quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 16 de Dezembro de 2010
Quinta-feira da 3a semana do Advento

Santa Albina, Santo Eusébio, papa, mártir, +309, Santa Adelaide (ou Alice), imperatriz da Alemanha, +999, Beata Maria do Anjos, virgem, +1717



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Charles de Foucauld : «Que fostes ver ao deserto?»

Leituras

Is. 54,1-10.
Exulta de alegria, estéril, tu que não tinhas filhos, entoa cânticos de
júbilo, tu que não davas à luz, porque os filhos da desamparada são mais
numerosos do que os da mulher casada. É o SENHOR quem o diz.
Alarga o espaço da tua tenda, estende sem medo as lonas que te abrigam, e
estica as tuas cordas, fixa bem as tuas estacas,
porque vais aumentar por todos os lados. Os teus descendentes possuirão as
nações, e povoarão cidades desertas.
Não tenhas medo, porque não voltarás a ser humilhada. Não te envergonhes,
porque não voltarás a ser desonrada. Esquecer-te-ás da vergonha do teu
estado de solteira, e não te lembrarás do opróbrio da tua viuvez.
Com efeito, o teu criador é que é o teu esposo, o seu nome é SENHOR do
universo. O teu redentor é o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a
terra.
O SENHOR chamou-te novamente como a uma mulher abandonada e angustiada. Na
verdade, como se pode repudiar a esposa da juventude? É o teu Deus quem o
diz.
Por um curto momento Eu te abandonei, mas, com grande amor, volto a unir-me
contigo.
Num acesso de ira, e por um instante, escondi de ti a minha face, mas Eu
tenho por ti um amor eterno. É o SENHOR teu redentor quem o diz.
Vou agir como no tempo de Noé: jurei que nunca mais o dilúvio se abateria
sobre a terra. Do mesmo modo, juro nunca mais me irritar contra ti, nem te
ameaçar.
Ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, o meu amor por ti
nunca mais será abalado, e a minha aliança de paz nunca mais vacilará. Quem
o diz é o SENHOR, que tanto te ama.


Salmos 30,2.4.5-6.11-12.13.
SENHOR, eu te enalteço, porque me salvaste e não permitiste que os inimigos
se rissem de mim.
SENHOR, livraste a minha alma da mansão dos mortos, poupaste me a vida,
para eu não descer ao túmulo.
Cantai salmos ao SENHOR, vós que o amais, e dai-lhe graças, lembrando a sua
santidade.
A sua indignação dura apenas um instante, mas a sua benevolência é para
toda a vida. Ao cair da noite, vem o pranto; e, ao amanhecer, volta a
alegria.
Ouve me, SENHOR, tem compaixão de mim; SENHOR, vem em meu auxílio.
Tu converteste o meu pranto em festa, tiraste me o luto e vestiste me de
júbilo.
Por isso o meu coração te cantará sem cessar. SENHOR, meu Deus, eu te
louvarei para sempre.


Lucas 7,24-30.
Depois de os mensageiros de João se terem retirado, Jesus começou a dizer à
multidão acerca dele: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo
vento?
Que fostes ver, então? Um homem vestido com roupas finas? Os que usam
trajes sumptuosos vivem regaladamente e estão nos palácios dos reis.
Que fostes ver, então? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais do que um
profeta.
É aquele de quem está escrito: 'Vou mandar à tua frente o meu mensageiro,
que preparará o caminho diante de ti.'
Digo-vos: Entre os nascidos de mulher não há profeta maior do que João;
mas, o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.»
E todo o povo que o escutou, bem como os cobradores de impostos,
reconheceram a justiça de Deus, recebendo o baptismo de João.
Mas, não se deixando baptizar por ele, os fariseus e os doutores da Lei
anularam os desígnios de Deus a seu respeito.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Carta ao Padre Jerónimo de 19 de Maio 1898

«Que fostes ver ao deserto?»

