sábado, 16 de julho de 2016

Pedido de ajuda

Prezados leitores do Evangelho Quotidiano

Quando, em 1983, S. João Paulo II, então no Haiti, anunciou que um caminho de “Nova Evangelização” se abria na nossa frente, muitos e muitos membros da Igreja de Cristo se dispuseram a deixar que o Espírito soprasse nas suas vidas, no seu coração, na sua imaginação e os abrisse à “nova expressão”, ao “novo ardor”, aos “novos métodos” do anúncio da Boa Nova.

A intuição do Santo Padre fez caminho e em várias mensagens ao Povo de Deus ele foi desafiando, estimulando a que as novas tecnologias fossem postas ao serviço do Reino. Em 1990, designadamente, falando sobre “a mensagem cristã na cultura informática atual”, ele dizia que “é próprio do povo de Deus o dever de fazer uso criativo das novas tecnologias para o bem da humanidade, como realização do desígnio de Deus para o mundo”.

Foi nessa linha que, há cerca de 15 anos, nasceu “Evangelho Quotidiano”, primeiro timidamente, em 7 línguas e apenas com os comentários ao evangelho que a liturgia propunha para cada dia, enviado por e-mail para um pequeno grupo de leitores; depois foi crescendo continuamente até hoje, em que publicamos os textos, os comentários, as resenhas da vida dos santos do dia em 15 línguas e de acordo com 20 calendários litúrgicos. E não sabemos até onde nos levará o sopro do Espírito.

Também os suportes evoluíram: do e-mail inicial passámos às páginas, aos “sites”, às redes sociais, aos blogues, aos telemóveis (mobile, android e iPhone) … De tal forma que, atualmente, é impossível saber quantas pessoas, no mundo inteiro, leem os textos que, fielmente, editamos todos os dias. Uns e outros somos membros desta “geração digital” a que se referia Bento XVI em 2009, na Mensagem para o XLIII Dia das Comunicações Sociais

Acontece que os tempos passam e as tecnologias evoluem mais depressa do que as equipas se rejuvenescem. E eis-nos numa situação em que as competências informáticas da equipa portuguesa começam a ser ultrapassadas pelo ritmo da história e da tecnologia.

Precisamos de ajuda!

Precisamos que alguém, com competência, generosidade e algum tempo livre, se disponha a colaborar connosco. Não lhe pedimos muito: que esteja vigilante e atuante perante as “novidades” que vão surgindo e nos ultrapassam, especialmente nas redes telefónicas, e que nos ajude a solucionar problemas que, aqui e ali, possam surgir. Não o deixaremos só – pô-lo-emos em contacto com os técnicos da equipa internacional, os que estão mais próximos dos servidores, que o ajudarão sem limites. E prometemos-lhe aquilo que a nós próprios foi prometido: que seremos recompensados a cem por um quando chegar o tempo oportuno.

Aguardamos confiadamente as vossas respostas. Estamos disponíveis para qualquer esclarecimento.

Abraçamo-vos fraternalmente

 

A equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa, no dia de Nossa Senhora do Carmo

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 16 de Julho de 2016

Sábado da 15ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora do Carmo (festa, no Brasil)

Comentário do dia
Tertuliano : «Eis o meu servo. […] Não discutirá nem clamará.»

Miqueias 2,1-5.

Ai daqueles que, deitados em sua cama, planeiam a injustiça e tramam o mal! Ao romper do dia, logo o praticam, porque está ao seu alcance.
Cobiçam os campos e roubam-nos, desejam as casas e apoderam-se delas. Escravizam o homem e a sua casa, o dono e a sua herança.
Por isso, diz o Senhor: «Eu penso em mandar contra esta gente um castigo de que não podeis livrar a cabeça. Não mais andareis de fronte erguida, pois será um tempo de desgraça.
Nesse dia entoarão contra vós uma sátira e vos cantarão assim os seus lamentos: 'Estamos totalmente arruinados. Os bens do meu povo foram confiscados e não há ninguém para lhos devolver; os nossos campos são entregues a quem nos tiraniza'.
Por isso não haverá ninguém que tire à sorte uma porção para vós, na assembleia do Senhor».


Salmos 9(9B),1-2.3-4.7-8.14.

Senhor, porque te conservas à distância
e te escondes nos tempos de angústia?
No seu orgulho, o ímpio persegue o infeliz;
que ele seja apanhado na cilada que armou.

O pecador vangloria se da sua ambição;
o ganancioso blasfema e despreza o Senhor.
O ímpio diz, na sua arrogância:
"Ele não me castigará! Deus não existe!"

A sua boca está cheia de maldição e mentira;
na sua língua só há malícia e maldade.
Põe-se de emboscada junto aos povoados
e esconde-se para matar o inocente.

Mas Tu vês a angústia e o pesar,
observas tudo e tomas essa causa nas tuas mãos.
A ti se abandona confiadamente o pobre;
Tu és o amparo do órfão.




Mateus 12,14-21.

Naquele tempo, os fariseus reuniram conselho contra Jesus, a fim de O fazerem desaparecer.
Mas Jesus, ao saber disso, retirou-Se dali. Muitos O seguiram e Ele curou-os a todos,
mas intimou-os que não descobrissem quem Ele era,
para se cumprir o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer:
«Eis o meu servo, a quem Eu escolhi, o meu predilecto, em quem se compraz a minha alma. Sobre ele farei repousar o meu Espírito, para que anuncie a justiça às nações.
Não discutirá nem clamará, nem se fará ouvir a sua voz nas praças.
Não quebrará a cana já fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega, enquanto não levar a justiça à vitória;
e as nações colocarão a esperança no seu nome».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Tertuliano (c. 155-c. 220), teólogo
Contra Marcião 2, 27

«Eis o meu servo. […] Não discutirá nem clamará.»

