quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 30 de Outubro de 2014

Quinta-feira da 30ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora das Vitórias

S. Geraldo de Potenza, bispo, +1119, Beata Maria Restituta Kafka, religiosa, mártir, +1943

Comentário do dia
São João Paulo II : «Jerusalém […], quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos»

Efésios 6,10-20.

Irmãos: Tornai-vos fortes no Senhor e na sua força poderosa.
Revesti-vos da armadura de Deus, para terdes a capacidade de vos manterdes de pé contra as maquinações do diabo.
Porque não é contra os seres humanos que temos de lutar, mas contra os Principados, as Autoridades, os Dominadores deste mundo de trevas, e contra os espíritos do mal que estão nos céus.
Por isso, tomai a armadura de Deus, para que tenhais a capacidade de resistir no dia mau e, depois de tudo terdes feito, de vos manterdes firmes.
Mantende-vos, portanto, firmes, tendo cingido os vossos rins com a verdade, vestido a couraça da justiça
e calçado os pés com a prontidão para anunciar o Evangelho da paz;
acima de tudo, tomai o escudo da fé, com o qual tereis a capacidade de apagar todas as setas incendiadas do maligno.
Recebei ainda o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.
Servindo-vos de toda a espécie de orações e preces, orai em todo o tempo no Espírito; e, para isso, vigiai com toda a perseverança e com preces por todos os santos,
e também por mim; que, quando abrir a minha boca, me seja dada a palavra, para que, corajosamente, dê a conhecer o mistério do Evangelho,
de que sou embaixador em cadeias; que, nele, eu possa falar aberta e corajosamente, tal como é meu dever.


Salmos 144(143),1.2.9-10.

Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate!
Ele é o meu auxílio e fortaleza,

o meu baluarte e o meu refúgio;
Ele é o meu escudo e o meu abrigo,
que subjuga os povos aos meus pés.
Quero cantar-te, ó Deus, um cântico novo;

cantar-te-ei salmos com a harpa de dez cordas.
Tu, que concedes aos reis a vitória,
e livras o teu servo David da espada mortal.




Lucas 13,31-35.

Naquele dia, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus, que Lhe disseram: «Vai-te embora, sai daqui, porque Herodes quer matar-te.»
Respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Agora estou a expulsar demónios e a realizar curas, hoje e amanhã; ao terceiro dia, atinjo o meu termo.
Mas hoje, amanhã e depois devo seguir o meu caminho, porque não se admite que um profeta morra fora de Jerusalém.»
«Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos, como a galinha junta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste!
Agora, ficará deserta a vossa casa. Eu vo-lo digo: Não me vereis até chegar o dia em que digais: Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Paulo II (1920-2005), papa
Carta apostólica «Redemptionis anno», 20/04/1984

«Jerusalém […], quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos»

Para além de monumentos célebres e esplêndidos, Jerusalém acolhe comunidades vivas de crentes cristãos, judeus e muçulmanos, cuja presença é um penhor e uma fonte de esperança para as nações que, em todas as partes do mundo, olham para a Cidade Santa como um património espiritual e um sinal de paz e de harmonia. Sim, enquanto pátria do coração de todos os descendentes espirituais de Abraão, que lhe votam um amor profundo, e enquanto local onde se encontram aos olhos da fé, da infinita transcendência de Deus e das coisas criadas, Jerusalém é um símbolo de encontro, de união e de paz para toda a família humana. A Cidade Santa encerra assim um firme convite à paz dirigido a toda a humanidade, e nomeadamente aos adoradores do Deus único e grande, Pai misericordioso dos povos. Infelizmente há que reconhecer que Jerusalém continua a ser motivo de persistente rivalidade, violência e reivindicações.


Esta situação e estas considerações trazem aos lábios as palavras do profeta: «Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não descansarei, até que a sua justiça brilhe como a aurora e a sua salvação como facho brilhante» (Is 62,1). Penso e espero com impaciência o dia em que todos sejamos verdadeiramente «instruídos por Deus» (Jo 6,45), para que escutemos a sua mensagem de reconciliação e de paz. Penso no dia em que os judeus, os cristãos e os muçulmanos possam trocar entre si, em Jerusalém, a saudação de paz que Jesus dirigiu aos discípulos após a sua ressurreição: «A paz esteja convosco» (Jo 20,19).