terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 07 de Janeiro de 2015

Quarta-feira do Tempo Natal depois da Epifania.

S. Raimundo de Penhaforte, conf., +1275, Beata Lindalva de Oliveira, rel., m., +1993

Comentário do dia
Cardeal Joseph Ratzinger : «Vendo-os cansados de remar, [...] foi ter com eles de madrugada»

1 João 4,11-18.

Caríssimos: Se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós.
Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito.
Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
É nisto que em nós o amor se mostra perfeito: em estarmos cheios de confiança no dia do juízo, pelo facto de sermos neste mundo como Ele foi.
No amor não há temor; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o temor; de facto, o temor pressupõe castigo, e quem teme não é perfeito no amor.


Salmos 72(71),2.10-11.12-13.

Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.

Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão de servir.

Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.




Marcos 6,45-52.

Depois de ter matado a fome a cinco mil homens, Jesus obrigou logo os seus discípulos a subirem para o barco e a irem à frente, para o outro lado, rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidão.
Depois de os ter despedido, foi orar para o monte.
Era já noite, o barco estava no meio do mar e Ele sozinho em terra.
Vendo-os cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, foi ter com eles de madrugada, andando sobre o mar; e fez menção de passar adiante.
Mas, vendo-o andar sobre o mar, julgaram que fosse um fantasma e começaram a gritar,
pois todos o viram e se assustaram. Mas Ele logo lhes falou: «Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!»
A seguir, subiu para o barco, para junto deles, e o vento amainou. E sentiram um enorme espanto,
pois ainda não tinham entendido o que se dera com os pães: tinham o coração endurecido.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013)
«O Deus de Jesus Cristo»

«Vendo-os cansados de remar, [...] foi ter com eles de madrugada»

Os apóstolos atravessam o lago. Jesus está sozinho em terra, enquanto eles se esgotam a remar sem conseguirem avançar, porque o vento é contrário. Jesus ora e, na sua oração, vê-os a esforçarem-se e vem logo ao seu encontro. É claro que este texto está cheio de símbolos da Igreja: os apóstolos no mar lutando contra o vento, o Senhor ao pé do Pai. Mas o que é determinante é que, na sua oração, enquanto está «ao pé do Pai», Ele não está ausente; bem pelo contrário, ao rezar, vê-os. Quando Jesus está junto do Pai, está presente na Igreja. O problema da vinda final de Cristo é aqui aprofundado e transformado de modo trinitário: Jesus vê a Igreja no Pai e, pelo poder do Pai e pela força do seu diálogo com Ele, está presente junto dela. É justamente este diálogo com o Pai enquanto «está no monte» que O torna presente, e inversamente. A Igreja é, por assim dizer, objecto de conversa entre o Pai e o Filho, ou seja, está ancorada na vida trinitária.