terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Terça-feira, dia 31 de Janeiro de 2017

Terça-feira da 4ª semana do Tempo Comum

S. João Bosco, presb., +1888

Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria : «Entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: [...] "Menina, Eu te ordeno: levanta-te"».

Heb. 12,1-4.

Irmãos: Estando nós rodeados de tão grande número de testemunhas, libertemo-nos de todo o impedimento e do pecado que nos cerca e corramos com perseverança para o combate que se apresenta diante de nós,
fixando os olhos em Jesus, guia da nossa fé e autor da sua perfeição. Renunciando à alegria que tinha ao seu alcance, Ele suportou a cruz, desprezando a sua ignomínia, e está sentado à direita do trono de Deus.
Pensai n'Aquele que suportou contra Si tão grande hostilidade da parte dos pecadores, para não vos deixardes abater pelo desânimo.
Vós ainda não resististes até ao sangue, na luta contra o pecado.


Salmos 22(21),26b-27.28.30.31-32.

Cumprirei a minha promessa na presença dos vossos fiéis.
Os pobres hão de comer e serão saciados,
louvarão o Senhor os que O procuram:
vivam os seus corações para sempre.

Hão de lembrar-se do Senhor e converter-se a Ele
todos os confins da terra;
e diante d'Ele virão prostrar-se
todas as famílias das nações.

Só a Ele hão-de adorar
todos os grandes do mundo,
diante d'Ele se hão-de prostrar
todos os que descem ao pó da terra.

Para Ele viverá a minha alma,
Há de servi-l'O a minha descendência.
Falar-se-á do Senhor às gerações futuras
e a sua justiça será revelada ao povo que há-de vir:

«Eis o que fez o Senhor».



Marcos 5,21-43.

Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado de barco para a outra margem do lago, reuniu-se uma grande multidão à sua volta, e Ele deteve-se à beira-mar.
Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Ao ver Jesus, caiu a seus pés
e suplicou-Lhe com insistência: «A minha filha está a morrer. Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva».
Jesus foi com ele, seguido por grande multidão, que O apertava de todos os lados.
Ora, certa mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos,
que sofrera muito nas mãos de vários médicos e gastara todos os seus bens, sem ter obtido qualquer resultado, antes piorava cada vez mais,
tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-Lhe por detrás no manto,
dizendo consigo: «Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada».
No mesmo instante estancou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo que estava curada da doença.
Jesus notou logo que saíra uma força de Si mesmo. Voltou-Se para a multidão e perguntou: «Quem tocou nas minhas vestes?».
Os discípulos responderam-Lhe: «Vês a multidão que Te aperta e perguntas: 'Quem Me tocou?'».
Mas Jesus olhou em volta, para ver quem O tinha tocado.
A mulher, assustada e a tremer, por saber o que lhe tinha acontecido, veio prostrar-se diante de Jesus e disse-Lhe a verdade.
Jesus respondeu-lhe: «Minha filha, a tua fé te salvou».
Ainda Ele falava, quando vieram dizer da casa do chefe da sinagoga: «A tua filha morreu. Porque estás ainda a importunar o Mestre?».
Mas Jesus, ouvindo estas palavras, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; basta que tenhas fé».
E não deixou que ninguém O acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga, Jesus encontrou grande alvoroço, com gente que chorava e gritava.
Ao entrar, perguntou-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu; está a dormir».
Riram-se d'Ele. Jesus, depois de os ter mandado sair a todos, levando consigo apenas o pai da menina e os que vinham com Ele, entrou no local onde jazia a menina,
pegou-lhe na mão e disse: «Talitha Kum», que significa: «Menina, Eu te ordeno: levanta-te».
Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar, pois já tinha doze anos. Ficaram todos muito maravilhados.
Jesus recomendou-lhes insistentemente que ninguém soubesse do caso e mandou dar de comer à menina.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre S. João

«Entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: [...] "Menina, Eu te ordeno: levanta-te"».

Nem para ressuscitar os mortos o Salvador Se contenta em agir através da palavra, que, no entanto, é portadora das ordens divinas. Como cooperante, se assim se pode dizer, dessa obra tão fantástica, ele toma a sua própria carne, a fim de mostrar que esta tem o poder de dar a vida, e para ensinar que Lhe está intimamente ligada: ela é verdadeiramente a sua carne, e não um corpo estranho. Foi o que aconteceu quando ressuscitou a filha do chefe da sinagoga; ao dizer-lhe: «Menina, levanta-te», tomou-a pela mão. Como Deus que é, deu-lhe a vida através de uma ordem poderosa, mas deu-lhe a vida também através do contacto com a sua santa carne, testemunhando assim que uma mesma força divina age tanto no seu corpo como na sua palavra. De igual forma, quando chegou a uma cidade chamada Naim, onde ia a enterrar o filho único de uma viúva, tocou no caixão dizendo: «Jovem, Eu te ordeno, levanta-te!» (Lc 7,13-17)

Assim, não só confere à sua palavra o poder de ressuscitar os mortos, mas também, para mostrar que o seu corpo dá a vida, toca nos mortos e, através da sua carne, faz a vida passar para os cadáveres. Ora, se o simples contacto com a sua carne sagrada devolve a vida a um corpo que já se decompunha, que proveito não encontraremos nós na sua vivificante Eucaristia, quando fazemos dela nosso alimento! Ela transformará totalmente no bem que lhe é próprio, quer dizer, na imortalidade, aqueles que nela tiverem participado.