É preciso passar pelo deserto e aí permanecer para receber a graça de Deus;
é lá que nos esvaziamos, que extraímos de nós tudo o que não é de Deus e
que esvaziamos completamente esta pequena casa da nossa alma para deixar
todo o espaço apenas para Deus. Os judeus passaram pelo deserto, Moisés
viveu lá antes de receber a sua missão, São Paulo e São João Crisóstomo
prepararam-se no deserto. [...] É um tempo de graça, é um período pelo qual
toda a alma que quer produzir frutos tem necessariamente de passar. Ela
precisa deste silêncio, deste recolhimento, deste esquecimento de todo o
criado, no meio dos quais Deus estabelece o Seu reino e forma nela o
espírito interior: a vida íntima com Deus, a conversa da alma com Deus na
fé, na esperança e na caridade. Mais tarde, a alma produzirá frutos
exactamente na medida em que o homem interior se tiver formado nela (Ef 3,
16). [...]


Não se dá o que se não tem e é na solidão, nesta vida apenas e só com Deus,
neste recolhimento profundo da alma que esquece tudo para viver
exclusivamente em união com Deus, que Deus Se dá inteiramente àquele que se
dá assim a Ele. Dai-vos inteiramente somente a Ele [...] e Ele Se dará
inteiramente a vós. [...] Vede São Paulo, São Bento, São Patrício, São
Gregório Magno e tantos outros, quão longos tempos de recolhimento e de
silêncio! Subi mais acima: olhai para São João Baptista, olhai para Nosso
Senhor. Nosso Senhor não tinha necessidade disso, mas quis dar-nos o
exemplo.




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33catolico a serviço da Igreja

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Unção dos Enfermos – Igreja Católica

Posted: 15 Dec 2010 03:23 AM PST

Ungir os doentes: Quando? De que modo?

É bom e muito conveniente ungir os doentes. É uma ordem do Senhor. É prática muito antiga. Em primeiro lugar, porque o óleo – sobretudo de oliva – foi sempre considerado um remédio.

Na parábola contada por Jesus, o bom samaritano unge com óleo as feridas do homem caído à beira da estrada e nelas derrama vinho, também considerado bom remédio; eu diria que óleo e cura sempre estiveram relacionados, desde que o ser humano existe. Aliás, o óleo tinha também um sentido sagrado, como você pode constatar na Bíblia: era usado para ungir os reis e os sumos sacerdotes.

O próprio Jesus é chamado o "Ungido do Senhor", ou, em grego, o "Cristo", que tem precisamente o significado de "ungido"; daí também vem o sacramento da Crisma, ocasião em que se usa o óleo consagrado pelo bispo na quinta-feira santa. Aliás, nesse mesmo dia, o bispo também benze o óleo dos enfermos, pois o gesto de ungir os doentes e orar sobre eles e por eles é um dos sete sacramentos da Igreja.

Não é de admirar, pois, que através dos tempos o óleo tenha sido sempre levado em grande consideração, como alimento e como remédio. Ele se presta muito bem para significar a graça da cura espiritual que é a graça própria do sacramento da Unção dos Enfermos.
Você sabe que os sete sacramentos são sete ritos queridos por Cristo e pela sua Igreja para comunicar a graça divina, a força de Deus, a salvação. Cada sacramento tem um rito diferente precisamente porque significa e comunica uma graça diferente, conforme as necessidades da pessoa que recebe o sacramento. É assim que, no caso do doente, ele precisa de alívio para o sofrimento (que não é somente causado por problemas de ordem orgânica, mas também de ordem psicológica, moral e espiritual), precisa de conforto, de serenidade, de paz.

O sacramento da Unção dos Enfermos tem exatamente esta finalidade, proporciona esta graça, às vezes até mesmo a cura física, como a experiência tem mostrado. Não confunda, porém, o sacramento da Unção dos Enfermos com certas unções de doentes que são feitas em caráter religioso particular por pessoas, movimentos, associações, comunidades...

A Unção dos enfermos enquanto sacramento só pode ser administrada pelo padre ou pelo bispo, não pelo diácono, nem pelos leigos/as. A razão disto está nas palavras de São Tiago, que diz: "Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja e que estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará, e se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados" (Tiago 5,14-15).

Será que Jesus mandava ungir os doentes?

