quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 10 de Fevereiro de 2011
Quinta-feira da 5ª semana do Tempo Comum

Santa Escolástica, virgem, +543



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac de l'Étoile : «Jesus foi para a região de Tiro»

Leituras

Gén. 2,18-25.
O Senhor Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe
uma auxiliar semelhante a ele.»
Então, o Senhor Deus, após ter formado da terra todos os animais dos campos
e todas as aves dos céus, conduziu-os até junto do homem, a fim de
verificar como ele os chamaria, para que todos os seres vivos fossem
conhecidos pelos nomes que o homem lhes desse.
O homem designou com nomes todos os animais domésticos, todas as aves dos
céus e todos os animais ferozes; contudo, não encontrou auxiliar semelhante
a ele.
Então, o Senhor Deus fez cair sobre o homem um sono profundo; e, enquanto
ele dormia, tirou-lhe uma das suas costelas, cujo lugar preencheu de carne.

Da costela que retirara do homem, o Senhor Deus fez a mulher e conduziu-a
até ao homem.
Então, o homem exclamou: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da
minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!»
Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher;
e os dois serão uma só carne.
Estavam ambos nus, tanto o homem como a mulher, mas não sentiam vergonha.


Salmos 128(127),1-2.3.4-5.
Felizes os que obedecem ao SENHOR e andam nos seus caminhos.
Comerás do fruto do teu próprio trabalho: assim serás feliz e viverás
contente.
tua esposa será como videira fecunda na intimidade do teu lar; os teus
filhos serão como rebentos de oliveira ao redor da tua mesa.
Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao SENHOR.
SENHOR te abençoe do monte Sião! Possas contemplar a prosperidade de
Jerusalém todos os dias da tua vida,


Marcos 7,24-30.
Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e de Sídon. Entrou numa casa
e não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde passar despercebido,
porque logo uma mulher que tinha uma filha possessa de um espírito maligno,
ouvindo falar dele, veio lançar-se a seus pés.
Era gentia, siro-fenícia de origem, e pedia-lhe que expulsasse da filha o
demónio.
Ele respondeu: «Deixa que os filhos comam primeiro, pois não está bem tomar
o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.»
Mas ela replicou: «Dizes bem, Senhor; mas até os cachorrinhos comem debaixo
da mesa as migalhas dos filhos.»
Jesus disse: «Em atenção a essa palavra, vai; o demónio saiu de tua filha.»

Ela voltou para casa e encontrou a menina recostada na cama. O demónio
tinha-a deixado.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Isaac de l'Étoile (? - c. 1171), monge cistercense
Sermão 33, 1º para o 2º Domingo de Quaresma (a partir da trad. cf. SC 207, pp. 221-227)

«Jesus foi para a região de Tiro»

«Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e Sídon» (Mt 15, 21).
Quando «o Verbo Se fez homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14), saiu do
Pai para vir ao mundo (Jo 16, 28). «Ele, que é de condição divina», saiu da
Sua pátria para «Se esvaziar de Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil
2,6-7), «carne idêntica à do pecado» (Rom 8, 3), a fim de ser encontrado
pelos que saem do seu território para irem ao encontro dEle na região de
Tiro e Sídon. [...] Pois esta mulher Cananeia sai do interior do seu
território (Mt 15, 22), e encontra, na fronteira da sua região, o médico
que vem voluntariamente, que por misericórdia sai da Sua região, que com
bondade Se apresenta numa região estrangeira, ao doente que não teria
podido abordá-lO caso Ele tivesse permanecido em casa. Como Deus
bem-aventurado, justo e forte, Ele estava no alto, e era interdito ao homem
miserável subir até Ele. [...] Por conseguinte, cheio de compaixão, fez o
que correspondia à piedade: veio Ele até junto do pecador. [...]


Saiamos, por conseguinte, irmãos, saiamos, cada um por si, do lugar da
nossa própria injustiça. [...] Odiai o pecado, e então saíreis do pecado.
Odiais o pecado, e reencontrastes Cristo onde Ele se encontra. [...] Mas
direis que até isso é demasiado para vós, e que, sem a graça de Deus, é
impossível ao homem odiar o pecado, desejar a justiça, desejar não pecar e
querer arrepender-se. «Dêem graças ao Senhor, pelo seu amor e pelas suas
maravilhas em favor dos homens!» (Sl 106, 8) Com efeito, se foi pela Sua
graça que Ele Se retirou claramente para a região de Tiro e Sídon, onde a
mulher O poderia encontrar, foi também por graça que tirou secretamente
esta mulher da sua morada mais interior. [...]


Esta mulher simboliza a Igreja, predestinada eternamente, chamada e
justificada no tempo, destinada à glória no fim dos tempos (Rom 8, 30), que
sem interrupção roga pela sua filha, quer dizer, por cada um dos eleitos.




