sábado, 24 de março de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 24 de Março de 2018

Sábado da 5ª semana da Quaresma

Beato Diogo José de Cádiz, religioso, +1801, Santa Catarina da Suécia, virgem, religiosa, +1381

Comentário do dia
São Roberto Belarmino : «A partir desse dia, decidiram matar Jesus.»

Ezeq. 37,21-28.

Assim fala o Senhor Deus: «Vou tirar os filhos de Israel do meio das nações para onde foram, vou reuni-los de toda a parte, para os reconduzir à sua terra.
Farei deles um só povo, na sua terra, nas montanhas de Israel, e um só rei reinará sobre todos eles. Nunca mais tornarão a ser duas nações, nem ficarão divididos em dois reinos.
Não voltarão a manchar-se com os seus ídolos, com todas as suas abominações e pecados. Hei-de livrá-los de todas as infidelidades que cometeram e hei-de purificá-los, para que sejam o meu povo e Eu seja o seu Deus.
O meu servo David será o seu rei, o único pastor de todos eles. Caminharão segundo os meus mandamentos e obedecerão às minhas leis, pondo-as em prática.
Habitarão na terra que dei ao meu servo Jacob, a terra em que moraram os vossos pais. Aí habitarão eles e os seus filhos e os filhos dos seus filhos para sempre; e o meu servo David será o seu soberano para sempre.
Farei com eles uma aliança de paz, uma aliança eterna entre Mim e eles. Hei-de estabelecê-los, hei-de multiplicá-los e colocarei no meio deles o meu santuário para sempre.
A minha morada será no meio deles: serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
As nações saberão que Eu sou o Senhor, que santifico Israel, quando o meu santuário estiver no meio deles para sempre».


Jer. 31,10.11-12ab.13.

Escutai, ó povos, a palavra do Senhor
e anunciai-a às ilhas distantes:
Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como um pastor ao seu rebanho.

O Senhor resgatou Jacob
e libertou-o das mãos do seu dominador.
Regressarão com brados de alegria ao monte Sião,
acorrendo às bênçãos do Senhor.

A virgem dançará alegremente,
exultarão os jovens e os velhos.
Converterei o seu luto em alegria
e a sua dor será mudada em consolação e júbilo.




João 11,45-56.

Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram n'Ele.
Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito.
Então os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres?
Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão n'Ele; e virão os romanos destruir-nos o nosso Lugar santo e toda a nação».
Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada.
Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?»
Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação;
e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos.
A partir desse dia, decidiram matar Jesus.
Por isso Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos.
Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa.
Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?»



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Roberto Belarmino (1542-1621), jesuíta, bispo, doutor da Igreja
«A ascensão da alma para Deus»

«A partir desse dia, decidiram matar Jesus.»

Ó Senhor, aquilo que nos ensinas poderia parecer excessivamente difícil, excessivamente pesado, se nos falasses de outra tribuna; mas, dado que nos instruis mais pelo exemplo que pela palavra, Tu que és «Mestre e Senhor» (Jo 13,14), como ousaremos dizer o contrário, nós que somos teus servos e teus discípulos? Aquilo que dizes é perfeitamente verdadeiro, aquilo que ordenas perfeitamente justo, e a cruz de onde nos falas o atesta. Atesta-o igualmente o sangue que corre a jorros e que brada ao Céu (Gn 4,10), e por fim, também esta morte: se por ela se rasgou o véu do templo e se abriram fendas nas mais duras rochas (Mt 27,51), como não fará o mesmo, e mais ainda, no coração dos crentes, levando-os a submeter-se?

Senhor, queremos pagar-Te amor com amor; e, se o desejo de Te seguir não procede ainda do nosso amor a Ti, porque este é fraco, que proceda ao menos do nosso amor ao teu amor. Se nos atrais a Ti, «corremos ao odor do teu perfume» (Cant 1,4): não desejamos apenas amar-Te e seguir-Te, mas estamos decididos a desprezar este mundo [...] quando vemos que Tu, o nosso Mestre, não tomaste para Ti as alegrias desta vida. Vemos-Te afrontar a morte, não numa cama, mas no lenho onde se fez justiça; sendo rei, não queres outro trono senão este patíbulo. [...] Movidos pelo teu exemplo de rei cheio de sabedoria, recusamos o apelo deste mundo e dos seus luxos e, tomando a tua cruz sobre os nossos ombros, propomo-nos seguir-Te, só a Ti. [...] Dá-nos somente a ajuda de que precisamos, dá-nos força para Te seguirmos.