terça-feira, 18 de agosto de 2015

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 19 de Agosto de 2015

Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

S. João Eudes, presbítero, +1680

Comentário do dia
São João Crisóstomo : O homem da décima primeira hora: «Os últimos serão os primeiros»

Juízes 9,6-15.

Naqueles dias, todos os chefes de Siquém e todo o Bet-Milo se reuniram junto do carvalho da estela que está em Siquém e proclamaram rei Abimelec.
Quando deram a notícia a Joatão, ele foi colocar-se no cimo do monte Garizim e levantou a voz, dizendo: «Escutai-me, chefes de Siquém e Deus também vos escutará.
Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: 'Reina sobre nós'.
A oliveira respondeu-lhes: 'Terei de renunciar ao meu azeite, que dá honra aos deuses e aos homens, para me baloiçar por cima das árvores?'.
Então as árvores disseram à figueira: 'Vem tu reinar sobre nós'.
Mas a figueira respondeu-lhes: 'Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das árvores?'.
E as árvores disseram à videira: 'Vem tu reinar sobre nós'.
Mas a videira respondeu-lhes: 'Terei de renunciar ao meu vinho novo, que alegra os deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das árvores?'.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: 'Vem tu reinar sobre nós'.
E o espinheiro respondeu às árvores: 'Se é de boa fé que me quereis ungir como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, sairá fogo do espinheiro e devorará os cedros do Líbano'».


Salmos 21(20),2-3.4-5.6-7.

Senhor, o rei alegra-se com o vosso poder
e exulta de contente com o vosso auxílio.
Satisfizestes os anseios do seu coração,
não rejeitastes o pedido de seus lábios.

Vós o cumulastes de bênçãos preciosas,
cingistes sua fronte com uma coroa de ouro fino.
Pediu-vos a vida e Vós lha concedestes,
uma vida longa para muitos anos.

Graças à vossa proteção, é grande a sua glória,
Vós o revestistes de esplendor e majestade.
Para sempre o abençoastes
e enchestes de alegria na vossa presença.




Mateus 20,1-16a.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos
e disse-lhes: 'Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo'.
E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?'.
Eles responderam-lhe: 'Ninguém nos contratou'. Ele disse-lhes: 'Ide vós também para a minha vinha'.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros'.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
'Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor'.
Mas o proprietário respondeu a um deles: 'Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti.
Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?'.
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia para Sexta-feira Santa «A cruz e o ladrão»

O homem da décima primeira hora: «Os últimos serão os primeiros»

Que fez, pois, o ladrão para receber em herança o paraíso, logo a seguir à cruz? [...] Enquanto Pedro negou a Cristo, o ladrão, do alto da cruz, deu testemunho dele. Não digo isto para denegrir Pedro; digo-o para pôr em evidência a grandeza de alma do ladrão. [...] Aquele ladrão não deu a menor importância à população que, à sua volta, acusava e vociferava, cobrindo-os de blasfémias e de sarcasmos; nem sequer teve em conta o estado miserável do Crucificado que tinha diante de si, mas lançou sobre tudo isso um olhar cheio de fé. [...] Virou-se para o Senhor dos céus e, entregando-se a Ele, disse: «Lembra-te de mim, Senhor, quando fores para o teu Reino» (Lc 23,42). Não menosprezemos o exemplo do ladrão nem tenhamos vergonha de o tomarmos como mestre, a ele que nosso Senhor não desdenhou de fazer entrar no paraíso em primeiro lugar. [...]


Ele não lhe disse, como fizera a Pedro: «Vem, segue-Me e farei de ti um pescador de homens» (Mt 4,19). Também não lhe disse, como aos Doze: «Sentar-vos-eis sobre doze tronos para julgar as doze tribos de Israel» (Mt 19,28). Não o agraciou com nenhum título; não lhe mostrou qualquer milagre. O ladrão não O viu ressuscitar mortos, nem expulsar demónios; não viu o mar obedecer-Lhe. Cristo não lhe disse nada acerca do Reino, nem da geena. E, contudo, este homem deu testemunho dele diante de todos e recebeu o Reino em herança.