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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 09 de Fevereiro de 2011
Quarta-feira da 5ª semana do Tempo Comum

S. Miguel Febres Cordero Muñoz, religioso, +1910, Santa Apolónia, virgem, mártir, + 249, S. Romão, eremita, + séc. IV



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Afrates : «Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50, 12)

Leituras

Gén. 2,5-9.15-17.
e ainda não havia arbusto algum pelos campos, nem sequer uma planta
germinara ainda, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a
terra, e não havia homem para a cultivar,
e da terra brotava uma nascente que regava toda a superfície,
então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas
narinas o sopro da vida, e o homem transformou-se num ser vivo.
Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, ao oriente, e nele colocou
o homem que tinha formado.
O Senhor Deus fez brotar da terra toda a espécie de árvores agradáveis à
vista e de saborosos frutos para comer; a árvore da Vida estava no meio do
jardim, assim como a árvore do conhecimento do bem e do mal.
O Senhor Deus levou o homem e colocou-o no jardim do Éden, para o cultivar
e, também, para o guardar.
E o Senhor Deus deu esta ordem ao homem: «Podes comer do fruto de todas as
árvores do jardim;
mas não comas o da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque, no dia
em que o comeres, certamente morrerás.»


Salmos 104(103),1-2.27-28.29-30.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR! SENHOR, meu Deus, como Tu és grande! Estás
revestido de esplendor e majestade!
Estás envolto num manto de luz e estendeste os céus como um véu.
Todos esperam de ti que lhes dês comida a seu tempo.
Dás-lhes o alimento, que eles recolhem, abres a tua mão e saciam-se do que
é bom.
Se deles escondes o rosto, ficam perturbados; se lhes tiras o alento,
morrem e voltam ao pó donde saíram.
Se lhes envias o teu espírito, voltam à vida. E assim renovas a face da
terra.


Marcos 7,14-23.
Chamando de novo a multidão, dizia: «Ouvi-me todos e procurai entender.
Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que
sai do homem, isso é que o torna impuro.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.»
Quando, ao deixar a multidão, regressou a casa, os discípulos
interrogaram-no acerca da parábola.
Ele respondeu: «Também vós não compreendeis? Não percebeis que nada do que,
de fora, entra no homem o pode tornar impuro,
porque não penetra no coração mas sim no ventre, e depois é expelido em
lugar próprio?» Assim, declarava puros todos os alimentos.
E disse: «O que sai do homem, isso é que torna o homem impuro.
Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as
prostituições, roubos, assassínios,
adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja,
maledicência, orgulho, desvarios.
Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Afrates (?-c. 345), monge e bispo perto de Mossul, santo das igrejas ortodoxas
Demonstrações (Epístolas), n°4 (a partir da trad. SC 349, p. 292 rev.)

«Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50, 12)

A pureza do coração é uma oração mais excelente do que todas as orações
recitadas em voz alta, e o silêncio, conjugado com uma consciência sincera,
ultrapassa a voz alta do homem que grita. Portanto agora, meu amigo, dá-me
o teu coração e a tua inteligência: ouve-me falar-te da força da oração
pura e vê como os nossos pais, os justos de antigamente, ganharam prestígio
pela sua oração diante de Deus, e como esta se tornou para eles numa
oferenda pura.


Com efeito, foi pela oração que as oferendas foram aceites. Foi ela que fez
parar o dilúvio, curou a esterilidade, fez retirar exércitos, desvendou
mistérios, fendeu o mar e abriu um caminho no Jordão, reteve o sol e
imobilizou a lua, exterminou os impuros e fez cair fogo, conteve o céu,
permitiu sair da fossa, libertou do fogo e salvou do mar. A sua força é
muitíssimo considerável, como era considerável o poder do jejum puro. [...]



Efectivamente, foi, antes de mais, devido à pureza do coração Abel que a
sua oferenda foi aceite diante de Deus, enquanto a de Caim foi rejeitada
(Gn 4, 4ss.). [...] Foram os frutos do coração deste que demonstraram e
testemunharam que ele estava cheio de malícia, visto que tinha matado o seu
irmão. Com efeito, o que o seu pensamento tinha concebido, as suas mãos o
tornaram realidade; mas a pureza do coração de Abel estava na sua oração.




