segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Segunda-feira, dia 12 de Dezembro de 2016

Segunda-feira da 3a semana do Advento
Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira das Américas (festa no Brasil)

Santa Joana Francisca de Chantal, religiosa, +1641

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Veio Jesus ter com João para ser batizado por ele [...]. João opunha-se, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti!"» (Mt 3,13-14)

Núm. 24,2-7.15-17a.

Naqueles dias, o profeta Balaão, erguendo os olhos, viu o povo de Israel acampado por tribos. O Espírito de Deus desceu sobre ele
e ele proferiu a sua profecia, dizendo: «Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhar penetrante,
palavra de quem ouve as revelações de Deus, de quem contempla as visões do Omnipotente, quando cai em êxtase e seus olhos se abrem.
Como são belas as tuas tendas, Jacob, e as tuas moradas, Israel!
São como vales que se prolongam e jardins à beira dum rio, como aloés plantados pelo Senhor, como cedros junto da corrente.
A água transbordará de seus cântaros e a sua semente será abundantemente regada. O seu rei é maior do que Agag e a sua realeza será exaltada.
Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhar penetrante,
palavra de quem ouve as revelações de Deus, de quem conhece a ciência do Altíssimo, de quem contempla as visões do Omnipotente, quando cai em êxtase e seus olhos se abrem.
Eu vejo, mas não é para agora; eu contemplo, mas não de perto: Surge uma estrela de Jacob, levanta-se um cetro de Israel».


Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e reto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.




Mateus 21,23-27.

Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se d'Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?»
Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto.
Donde era o batismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: 'Porque não lhe destes crédito?'
E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta».
E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 288

«Veio Jesus ter com João para ser batizado por ele [...]. João opunha-se, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti!"» (Mt 3,13-14)

«Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram» (Mt 13,17). Estas santas personagens, com efeito, cheias do Espírito de Deus para anunciar a vinda de Cristo, desejavam com ardor gozar da sua presença na Terra, se tal fosse possível. Foi aliás por essa razão que Deus adiou a partida de Simeão deste mundo: queria que ele contemplasse, na pessoa de uma criança recém-nascida, Aquele por quem o mundo foi criado (Lc 2,25 ss.). [...] Simeão viu-O com feições de menino; João, ao contrário, viu-O quando Ele já ensinava e escolhia os seus discípulos. Onde? Nas margens do rio Jordão. [...]

É aí, nesse batismo de preparação que Lhe abria caminho, que encontramos um símbolo e uma aproximação do batismo de Jesus Cristo: «Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas» (Mt 3,3). O próprio Jesus quis ser batizado pelo seu servo para fazer compreender a graça que recebem aqueles que recebem o batismo em nome do Senhor. Foi aí que começou o seu reino, como que a cumprir a profecia: «Dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra» (Sl 72,8). Nas margens do rio onde o domínio de Cristo começa, viu João o Salvador: viu-O, reconheceu-O e prestou-Lhe testemunho. João humilhou-se perante a grandeza divina, a fim de merecer que a sua humildade fosse ressaltada por essa grandeza. Ele declara-se o amigo do esposo (Jo 3,29). Que amigo é este? Será aquele que caminha em pé de igualdade? Longe disso! Então, qual é a distância que mantém? Diz ele: «Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias» (Mc 1,7).