domingo, 14 de dezembro de 2014

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 15 de Dezembro de 2014

Segunda-feira da 3a semana do Advento

Beato João Henrique Carlos Steeb, presbítero, fundador, +1856, Santa Maria Crucificada de Rosa, religiosa, fundadora, +1855, Santa Cristina, mártir cristã, séc. IV

Comentário do dia
São Beda: «Todos têm a João por profeta»

Núm. 24,2-7.15-17a.

Naqueles dias, o profeta Balaão, erguendo os olhos, viu o povo de Israel acampado por tribos. O Espírito de Deus desceu sobre ele
e ele proferiu a sua profecia, dizendo: «Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhar penetrante,
palavra de quem ouve as revelações de Deus, de quem contempla as visões do Omnipotente, quando cai em êxtase e seus olhos se abrem.
Como são belas as tuas tendas, Jacob, e as tuas moradas, Israel!
São como vales que se prolongam e jardins à beira dum rio, como aloés plantados pelo Senhor, como cedros junto da corrente.
A água transbordará de seus cântaros e a sua semente será abundantemente regada. O seu rei é maior do que Agag e a sua realeza será exaltada.
Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhar penetrante,
palavra de quem ouve as revelações de Deus, de quem conhece a ciência do Altíssimo, de quem contempla as visões do Omnipotente, quando cai em êxtase e seus olhos se abrem.
Eu vejo, mas não é para agora; eu contemplo, mas não de perto: Surge uma estrela de Jacob, levanta-se um cetro de Israel».


Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e reto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.




Mateus 21,23-27.

Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se d'Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?»
Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto.
Donde era o batismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: 'Porque não lhe destes crédito?'
E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta».
E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja
Sermão nº 1; CCL 122, 2

«Todos têm a João por profeta»

Se perguntarmos porque é que João baptizava, uma vez que não podia, através do seu baptismo, remir os pecados, a razão é bem clara: é que, para ser fiel ao seu ministério de Percursor, João tinha de baptizar antes do Senhor, tal como nascera antes dele, pregava antes dele e morreria antes dele. Ao mesmo tempo, era para impedir que as invejas quezilentas dos fariseus e dos escribas recaíssem sobre o ministério do Senhor, no caso de ser Ele a dar primeiro o baptismo aos homens. «De onde provinha o baptismo de João: do Céu ou dos homens?» Tal como não ousaram negar que vinha do Céu, assim também seriam constrangidos a reconhecer que as obras daquele sobre quem João pregava eram realizadas por um poder que vinha do Céu. E, se o baptismo de João não remia pecados, não deixava contudo de ser fecundo para aqueles que o recebiam: […] era um sinal de fé e de arrependimento, isto é, lembrava a todos que deviam abster-se do pecado, dar esmola, crer em Cristo e apressar-se a pedir o seu baptismo mal Ele aparecesse, para serem lavados para remissão dos seus pecados.


Por outro lado, o deserto onde João habitava representa a via dos santos, que se afastam dos prazeres deste mundo. Quer vivam na solidão quer misturados na multidão, eles tendem com toda a sua alma a desligar-se dos desejos deste mundo, e só encontram alegria quando se ligam a Deus no segredo do seu coração, e põem toda a sua esperança nele. Era para essa solidão da alma, tão cara a Deus, que o profeta desejava tender, com a ajuda do Espírito Santo, quando dizia: «Quem me dera ter asas como a pomba, para poder voar e encontrar abrigo!» (Sl 55,7)