segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Segunda-feira, dia 06 de Fevereiro de 2017

Segunda-feira da 5ª semana do Tempo Comum

S. Gonçalo Garcia, religioso, mártir, +1597, Santos Paulo Miki, Pedro Batista e companheiros, mártires, +1597

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Todos os que O tocavam ficavam curados»

Gén. 1,1-19.

No princípio, Deus criou o céu e a terra.
A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a superfície do abismo, e o espírito de Deus pairava sobre as águas.
Disse Deus: «Faça-se a luz». E a luz apareceu.
Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.
Deus chamou 'dia' à luz e 'noite' às trevas. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: era o primeiro dia.
Disse Deus: «Haja um firmamento no meio das águas, para as manter separadas umas das outras».
Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das águas que estavam por cima dele.
E ao firmamento chamou 'céu'. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia.
Disse Deus: «Juntem-se as águas que estão debaixo do firmamento num só lugar e apareça a terra seca». E assim sucedeu.
À parte seca Deus chamou 'terra' e 'mar' ao conjunto das águas. E Deus viu que isto era bom.
Disse Deus: «Cubra-se a terra de verdura: ervas que deem sementes e árvores de fruto, que produzam sobre a terra frutos com a sua semente, segundo a própria espécie». E assim sucedeu.
A terra produziu verdura: erva que produz semente, segundo a sua espécie, e árvores que dão frutos com a sua semente, segundo a própria espécie. Deus viu que isto era bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia.
Disse Deus: «Haja luzeiros no firmamento do céu, para distinguirem o dia da noite e servirem de sinais para as festas, os dias e os anos,
para que brilhem no firmamento do céu e iluminem a terra». E assim sucedeu.
Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir à noite; e fez também as estrelas.
Deus colocou-os no firmamento do céu para iluminarem a terra,
para presidirem ao dia e à noite e separarem a luz das trevas. Deus viu que isto era bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia.


Salmos 104(103),1-2a.5-6.10.12.24.35c.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto!

Fundastes a terra sobre alicerces firmes:
não oscilará por toda a eternidade.
Vós a cobristes com o manto do oceano,
por sobre os montes pousavam as águas.

Transformais as fontes em rios
que correm entre as montanhas.
Nas suas margens habitam as aves do céu;
por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto.

Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre!




Marcos 6,53-56.

Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos fizeram a travessia do lago e vieram para terra em Genesaré, onde aportaram.
Quando saíram do barco, as pessoas reconheceram logo Jesus;
então percorreram toda aquela região e começaram a trazer os doentes nos catres, para onde ouviam dizer que Ele estava.
Nas aldeias, cidades ou casais onde Jesus entrasse, colocavam os enfermos nas praças públicas e pediam que os deixasse tocar-Lhe ao menos na orla do manto. E todos os que O tocavam ficavam curados.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 306, passim

«Todos os que O tocavam ficavam curados»

Todos os homens querem ser felizes; não há ninguém que não o queira, e com tanta intensidade que o deseja acima de tudo. Melhor ainda: tudo o que querem para além disso querem-no para isso. Os homens perseguem paixões diferentes, um esta, outro aquela; também existem muitas maneiras de ganhar a vida neste mundo: cada um escolhe a sua profissão e exerce-a. Mas quer adotem este ou aquele género de vida, todos os homens agem para serem felizes. [...] O que há então nesta vida capaz de nos fazer felizes, que todos desejam mas que nem todos alcançam? Procuremo-lo. [...]

Se eu perguntar a alguém: «Queres viver?», não há ninguém que se sinta tentado a responder-me: «Não quero». [...] Do mesmo modo, se eu perguntar: «Queres ser saudável?», ninguém me responderá: «Não quero». A saúde é um bem precioso aos olhos do rico, e é muitas vezes o único bem que o pobre possui. [...] Todos concordam no amor pela vida e pela saúde. Ora, quando o homem desfruta da vida e é saudável, poderá contentar-se com isso? [...]

Um homem rico perguntou ao Senhor: «Mestre, que devo fazer para ter a vida eterna?» (Mc 10,17) Ele temia morrer e era forçado a morrer. [...] Ele sabia que uma vida de dor e de tormentos não é vida, e que se lhe deveria antes dar o nome de morte. [...] Apenas a vida eterna pode ser feliz. A saúde e a vida neste mundo não garantem a felicidade, pois tememos perdê-las: chamai a isto «temer sempre» e não «viver sempre». [...] Se a nossa vida não é eterna, se não satisfaz eternamente os nossos desejos, não pode ser feliz, nem sequer é vida. [...] Quando entrarmos nessa vida, teremos a certeza de aí ficar para sempre. Teremos a certeza de possuir eternamente a verdadeira vida sem qualquer temor, pois encontrar-nos-emos naquele reino sobre o qual se diz: «E o seu reino não terá fim» (Lc 1,33).