Sim. Quando os apóstolos foram enviados por Ele para anunciar o Evangelho, São Marcos diz: "Eles partiram e pregavam o arrependimento, expulsavam numerosos demônios, ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos" (Marcos 6,12-13). De fato, Jesus, tinha dado esta ordem aos seus: "Curai os enfermos" (Mateus 10,8). Depois da ressurreição, Ele ainda disse a respeito dos apóstolos: "Em meu nome, eles imporão as mãos sobre os enfermos e estes ficarão curados" (Marcos 16,17-18). Os doentes sempre foram objeto de cuidados especiais do Senhor: basta prestar atenção na leitura do Evangelho.

É normal, portanto, que também a Igreja, por vontade e a exemplo de seu Fundador e Mestre, tenha especial carinho para com os doentes e lhes administre, não só os cuidados materiais, mas particularmente os espirituais por meio do sacramento da Unção dos Enfermos.

Em outros tempos, esse sacramento era dito Extrema Unção. É que, aos poucos, entrou o conceito de que a Unção dos Enfermos se destinava a quem estava muito, muito grave, praticamente moribundo; daí que passou a ser chamado de Extrema Unção, pois de fato era "extrema", isto é, última; não era assim, porém, nos inícios do cristianismo.

Disso resultou algo pastoralmente muito negativo: receber a Extrema Unção era praticamente anunciar a morte próxima; por isso, chamar o padre era assustar o doente; era melhor chamá-lo quando estivesse em coma ou, simplesmente, não chamá-lo. Está bem que a Igreja faz de tudo para ajudar quem está em perigo de morte (razão pela qual se ela dá – sob condição – a Unção, mesmo a quem acabou de expirar); mas não é este o ideal. O ideal é que qualquer sacramento seja recebido conscientemente e com fé. Por isso, não é conveniente esperar o fim da vida para ungir um doente; afinal, trata-se da unção dos enfermos, não dos moribundos...

Pois bem, o que se deve entender por "enfermo"?

Quem responde é o Catecismo da Igreja Católica: "A Unção dos Enfermos não é sacramento só dos que estão prestes a morrer. Por isso, o tempo oportuno para recebê-la é certamente quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte. Se um doente que recebeu a Unção recupera a saúde, pode, em caso de nova enfermidade grave, receber outra vez este sacramento. No decurso da mesma doença, este sacramento pode ser repetido se o mal se agrava. É conveniente receber a Unção dos Enfermos antes duma operação cirúrgica importante. E o mesmo se diga a respeito das pessoas de idade, cuja fragilidade se acentua". (Números 1514-1515).

Por aí você vê como comportar-se concretamente. Claro, isto vai depender tanto do espírito cristão do doente quanto do de seus familiares; sem espírito cristão, será difícil fazer compreender a importância do sacramento da Unção dos Enfermos. Evidentemente, este sacramento é útil também às pessoas que clinicamente estão desenganadas, especialmente para que tenham força, paciência e coragem em suportar a doença e se preparar para o encontro com Deus. Jesus, em sua misericórdia por nós, preparou um sacramento específico para confortar-nos nas doenças.

Este sacramento leva o enfermo a se tornar participante dos sofrimentos que Jesus padeceu na cruz; o doente ungido torna-se uma imagem de Jesus Crucificado: não é confortador para a fé? Por meio deste sacramento, é a Igreja inteira que entrega os doentes aos cuidados de Jesus sofredor para que os alivie e salve; por sua vez, a Igreja convida os doentes a se unirem a Jesus Crucificado e a oferecer seus sofrimentos pela salvação do mundo.

Para terminar, é bom saber como a Unção dos Enfermos é administrada.

Como lembrei acima, único ministro desse sacramento é o sacerdote (padre ou bispo). O padre usa um óleo abençoado para esta finalidade pelo bispo na quinta-feira santa e unge o doente na fronte e nas mãos enquanto reza: "Por esta santa Unção e pela sua piíssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos". Antes de ungir o doente, é importante que ele, podendo, receba os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia.

Se o doente estiver consciente, o padre o convida a arrepender-se e lhe dará a absolvição; se não estiver consciente, o padre o absolverá assim mesmo, na suposição de que quem foi bom cristão certamente deseja receber o perdão dos pecados; em caso de dúvida, dará a absolvição sob condição.

