sábado, 18 de fevereiro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 18 de Fevereiro de 2017

Sábado da 6ª semana do Tempo Comum

Santa Bernardete Soubirous, religiosa, + 1879, Beato João de Fiésole (Fra Angélico), religioso, +1455, S. Teotónio, religioso, +1162

Comentário do dia
Anastácio do Sinai : O mistério da crucifixão e a beleza do Reino de Deus

Heb. 11,1-7.

Irmãos: A fé é a garantia dos bens que se esperam e a certeza das realidades que não se veem.
Ela valeu aos antigos um bom testemunho.
Pela fé compreendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus e que as coisas visíveis provieram do invisível.
Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor que o de Caim; graças a ela, mereceu ser chamado justo e Deus aceitou os seus dons; e, graças a ela, depois de morto, ele fala ainda.
Pela fé, Henoc foi arrebatado, para não ver a morte, e não mais foi encontrado, porque Deus o arrebatou; antes de ser arrebatado, recebeu o testemunho de que tinha agradado a Deus.
Ora, sem a fé não é possível agradar a Deus, porque aquele que se aproxima de Deus deve acreditar que Ele existe e recompensa aqueles que O procuram.
Pela fé, tendo sido divinamente avisado sobre as coisas que ainda não se viam, Noé construiu com religioso temor uma arca para salvar a sua família. Pela fé, condenou o mundo e tornou-se herdeiro da justiça que se obtém pela fé.


Salmos 145(144),2-3.4-5.10-11.

Quero bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza.

Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do poder da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas.

Graças Vos deem, Senhor, todas as criaturas,
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos.




Marcos 9,2-13.

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles.
As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear.
Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus.
Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias».
Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados.
Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles.
Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos.
Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.
E perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que primeiro tem de vir Elias?».
Jesus respondeu-lhes: «É certo que Elias vem primeiro para restaurar todas as coisas. Mas então como é que está escrito, a respeito do Filho do homem, que tem de sofrer muito e ser desprezado?
Pois bem. Eu vos digo que Elias já veio; e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como está escrito a respeito dele».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Anastácio do Sinai (?-depois de 700), monge
Homilia para a Transfiguração

O mistério da crucifixão e a beleza do Reino de Deus

Esta montanha da Transfiguração é o sítio dos mistérios, o lugar das realidades inefáveis, o rochedo dos segredos escondidos, o alto dos céus. Aqui, foram revelados os segredos do Reino futuro: o mistério da crucifixão, a beleza do Reino de Deus, a descida de Cristo aquando da sua segunda vinda na glória. Sobre esta montanha, a nuvem luminosa cobre o esplendor dos justos e os bens do tempo futuro realizam-se já. A nuvem que envolve a montanha prefigura o arrebatamento dos justos aos céus, mostrando-nos já hoje o nosso aspeto futuro, a nossa configuração a Cristo. [...]

Enquanto caminhava no meio dos discípulos, Jesus tinha falado com eles acerca do seu Reino e da sua segunda vinda na glória. Mas, porque talvez eles não tivessem ficado suficientemente certos do que lhes tinha anunciado a propósito do Reino, quis que se convencessem totalmente no fundo do seu coração, e que os acontecimentos do presente os ajudassem a acreditar nos acontecimentos futuros. Por isso, no Monte Tabor, fez-lhes ver aquela maravilhosa manifestação divina, como imagem prefigurativa do Reino dos Céus. É como se lhes dissesse: «Para que a demora não provoque a vossa incredulidade, em breve, agora mesmo, "Eu vo-lo digo em verdade: alguns dos que estão aqui" e que Me escutam "não conhecerão a morte sem que tenham visto vir o Filho do homem na glória de seu Pai" (Mt 16,28)». Seis dias depois, «Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles».

«Como é terrível este lugar: é a casa de Deus e a porta do Céu» (Gn 28,17). É para lá que devemos apressar-nos.