segunda-feira, 9 de maio de 2016

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 10 de Maio de 2016

Terça-feira da 7ª semana da Páscoa

S. Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos, +1889, S. João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja, +1569, Santo Antonino de Florença, Bispo e Confessor, +1459

Comentário do dia
Beato Guerric de Igny : Chegada a hora de passar deste mundo para o Pai, Jesus rezou deste modo.

Actos 20,17-27.

Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja.
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como me comportei sempre convosco, desde o primeiro dia em que pus os pés na Ásia.
Servi o Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio de provações que me vieram das ciladas dos judeus.
Em nada que vos pudesse ser útil me furtei a pregar-vos e a instruir-vos, publicamente e de casa em casa.
Exortei judeus e gregos a converterem-se a Deus e a acreditarem em Jesus, nosso Senhor.
Agora vou para Jerusalém, prisioneiro do Espírito, sem saber o que lá me espera.
Só sei que o Espírito Santo me avisa, de cidade em cidade, que me aguardam cadeias e tribulações.
Mas por título nenhum eu dou valor à vida, contanto que leve a bom termo a minha carreira e a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.
Agora, eu sei que não tornareis a ver o meu rosto, vós todos entre os quais passei anunciando o Reino.
Por isso posso garantir-vos, hoje, que não me sinto responsável pela perda de nenhum de vós,
pois não me furtei a anunciar-vos todo o desígnio de Deus a vosso respeito».


Salmos 68(67),10-11.20-21.

Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido.

Bendito seja o Senhor, dia após dia:
preocupa-Se connosco o Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor.




João 17,1-11a.

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique
e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste.
É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo.
Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar.
E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo.
Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra.
Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti,
porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste.
É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus.
Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado.
Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
Sermão para a Ascensão, 1-2: PL 185, 153-155

Chegada a hora de passar deste mundo para o Pai, Jesus rezou deste modo.

O Senhor proferiu esta oração na véspera da sua Paixão. Mas não é despropositado aplicá-la ao dia da Ascensão, ao momento em que Ele Se preparava para deixar para sempre os seus «filhinhos» (Jo 13,33), que confiou ao Pai. Ele, que no Céu dirige a multidão dos anjos que criou, ligou-Se na Terra a um «pequeno rebanho» (Lc 12,32) de discípulos, a fim de os instruir enquanto estava presente na carne, até ao momento em que, tendo-se-lhes alargado o coração, eles pudessem ser conduzidos pelo Espírito. Ele amava estes pequeninos com um amor digno da sua grandeza. Depois de os ter levado a distanciar-se dos amores deste mundo, viu-os renunciar a qualquer esperança humana e depender apenas dele. Mas, enquanto vivia com eles no seu corpo, não lhes prodigou demasiadas provas do seu afecto, mostrando-Se mais firme do que terno, como convém a um mestre e pai.

Quando, porém, chegou o momento de os abandonar, pareceu ser vencido pela terna afeição que lhes tinha e deixou de conseguir simular a imensidão da sua bondade. [...] Donde as palavras: «Tendo amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até ao fim» (Jo 13,1). Pois nessa altura deixou que toda a força do seu amor se derramasse sobre os seus amigos, antes de Ele próprio Se derramar como água sobre os seus inimigos (Sl 21,15). Assim, entregou-lhes o sacramento do seu corpo e do seu sangue, ordenando-lhes que o celebrassem. Não sei o que é mais admirável: se o seu poder ou a sua caridade, ao inventar esta nova maneira de permanecer com eles, a fim de os consolar pela sua partida.