sábado, 15 de abril de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 15 de Abril de 2017

Sábado Santo - VIGÍLIA PASCAL
Sábado Santo - Vigília Pascal

Santas Anastácia e Basilissa, mártires, +68

Comentário do dia
Santo Hesíquio : «Esta é a noite em que Cristo, quebrando as cadeias da morte, Se levanta vitorioso do túmulo»

Ex. 14,15-31.15,1a.

Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha.
E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto.
Entretanto vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros.
Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».
O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento
e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel. A nuvem era tenebrosa de um lado e do outro iluminava a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros.
Moisés estendeu a mão sobre o mar e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se.
Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros seguiram-nos pelo mar dentro.
Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão.
Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam mover. Então os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os egípcios».
O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros».
Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar.
As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou.
Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar.
Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n'Ele e em seu servo Moisés.
Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».


Ex. 15,1b-2.3-4.5-6.17-18.

«Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande:
cavalo e cavaleiro lançou no mar.  
O Senhor é a minha força e a minha proteção:
foi Ele quem me salvou

Ele é o meu Deus: eu O exalto
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;
precipitou no mar os carros do Faraó e o seu exército.

Os seus melhores combatentes afogaram-se no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.
A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,

a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.
Mas, conduzistes com amor o povo que libertastes
e com o vosso poder o levastes à vossa morada santa,
à morada segura que fizestes, Senhor.

O Senhor reinará pelos séculos dos séculos.



Romanos 6,3-11.

Irmãos: Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte.
Fomos sepultados com Ele pelo Batismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.
Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo pela semelhança da sua morte também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição.
Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos escravos dele.
Quem morreu, está livre do pecado.
Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos,
sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele.
Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; mas a sua vida é uma vida para Deus.
Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.


Mateus 28,1-10.

Depois do sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
De repente, houve um grande terramoto: o Anjo do Senhor desceu do Céu e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela.
O seu aspeto era como um relâmpago, e a sua túnica branca como a neve.
Os guardas começaram a tremer de medo e ficaram como mortos.
O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o Crucificado.
Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia.
E ide depressa dizer aos discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis'. Era o que tinha para vos dizer».
As mulheres afastaram-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e grande alegria, e correram a levar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d'Ele.
Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Hesíquio (?-c. 451), monge, presbítero
I Homilia para a Páscoa, 1.5-6

«Esta é a noite em que Cristo, quebrando as cadeias da morte, Se levanta vitorioso do túmulo»

O céu brilha quando é iluminado pelo coro das estrelas, e o universo brilha ainda mais quando se ergue a estrela da manhã. Esta noite, porém, não resplandece tanto com o brilho dos astros, mas de alegria perante a vitória do nosso Deus e Salvador: «Tende confiança! Eu venci o mundo», diz Ele (Jo 16,3). Depois desta vitória de Deus sobre o inimigo invisível, também nós obteremos certamente a vitória sobre os demónios. Permaneçamos, pois, junto da cruz da nossa salvação, a fim de colhermos os primeiros frutos dos dons de Jesus. Celebremos esta noite santa com chamas sagradas; façamos erguer a música divina, cantemos um hino celeste. O «Sol da justiça» (Mal 3,20), Nosso Senhor Jesus Cristo, iluminou este dia para todo o mundo, erguendo-Se por meio da cruz e salvando os crentes. […]

A nossa assembleia, meus irmãos, é uma festa de vitória, a vitória do Rei do Universo, Filho de Deus. Hoje, o demónio foi destruído pelo Crucificado, e a humanidade encheu-se de alegria pelo Ressuscitado. […] Exclama este dia: «Hoje, vi o Rei do Céu, cingido de luz, subir acima do brilho e de toda a claridade, acima do sol e das águas, acima das nuvens.» […] Ele esteve oculto, primeiro no seio de uma mulher, depois no seio da terra, primeiro santificando aqueles que são gerados, em seguida concedendo a vida pela sua ressurreição àqueles que morreram, porque «deles fugirão a tristeza e os gemidos» (Is 35,10). […]

Hoje, o paraíso foi aberto pelo Ressuscitado, Adão voltou à vida, Eva foi consolada, o chamamento foi ouvido, o Reino está preparado, o homem foi salvo, Cristo é adorado. Ele esmagou a morte a seus pés, aprisionou esse tirano, desbaratou a mansão dos mortos. Ele sobe aos céus, vitorioso como um rei, glorioso como um chefe […], e diz a seu Pai: «Eis-Me aqui, e aos filhos que Me deu o Senhor» (Heb 2,13). Glória a Ele, agora e pelos séculos dos séculos.