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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 08 de Fevereiro de 2011
Terça-feira da 5ª semana do Tempo Comum

S. Jerónimo Emiliano, presbítero, +1537, Santa Josefina Bakhita, religiosa, +1947



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa de Ávila : «Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim»

Leituras

Gén. 1,20-31.2,1-4.
Deus disse: «Que as águas sejam povoadas de inúmeros seres vivos, e que por
cima da terra voem aves, sob o firmamento dos céus.»
Deus criou, segundo as suas espécies, os monstros marinhos e todos os seres
vivos que se movem nas águas, e todas as aves aladas, segundo as suas
espécies. E Deus viu que isto era bom.
Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos e enchei as águas do
mar e multipliquem-se as aves sobre a terra.»
Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia.
Deus disse: «Que a terra produza seres vivos, segundo as suas espécies,
animais domésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies.» E
assim aconteceu.
Deus fez os animais ferozes, segundo as suas espécies, os animais
domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra, segundo
as suas espécies. E Deus viu que isto era bom.
Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa
semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela
terra.»
Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os
criou homem e mulher.
Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e
dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e
sobre todos os animais que se movem na terra.»
Deus disse: «Também vos dou todas as ervas com semente que existem à
superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para
que vos sirvam de alimento.
E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres
vivos que existem e se movem sobre a terra, igualmente dou por alimento
toda a erva verde que a terra produzir.» E assim aconteceu.
Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim, surgiu a tarde
e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.
Foram assim terminados os céus e a Terra e todo o seu conjunto.
Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou, no
sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado.
Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o, visto ter sido nesse dia que Ele
repousou de toda a obra da criação.
Esta é a origem da criação dos céus e da Terra. Quando o Senhor Deus fez a
Terra e os céus,


Salmos 8,4-5.6-7.8-9.
Quando contemplo os céus, obra das tuas mãos, a Lua e as estrelas que Tu
criaste:
que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te
preocupares?
Quase fizeste dele um ser divino; de glória e de honra o coroaste.
Deste lhe domínio sobre as obras das tuas mãos, tudo submeteste a seus pés:
rebanhos e gado, sem excepção, e até mesmo os animais bravios;
as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que percorre os caminhos do
oceano.


Marcos 7,1-13.
Os fariseus e alguns doutores da Lei vindos de Jerusalém reuniram-se à
volta de Jesus,
e viram que vários dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto
é, por lavar.
É que os fariseus e todos os judeus em geral não comem sem ter lavado e
esfregado bem as mãos, conforme a tradição dos antigos;
ao voltar da praça pública, não comem sem se lavar; e há muitos outros
costumes que seguem, por tradição: lavagem das taças, dos jarros e das
vasilhas de cobre.
Perguntaram-lhe, pois, os fariseus e doutores da Lei: «Porque é que os teus
discípulos não obedecem à tradição dos antigos e tomam alimento com as mãos
impuras?»
Respondeu: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando
escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de
mim.
Vazio é o culto que me prestam e as doutrinas que ensinam não passam de
preceitos humanos.
Descurais o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens.»

E acrescentou: «Anulais a vosso bel-prazer o mandamento de Deus, para
observardes a vossa tradição.
Pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe; e ainda: Quem amaldiçoar o pai
ou a mãe seja punido de morte.
Vós, porém, dizeis: Se alguém afirmar ao pai ou à mãe: 'Declaro Qorban'
isto é, oferta ao Senhor aquilo que poderias receber de mim...,
nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe,
anulando a palavra de Deus com a tradição que tendes transmitido. E fazeis
muitas outras coisas do mesmo género.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja
O Caminho da perfeição, cap. 28, 9-11 (a partir da trad. OC, Cerf 1995, p. 805)

«Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim»

Imaginemos que há em nós um palácio de imensa riqueza, todo construído em
ouro e pedras preciosas, digno do Mestre a Quem pertence. Em seguida,
pensai, minhas irmãs, que a beleza deste edifício também depende de vós. É
verdade, pois haverá edifício mais belo do que uma alma pura e cheia de
virtudes? E quanto maiores forem, mais resplandecem as pedrarias. Por fim,
pensai que neste palácio habita este grande Rei que quis tornar-Se nosso
Pai; Ele senta-Se num trono de grande valor, que é o vosso coração.
[...]


Podereis rir-vos de mim e dizer que isto é muito claro. Tendes razão, mas
isto foi obscuro para mim durante um certo tempo. Eu compreendia que tinha
uma alma, mas a estima que esta alma merecia, a dignidade d'Aquele que a
habitava era algo que eu não compreendia. As vaidades da vida eram como uma
venda que colocava sobre os olhos. Se eu tivesse percebido, como percebo
hoje, que naquele pequeno palácio da minha alma habita um Rei tão grande,
não O teria deixado só tantas vezes; teria ficado de tempos a tempos perto
d'Ele e teria feito o necessário para que o palácio estivesse menos sujo.
Como é admirável pensar que Aquele cuja grandeza encheria mil mundos, e
muito mais, cabe numa morada tão pequena!




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