Finalmente, é bom saber que o sacramento próprio de quem está para morrer é a Eucaristia, que é chamada de "Viático" (via = caminho), pois, ao partirmos deste mundo, é Jesus em pessoa, na Eucaristia, quem vem ao nosso encontro e se faz nosso companheiro no caminho que nos leva de volta para o Pai.

Texto: Dom Hilário Moser
Fonte: domhilario.blogspot.com

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Liturgia Diária 15/12/2010 - Igreja Católica

Posted: 15 Dec 2010 02:39 AM PST

Liturgia Diária 15/12/2010 - Igreja Católica
3ª Semana do Advento – QUARTA-FEIRA
3ª Semana do Saltério - Ano Litúrgico "A"
Prefácio do Advento I – Ofício do dia


Meditando: Hebreus 2,3; 1º Coríntios - O Senhor vai chegar, não tardará: há de iluminar oque as trevas ocultam e se manifestará a todos os povos.

Oração do Dia: Concedei-nos, ó Deus onipotente, que as próximas festas do vosso Filho nos sejam remédio nesta vida e prêmio na vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Intenções do mês de DEZEMBRO:

Geral: Para que a experiência do sofrimento seja ocasião de compreender situações difíceis e dolorosas pelas quais passam as pessoas sozinhas, os idosos e os enfermos, estimulando todos a ir generosamente ao encontro deles. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Missionária: Para que os povos da terra abram suas portas a Cristo e a seu evangelho de paz, fraternidade e justiça.  Amém.

Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.

Tempo do Advento: O Advento é um tempo de preparação com dupla finalidade:
1.    Recordar a primeira vinda de Jesus trazendo a salvação para a humanidade, por isso Advento é tempo de alegria.
2.    Anunciar a segunda vinda gloriosa de Jesus, por isso, Advento é também tempo de expectativa, é tempo de redobrarmos a oração, de exercitarmos a nossa fé para não nos desviarmos do caminho de Deus.

Advento é tempo de conversão, devemos nos fazer pequenos e pobres, para podermos reconhecer Jesus como único Senhor e devemos nos esvaziar de tudo que nos afasta de Deus para poder nos encher com sua misericórdia.

O Tempo do Advento começa nas primeiras Vésperas do domingo que sucede ao dia 30 de novembro - ou o mais próximo desta data - e termina antes das primeiras Vésperas do Natal. Devido a variação na data de início do Tempo do Advento a duração do mesmo pode ser de 3 ou 4 semanas. O período de 17 a 24 de dezembro estabelece uma maior preparação para o Natal.


Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 45,6b-8.18.21b-25
Céus, deixai cair orvalho das alturas
"Eu sou o Senhor, não há outro, eu formei a luz e criei as trevas, crio o bem-estar e as condições de mal-estar: sou o Senhor que faço todas essas coisas. Céus, deixai cair orvalho das alturas, e que as nuvens façam chover justiça; abra-se a terra e germine a salvação; brote igualmente a justiça: eu, o Senhor, a criei".

Isto diz o Senhor que criou os céus, o próprio Deus que fez a terra, a conformou e consolidou; não a criou para ficar vazia, formou-a para ser habitada: "Sou eu o Senhor, e não há outro. Acaso não sou eu o Senhor? E não há um Deus justo, e que salve, a não ser eu.

Povos de todos os confins da terra, voltai-vos para mim e sereis salvos, eu sou Deus, e não há outro. Juro por mim mesmo: de minha boca sai o que é justo, a palavra que não volta atrás; todo joelho há de dobrar-se para mim, por mim há de jurar toda língua, dizendo: Somente no Senhor residem justiça e força. Comparecerão perante ele, envergonhados, todos os que lhe resistem; no Senhor será justificada e glorificada toda a descendência de Israel. - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: Para Isaías toda a história da humanidade é guiada por Deus. A salvação depende de uma profunda intimidade do Criador com sua criatura. Deus deseja operar todo a justiça e despejar toda a graça, mas para que isso aconteça é necessário que a humanidade esteja aberta a acolher Deus como único Senhor.

