo:
«Livra-te de falar disto a alguém; vai, antes, mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que foi estabelecido por Moisés, a fim de lhes servir de testemunho.»
Ele, porém, assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o sucedido, a ponto de Jesus não poder entrar abertamente numa cidade; ficava fora, em lugares despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Papa Francisco
Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», §§ 56-57 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev)

A fé, uma força consoladora no sofrimento

O cristão sabe que o sofrimento não pode ser eliminado, mas pode adquirir um sentido: pode tornar-se acto de amor, entrega nas mãos de Deus que não nos abandona e, deste modo, ser uma etapa de crescimento na fé e no amor. […] A luz da fé não nos faz esquecer os sofrimentos do mundo. Os que sofrem foram mediadores de luz para muitos homens e mulheres de fé; tal foi o leproso para São Francisco de Assis, ou os pobres para a Beata Teresa de Calcutá. Compreenderam o mistério que há neles; aproximando-se deles, certamente não cancelaram todos os seus sofrimentos, nem puderam explicar todo o mal. A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os nossos passos na noite, e isto basta para o caminho.

Ao homem que sofre, Deus não dá um raciocínio que explica tudo, mas oferece a sua resposta sob a forma duma presença que o acompanha, duma história de bem que se une a cada história de sofrimento para nela abrir uma brecha de luz. Em Cristo, o próprio Deus quis partilhar connosco esta estrada e oferecer-nos o seu olhar para nele vermos a luz. Cristo é Aquele que, tendo suportado a dor, Se tornou «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2).