Deus não podia viver com os homens, a não ser que assumisse uma forma humana de pensar e de reagir. Foi por isso que escondeu sob a humildade o esplendor da sua majestade, que a fraqueza humana não teria sido capaz de suportar. Nada disso era digno dele, mas era necessário ao homem, e por esse motivo tornou-se digno de Deus, porque nada é tão digno de Deus como a salvação do homem. […]

Tudo quanto Deus perde, ganha-o o homem; todas as humilhações que o meu Deus sofreu para estar perto de nós são sacramento de salvação para os homens. Deus agiu com os homens para que o homem aprendesse a agir no plano divino. Deus tratou o homem de igual para igual, para que o homem pudesse agir de igual para igual com Deus. Deus tornou-Se pequeno para que o homem se tornasse grande.







sexta-feira, 15 de julho de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sexta-feira, dia 15 de Julho de 2016

Sexta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

S. Boaventura, bispo, Doutor da Igreja, +1274

Comentário do dia
Santo Agostinho : «O Filho do Homem é senhor do sábado.»

Is. 38,1-6.21-22.7-8.

Naqueles dias, Ezequias, rei de Judá, contraiu doença mortal. O profeta Isaías, filho de Amós, foi visitá-lo e disse-lhe: «Assim fala o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque vais morrer e não viverás».
Ezequias voltou o rosto para a parede e orou ao Senhor, dizendo:
« Lembrai-Vos, Senhor, como tenho procedido fielmente e de coração sincero na vossa presença, como tenho feito sempre o que agrada aos vossos olhos». Depois, Ezequias rompeu num grande choro.
Então a palavra do Senhor foi dirigida a Isaías, com esta mensagem:
«Vai dizer a Ezequias: Assim fala o Senhor, Deus de teu pai David: Escutei a tua prece e vi as tuas lágrimas. Vou acrescentar à tua vida mais quinze anos
e hei-de livrar-te das mãos do rei da Assíria, a ti e a esta cidade, que Eu protegerei».
Disse então Isaías: «Trazei um bolo de figos, aplicai-o sobre a chaga e o rei ficará curado».
Ezequias perguntou: «Que sinal terei de que volto a subir ao templo do Senhor?».
Isaías respondeu-lhe: «O sinal da parte do Senhor de que cumprirá a sua palavra é este:
Vou fazer que a sombra do relógio de sol de Acaz volte para trás dez graus, que nele tinha avançado». E o sol desandou dez graus que avançara no quadrante.


Is. 38,10.11.12abcd.16.

Eu disse: «Em meio da vida vou descer às portas da morte, privado do resto dos meus anos.
Não verei mais o Senhor na terra dos vivos,
não verei mais ninguém entre os habitantes do mundo».
Para longe de mim foi arrancada a minha morada,

como tenda de pastores.
Como tecelão eu tecia a minha vida,
mas cortaram-me a trama.
Por Vós, Senhor, viverá o meu espírito




Mateus 12,1-8.

Naquele tempo, Jesus passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas.
Os fariseus viram e disseram a Jesus: «Vê como os teus discípulos estão a fazer o que não é permitido ao sábado».
Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome?
Entrou na casa de Deus e comeu dos pães da proposição, que não era permitido comer, nem a ele nem aos seus companheiros, mas somente aos sacerdotes.
Também não lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o repouso sabático e ficam isentos de culpa?
Eu vos digo que está aqui alguém que é maior que o templo.
Se soubésseis o que significa: 'Eu quero misericórdia e não sacrifício', não condenaríeis os que não têm culpa.
Porque o Filho do homem é Senhor do sábado».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Confissões

«O Filho do Homem é senhor do sábado.»

Senhor Deus, Tu que nos cumulaste de tudo, dá-nos a paz (Is 26,12), a paz do repouso, a paz do sábado, do sábado que não tem ocaso. Porque esta bela ordem das coisas que criaste, e que são «muito boas» (Gn 1,31), passará quando tiver chegado ao termo do seu destino. Sim, elas tiveram a sua manhã e terão a sua tarde. Mas o sétimo dia não tem tarde, não tem ocaso, porque Tu o santificaste a fim de que ele dure para sempre. No termo das tuas obras «muito boas», que contudo fizeste em repouso, Tu repousaste ao sétimo dia, a fim de nos fazeres compreender que, no termo das nossas obras, que são muito boas porque foste Tu que no-las deste (Is 26,12), também nós repousaremos em Ti, no sábado da vida eterna. Então repousarás em nós como agora ages em nós; desse modo, o repouso que experimentaremos será o teu, tal como as obras que fazemos são as tuas.

Tu, Senhor, trabalhas constantemente e estás constantemente em repouso. […] Quanto a nós, chega um momento em que somos levados a fazer o bem, depois de o nosso coração o ter concebido pelo teu Espírito, enquanto anteriormente éramos levados a fazer o mal, quando Te abandonávamos. Tu, único Deus bom, nunca deixaste de fazer o bem. Algumas das nossas obras são boas – pela tua graça, é certo –, mas não são eternas; depois de as fazermos, esperamos repousar na tua inefável santificação. Mas Tu, bem que não precisa de nenhum outro bem, Tu estás constantemente em repouso, porque Tu próprio és o teu repouso.

Quem, de entre os homens, poderá dar a conhecer tudo isto ao homem? Que anjo o dará a conhecer aos anjos? Que anjo ao homem? É a Ti que devemos pedir esse conhecimento, em Ti que devemos procurá-lo, à tua porta que devemos bater. E dessa maneira sim, dessa maneira recebê-lo-emos, dessa maneira encontrá-lo-emos, dessa maneira abrir-se-á a tua porta (Mt 7,8).