sábado, 4 de junho de 2016

Profecia do Dia


Domingo, dia 05 de Junho de 2016

10º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)

S. Bonifácio, bispo, mártir, +754

Comentário do dia
São Fulgêncio de Ruspas : «Eu te ordeno: levanta-te!»

1 Reis 17,17-24.

Naqueles dias, caiu doente o filho da viúva de Sarepta, e a enfermidade foi tão grave que ele morreu.
Então a mãe disse a Elias: «Que tens tu a ver comigo, homem de Deus? Vieste a minha casa lembrar-me os meus pecados e causar a morte do meu filho?».
Elias respondeu-lhe: «Dá-me o teu filho». Tomando-o dos braços da mãe, levou-o ao quarto de cima, onde dormia, e deitou-o no seu próprio leito.
Depois invocou o Senhor, dizendo: «Senhor, meu Deus, quereis ser também rigoroso para com esta viúva, que me hospeda em sua casa, a ponto de fazerdes morrer o seu filho?».
Elias estendeu-se três vezes sobre o menino e clamou de novo ao Senhor: «Senhor, meu Deus, fazei que a alma deste menino volte a entrar nele».
O Senhor escutou a voz de Elias: a alma do menino voltou a entrar nele, e o menino recuperou a vida.
Elias tomou o menino, desceu do quarto para dentro da casa e entregou-o à mãe, dizendo: «Aqui tens o teu filho vivo».
Então a mulher exclamou: «Agora vejo que és um homem de Deus e que se encontra verdadeiramente nos teus lábios a palavra do Senhor».


Salmos 30(29),2.4.5-6.11.12a.13b.

Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.

Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede vós o meu auxílio.

Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor, meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.



Gálatas 1,11-19.

Quero que saibais, irmãos: O Evangelho anunciado por mim não é de inspiração humana,
porque não o recebi ou aprendi de nenhum homem, mas por uma revelação de Jesus Cristo.
Certamente ouvistes falar do meu proceder outrora no judaísmo e como perseguia terrivelmente a Igreja de Deus e procurava destruí-la.
Fazia mais progressos no judaísmo do que muitos dos meus compatriotas da mesma idade, por ser extremamente zeloso das tradições dos meus pais.
Mas quando Aquele que me destinou desde o seio materno e me chamou pela sua graça, Se dignou
revelar em mim o seu Filho para que eu O anunciasse aos gentios, decididamente não consultei a carne e o sangue,
nem subi a Jerusalém para ir ter com os que foram Apóstolos antes de mim; mas retirei-me para a Arábia e depois voltei novamente a Damasco.
Três anos mais tarde, subi a Jerusalém para ir conhecer Pedro e fiquei junto dele quinze dias.
Não vi mais nenhum dos Apóstolos, a não ser Tiago, irmão do Senhor.


Lucas 7,11-17.

Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão.
Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade.
Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores».
Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te».
O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe.
Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo».
E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Fulgêncio de Ruspas (467-532), bispo no Norte de África
O perdão dos pecados; CCL 91A, 693

«Eu te ordeno: levanta-te!»

«Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta, pois ela há-de soar, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados.» Ao dizer «nós», São Paulo fala daqueles que receberão o dom da transformação futura, isto é, dos seus companheiros na comunhão da Igreja e numa vida reta. E sugere a natureza desta transformação quando prossegue: «É necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade e que este corpo mortal se revista de imortalidade» (1Cor 15,52-53). Para recebermos esta transformação como recompensa justa, ela tem de ser precedida pela transformação que provém da abundância da graça. [...]

Na vida atual, é pois a graça que age para que a justificação, através da qual ressuscitamos espiritualmente, inicie essa transformação; em seguida, aquando da ressurreição do corpo que completa a transformação dos homens justificados, a glorificação será perfeita. [...] Primeiro a graça da justificação e, em seguida, a da glorificação transforma-os de tal modo, que a glorificação permanece neles imutável e eterna.

Com efeito, eles ficam transformados na Terra por esta primeira ressurreição, que os ilumina para que se convertam. Através dela, passam da morte para a vida, do pecado para a justiça, da descrença para a fé, de uma conduta incorreta para uma vida santa. É por isso que a segunda morte não tem poder sobre eles. Diz o Apocalipse: «Felizes os que participam na primeira ressurreição: a segunda morte não tem poder sobre eles» (20,6). [...] E é também por isso que nos devemos apressar a participar na primeira ressurreição, se não quisermos ser condenados ao castigo da segunda morte. Aqueles que, transformados nesta vida pelo seu respeito a Deus, passam de uma vida má para uma vida boa, passam da morte para a vida; seguidamente, a sua vida de miséria ficará transformada numa vida de glória.