terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Terça-feira, dia 09 de Janeiro de 2018

Terça-feira da 1ª semana do Tempo Comum

Santo André Corsini, bispo, +1374, Santo Adriano de Cantuária, abade, +710

Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica: «Vieste para nos perder?»

1 Sam. 1,9-20.

Naqueles dias, depois de ter comido em Silo, Ana levantou-se e apresentou-se diante do Senhor. O sacerdote Heli estava sentado em sua cadeira, à entrada do templo do Senhor.
Com a alma cheia de amargura, Ana orou ao Senhor, derramando muitas lágrimas,
e fez o seguinte voto: «Senhor do Universo! Se Vos dignardes olhar para a humilhação da vossa serva, se Vos lembrardes de mim e não esquecerdes esta vossa serva, se lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor por toda a vida e a navalha não passará pela sua cabeça».
Enquanto ela continuava a rezar diante do Senhor, Heli observou os movimentos dos seus lábios:
Ana falava em seu coração; só mexia os lábios, mas não se ouvia a sua voz. Por isso Heli pensou que estivesse embriagada
e perguntou-lhe: «Até quando estarás embriagada? Livra-te desse vinho».
Ana respondeu: «Não, meu senhor; sou apenas uma infeliz. Não bebi vinho nem outra bebida que embriague; estava apenas a desabafar diante do Senhor.
Não tomes a tua serva por uma vadia, porque o excesso da minha dor e da minha aflição é que me fez falar até agora».
Então Heli disse-lhe: «Vai em paz e o Deus de Israel te conceda o que Lhe pediste».
Ana respondeu: «Queira Deus que a tua serva encontre sempre em ti acolhimento favorável». A mulher foi-se embora, comeu e já tinha outro semblante.
No outro dia, levantaram-se de manhã cedo e, depois de se terem prostrado diante do Senhor, voltaram para sua casa, em Ramá. Elcana uniu-se a sua mulher, Ana, e o Senhor lembrou-Se dela.
Ana concebeu e, decorrido o tempo, deu à luz um filho, a quem deu o nome de Samuel, dizendo: «Eu o pedi ao Senhor».


1 Sam. 2,1.4-5.6-7.8abcd.

Exulta o meu coração no Senhor,
no meu Deus se eleva a minha fronte.
Abre-se a minha boca contra os inimigos,
porque me alegro com a vossa salvação.
A arma dos fortes foi destruída
e os fracos foram revestidos de força.

Os que viviam na abundância andam em busca de pão
e os que tinham fome foram saciados.
A mulher estéril deu à luz muitos filhos
e a mãe fecunda deixou de conceber.
É o Senhor quem dá a morte e dá a vida,
faz-nos descer ao túmulo e de novo nos levanta.

É o Senhor quem despoja e enriquece,
é o Senhor quem humilha e exalta.
Levanta do chão os que vivem prostrados,
retira da miséria os indigentes;
fá-los sentar entre os príncipes
e destina-lhes um lugar de honra.




Marcos 1,21b-28.

Jesus chegou a Cafarnaúm e no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar.
todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar:
«Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.
Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!».
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Catecismo da Igreja Católica
§§ 2851-2854

«Vieste para nos perder?»

«Mas livrai-nos do mal». Nesta petição, o mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O «Diabo» («dia-bolos») é aquele que «se atravessa» no desígnio de Deus e na sua «obra de salvação» realizada em Cristo. «Assassino desde o princípio, [...] mentiroso e pai da mentira» (Jo 8,44), «Satanás, que seduz o universo inteiro» (Ap 12, 9), foi por ele que o pecado e a morte entraram no mundo, e é pela sua derrota definitiva que toda a criação será «liberta do pecado e da morte» (Missal Romano). «Sabemos que ninguém que nasceu de Deus peca, porque o preserva Aquele que foi gerado por Deus, e o Maligno, assim, não o atinge. Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro está sujeito ao Maligno» (1Jo 5,18-19). [...]

A vitória sobre o «príncipe deste mundo» (Jo 14,30) foi alcançada, duma vez para sempre, na «hora» em que Jesus livremente Se entregou à morte para nos dar a sua vida. Foi o julgamento deste mundo, e o príncipe deste mundo foi «lançado fora» (Jo 12,31). «Pôs-se a perseguir a Mulher» (Ap 12,13-16), mas não logrou alcançá-la: a nova Eva, «cheia da graça» do Espírito Santo, foi preservada do pecado e da corrupção da morte [...]. Então, «furioso contra a mulher, foi fazer guerra contra o resto da sua descendência» (Ap 12,17). Eis porque o Espírito e a Igreja rogam: «Vem, Senhor Jesus!» (Ap 22,17.20), já que a sua vinda nos libertará do Maligno.

Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, pedimos igualmente para sermos livres de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou instigador. Nesta última petição, a Igreja leva à presença do Pai toda a desolação do mundo. Com a libertação dos males que pesam sobre a humanidade, a Igreja implora o dom precioso da paz e a graça da espera perseverante do regresso de Cristo. Orando assim, antecipa na humildade da fé a recapitulação de todos e de tudo naquele que «tem as chaves da morte e da morada dos mortos» (Ap 1,18), «Aquele que é, que era e que há-de vir, o Todo-Poderoso» (Ap 1,8).