sexta-feira, 12 de maio de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sexta-feira, dia 12 de Maio de 2017

Sexta-feira da 4ª semana da Páscoa

Beata Joana de Portugal, virgem, +1490, Santos Nereu e Aquiles (ou Aquileu), mártires, séc. III, Beato Alvaro del Portillo, bispo, +1994, S. Pancrácio, mártir, +304

Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica: «Ninguém vai ao Pai senão por Mim»

Actos 13,26-33.

Naqueles dias, disse Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia: «Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que temeis a Deus, a nós foi dirigida esta palavra da salvação.
Na verdade, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram reconhecer Jesus, mas, condenando-O, cumpriram as palavras dos Profetas que se leem cada sábado.
Embora não tivessem encontrado nada que merecesse a morte, pediram a Pilatos que O mandasse matar.
Cumprindo tudo o que estava escrito acerca d'Ele, desceram-no da cruz e depuseram-n'O no sepulcro.
Mas Deus ressuscitou-O dos mortos
e Ele apareceu durante muitos dias àqueles que tinham subido com Ele da Galileia a Jerusalém e são agora suas testemunhas diante do povo.
Nós vos anunciamos a boa nova de que a promessa feita a nossos pais,
Deus a cumpriu para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no salmo segundo: 'Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei'».


Salmos 2,6-7.8-9.10-11.

«Fui Eu quem ungiu o meu Rei
sobre Sião, minha montanha sagrada».
Vou proclamar o decreto do Senhor.
Ele disse-me: «Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.

Pede-me e te darei as nações por herança
e os confins da terra para teu domínio.
Hás de governá-los com cetro de ferro,
quebrá-los como vasos de barro».

E agora, ó reis, tomai sentido,
atendei, vós que governais a terra.
Servi o Senhor com temor,
aclamai-O com reverência.




João 14,1-6.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.
Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar?
Quando eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também.
Para onde Eu vou, conheceis o caminho».
Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?».
Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Catecismo da Igreja Católica
§ 257-258, 260

«Ninguém vai ao Pai senão por Mim»

«Ó luz, Trindade bendita, ó primordial Unidade!» Deus é beatitude eterna, vida imortal, luz sem ocaso. Deus é amor: Pai, Filho e Espírito Santo. Livremente, Deus quer comunicar a glória da sua vida bem-aventurada. Este é o desígnio de benevolência (Ef 1,9) que Ele concebeu desde antes da criação do mundo no seu Filho bem-amado, predestinando-nos à adoção filial neste (Ef 1,5), isto é, a reproduzir a imagem de seu Filho (Rom 8,29) graças ao «espírito de adoção filial» (Rom 8,5). Esta decisão prévia é uma «graça concedida antes de todos os séculos» (2Tim 1,9), proveniente diretamente do amor trinitário. Ele desdobra-se na obra da criação, em toda a história da salvação após a queda, nas missões do Filho e do Espírito, prolongadas pela missão da Igreja.

Toda a economia divina é obra comum das três Pessoas divinas. Pois, da mesma forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza, assim também não tem senão uma única e mesma operação. O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio. Contudo cada pessoa divina cumpre a obra comum segundo a sua propriedade pessoal. Assim a Igreja confessa, na linha do Novo Testamento, um Deus e Pai, do qual são todas as coisas, um Senhor Jesus Cristo, mediante o qual são todas as coisas, um Espírito Santo, em quem são todas as coisas. São sobretudo as missões divinas da encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo que manifestam as propriedades das Pessoas divinas.

O fim último de toda a economia divina é a entrada das criaturas na unidade perfeita da Santíssima Trindade. Mas desde já somos chamados a ser habitados pela Santíssima Trindade: «Se alguém Me ama», diz o Senhor, «guardará a minha palavra, meu Pai o amará e viremos a ele, e faremos nele a nossa morada» (Jo 14,23).

«Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente para firmar-me em Vós, imóvel e pacífica, como se a minha alma já estivesse na eternidade: que nada consiga perturbar a minha paz nem fazer-me sair de Vós, ó meu imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundidade do vosso mistério! Pacificai a minha alma! Fazei dela o vosso céu, a vossa amada morada e o lugar do vosso repouso. Que nela eu nunca vos deixe só, mas que eu esteja aí, toda inteira, completamente vigilante na minha fé, toda adorante, toda entregue à vossa ação criadora» (Beata Isabel da Trindade).