sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sexta-feira, dia 12 de Janeiro de 2018

Sexta-feira da 1a semana do Tempo Comum

S. Bernardo de Corleone, rel., +1667, S. Bento Biscop, abade, +690

Comentário do dia
São João Crisóstomo : «Ao ver a fé daquela gente»

1 Sam. 8,4-7.10-22a.

Naqueles dias, reuniram-se todos os anciãos de Israel e foram ter com Samuel a Ramá.
E disseram a Samuel: «Tu já estás velho e os teus filhos não seguem o teu exemplo. Por isso, dá-nos um rei que nos governe, como acontece com os outros povos».
Desagradou a Samuel que eles tivessem dito: «Dá-nos um rei que nos governe». Samuel orou ao Senhor
e o Senhor respondeu-lhe: «Atende à voz do povo em tudo o que ele te pedir; porque não foi a ti que rejeitaram, mas a Mim: não querem que Eu reine sobre eles».
Samuel comunicou todas as palavras do Senhor ao povo que lhe pedia um rei
e acrescentou: «Serão estes os direitos do rei que vai reinar sobre vós: Requisitará os vossos filhos, para cuidarem dos seus carros e dos seus cavalos, e os fará correr à frente do seu carro.
Ele os utilizará como chefes de mil homens e chefes de cinquenta. Mandará que lavrem os seus campos e ceifem as suas colheitas, que fabriquem as suas armas de guerra e as peças dos seus carros.
Requisitará também as vossas filhas, para trabalharem como perfumistas, cozinheiras e padeiras.
Tomará os vossos melhores campos, vinhas e olivais, para os dar aos seus servos.
Cobrará o dízimo das vossas sementeiras e das vossas vinhas, para o dar aos seus cortesãos e ministros.
Ficará com os vossos melhores servos e servas, com os vossos melhores bois e jumentos, para os empregar no seu serviço.
Cobrará o dízimo dos vossos rebanhos e vós mesmos sereis seus escravos.
Nesse dia, reclamareis contra o rei que escolhestes, mas então o Senhor não vos responderá».
O povo não fez caso das palavras de Samuel e disse: «Não importa. Queremos um rei
e assim seremos como todos os outros povos: o nosso rei é que há-de governar-nos e marchará à nossa frente para comandar os nossos combates».
Samuel ouviu tudo o que o povo disse e comunicou-o ao Senhor.
O Senhor respondeu-lhe: «Faz o que eles querem e dá-lhes um rei».


Salmos 89(88),16-17.18-19.

Feliz do povo que sabe aclamar-Vos
e caminha, Senhor, à luz do vosso rosto.
Todos os dias aclama o vosso nome
e se gloria com a vossa justiça.

Vós sois a sua força,
com o vosso favor se exalta a nossa valentia.
Do Senhor é o nosso escudo
e do Santo de Israel o nosso rei.




Marcos 2,1-12.

Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaum e se soube que Ele estava em casa,
juntaram-se tantas pessoas que já não cabiam sequer em frente da porta; e Jesus começou a pregar-lhes a palavra.
Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens;
e, como não podiam levá-lo até junto d'Ele, devido à multidão, descobriram o tecto, por cima do lugar onde Ele Se encontrava e, feita assim uma abertura, desceram a enxerga em que jazia o paralítico.
Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados».
Estavam ali sentados alguns escribas, que assim discorriam em seus corações:
«Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que pode perdoar os pecados?».
Jesus, percebendo o que eles estavam a pensar, perguntou-lhes: «Porque pensais assim nos vossos corações?
Que é mais fácil? Dizer ao paralítico 'Os teus pecados estão perdoados' ou dizer 'Levanta-te, toma a tua enxerga e anda'?
Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, 'Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico –
levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa'».
O homem levantou-se, tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente, de modo que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias soltas, Sobre o paralítico

«Ao ver a fé daquela gente»

Este paralítico tinha fé em Jesus Cristo. Prova disso é a maneira como foi apresentado a Cristo: desceram-no pelo teto da casa. [...] Sabeis que os doentes estão num abatimento tão grande e de tão mau humor, que frequentemente os bons cuidados que lhes são prestados os entristecem. [...] Mas este paralítico está contente por ser retirado do seu quarto e por ser visto publicamente, atravessando com a sua miséria as praças e as ruas. [...]

Este paralítico não sofre de amor-próprio. A multidão cerca a casa onde está o Salvador, todas as passagens estão fechadas, a entrada pejada. Pouco importa! Será introduzido pelo teto e está contente: quão hábil é o amor, quão engenhosa a caridade! «Quem procura encontra; e ao que bate hão de abrir» (Mt 7,8) Este paciente não perguntará aos amigos que o transportam: «O que estão a fazer? Para quê tanta perturbação? Para quê tal ardor? Esperem que a casa fique vazia e que partam todos. Então poderemos apresentar-nos a Jesus, quando Ele estiver quase só...» Não, o paralítico não pensa nada disto; é uma glória para ele haver um grande número de testemunhas da sua cura.