quinta-feira, 8 de maio de 2014

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 09 de Maio de 2014

Sexta-feira da 3ª semana da Páscoa

Santa Maria Domingas Mazzarello, religiosa, fundadora, +1881, Santa Catarina de Bolonha, virgem, mística, +1463, Isaías, profeta

Comentário do dia
Catequeses da Igreja de Jerusalém aos novos baptizados : «A minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida»

Actos 9,1-20.

Naqueles dias, Saulo,  respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote
e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados para Jerusalém.
Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu.
Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?»
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.»
Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz, mas sem verem ninguém.
Saulo ergueu-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levá-lo pela mão e, assim, entrou em Damasco,
onde passou três dias sem ver, sem comer nem beber.
Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor disse-lhe numa visão: «Ananias!» Respondeu: «Aqui estou, Senhor.»
O Senhor prosseguiu: «Levanta-te, vai à casa de Judas, na rua Direita, e pergunta por um homem chamado Saulo de Tarso, que está a orar neste momento.»
Saulo, entretanto, viu numa visão um homem, de nome Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido muita gente falar desse homem e a contar todo o mal que ele tem feito aos teus santos, em Jerusalém.
E agora está aqui com plenos poderes dos sumos sacerdotes, para prender todos quantos invocam o teu nome.»
Mas o Senhor disse-lhe: «Vai, pois esse homem é instrumento da minha escolha, para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel.
Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome.»
Então, Ananias partiu, entrou na dita casa, impôs as mãos sobre ele e disse: «Saulo, meu irmão, foi o Senhor que me enviou, esse Jesus que te apareceu no caminho em que vinhas, para recobrares a vista e ficares cheio do Espírito Santo.»
Nesse instante, caíram-lhe dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois, levantou-se e recebeu o baptismo.
Depois de se ter alimentado, voltaram-lhe as forças e passou alguns dias com os discípulos, em Damasco.
Começou, então, imediatamente, a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.


Salmos 117(116),1.2.

Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!
Porque o seu amor para connosco não tem limites,
e a fidelidade do Senhor é eterna!




João 6,52-59.

Naquele tempo, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?!»
Disse-lhes Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia,
porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida.
Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele.
Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.»
Isto foi o que Ele disse em Cafarnaúm, ao ensinar na sinagoga.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Catequeses da Igreja de Jerusalém aos novos baptizados (séc. IV)
N° 4; SC 126

«A minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida»

«Tomai e comei, isto é o meu corpo. […] Tomai e bebei, este é o cálice do meu sangue» (Mt 26,26ss). Se o próprio Cristo declarou, a propósito do pão: «Isto é o meu corpo», quem se atreverá a hesitar? E se Ele próprio afirmou categoricamente: «Este é o cálice do meu sangue», quem poderá duvidar? […] É pois com plena certeza que participamos no corpo e no sangue de Cristo. Pois, sob o aspecto do pão, é o corpo que te é dado; e sob o aspecto do vinho, é o sangue que te é dado, a fim de que, participando do corpo e do sangue, te tornes um só corpo e um só sangue com Cristo. […] Desta maneira, diz São Pedro, tornamo-nos «participantes da natureza divina» (2Ped 1,4).


Anteriormente, Cristo declarara, dirigindo-Se aos judeus: «Se não comerdes a minha carne e não beberdes o meu sangue, não tereis a vida em vós.» Mas eles, não compreendendo estas palavras espirituais, afastaram-se escandalizados. […] Na Antiga Aliança, também havia os pães da oferenda; mas agora já não há motivo para se oferecerem os pães da Antiga Aliança. Na Nova Aliança, há um «pão descido do céu» e um «cálice da salvação» (Jo 6,41; Sl 115,4). Pois, assim como o pão é bom para o corpo, assim o Verbo é conveniente para a alma.


Também o Santo Profeta David explica o poder da Eucaristia quando afirma: «Para mim preparais a mesa, à vista dos meus adversários» (Sl 22,5). […] De que fala ele aqui, senão dessa mesa misteriosa e mística que Deus nos preparou contra o nosso inimigo, o demónio? […] «E o cálice inebria-me como o melhor vinho» (v. 5, LXX). Neste versículo, refere-se ao cálice que Jesus tomou nas suas mãos quando deu graças e disse: «Este é o cálice do meu sangue, derramado pela multidão em remissão dos pecados» (Mt 26,28). […] David também dizia a este propósito : «O vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe faz brilhar o rosto, e o pão, que lhe robustece as forças» (Sl 103,15). Robustece o teu coração tomando este pão como alimento espiritual, e alegra o coração e a alma.