Jesus nos mostra que devemos estar para com Deus, assim como um filho está para seu pai. Deus que é Pai e Criador, quer dar plenitude a Sua obra através de nós, devemos ser os instrumentos para a implantação definitiva do Reino de Deus. (33catolico)

Salmo: 84 (85)
Que os céus lá do alto derramem o orvalho,
que chova das nuvens o Justo esperado!
Quero ouvir o que o Senhor irá falar:
é a paz que ele vai anunciar;
a paz para o seu povo e seus amigos,
para os que voltam ao Senhor seu coração.
Está perto a salvação dos que o temem,
e a glória habitará em nossa terra.

A verdade e o amor se encontrarão,
a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade,
e a justiça olhará dos altos céus.

O Senhor nos dará tudo o que é bom,
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
a justiça andará na sua frente
e a salvação há de seguir os passos seus.

Evangelho segundo São Lucas 7,19-23
Ide contar a João o que vistes e ouvistes.
Naquele tempo, João convocou dois de seus discípulos, e mandou-os perguntar ao Senhor: És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro? Eles foram ter com Jesus, e disseram: João Batista nos mandou a ti para perguntar: 'És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro? Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista.

Então, Jesus lhes respondeu: "Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres. É feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!" - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho: Foram séculos de espera. O Senhor Yahweh prometera enviar o seu Ungido, que nos libertaria e nossos grilhões e mostraria o caminho para o Pai. Nos sonhos dos patriarcas e nos oráculos dos profetas, a figura do Messias Salvador se repetira ao longo de tantas gerações!

Como seria ele? Talvez como o arco-íris no céu azul de Noé... Talvez como o Isaac obediente que se abandonara a Abraão... Talvez como José, vendido pelos irmãos... Talvez o "filho do homem" entrevisto por Daniel... Talvez o "anjo da aliança" prometido por Malaquias... Certamente o Servo sofredor de Isaías...

Agora, os tempos estão maduros. O Batizador garantiu que o Messias estava ao alcance de todos. O reino de Deus estava próximo. E é ele mesmo, João Batista, quem envia seus discípulos, pedagogicamente, com aquela pergunta reveladora: "És tu mesmo o que devia vir? Ou devemos esperar por outro?"

Como é atual esta pergunta! Jesus já veio, morreu por nós e ressuscitou. Em sua vida pública, cumpriu os "sinais" anunciados pela Primeira Aliança. Ligou de novo o céu e a terra, como o arco-íris após o dilúvio universal. Deixou-se atar para o sacrifício, como Isaac. Foi vendido pelos homens, cuja carne assumira. E durante sua vida pública, curou os enfermos, libertou os possessos, limpou os leprosos, abriu o ouvido aos surdos e devolveu a visão aos cegos.

Ainda assim, há quem espere por outro... Esperam por outros sinais, por novos profetas, pelo Maitreya da Nova Era e pelo primeiro anticristo de plantão. Consideram Cristo ultrapassado, um anti-herói fracassado, incapaz de lhes dar a esperada "salvação". Esperam por um líder vitorioso, que a todos conceda o Reino deste mundo, o reino de César, de preferência em moeda sonante ou sob a forma de prazeres sem dores, progresso sem esforço, paz sem cruz, com o máximo de conforto e comodidade...

E nós? Ainda esperamos por outro salvador? Ou nos basta a Vítima do Calvário, que nos deu o sangue até a última gota, mostrando que o amor se sacrifica para que os amados tenham a Vida?

É Jesus quem nos faz a oferta registrada no Apocalipse: "A quem tem sede, eu darei gratuitamente a beber da fonte da água viva." (Ap 21, 6b.)

A quem seguiremos?

Fonte: CNBB – Missal Cotidiano – Com. Católica Nova Aliança
Comentário do Evangelho: Antonio Carlos Santini

Adaptação: 33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Santa Virgínia Centurione Bracelli – Igreja Católica

Posted: 15 Dec 2010 02:06 AM PST

  • Nasceu em 2 de abril de 1587 em Gênova.
  • Em 1626, fundou as Cem Damas da Misericórdia, Protetoras dos Pobres de Jesus Cristo.
  • Faleceu aos 64 anos, em 15 de dezembro de 1651.
  • Beatificado em 22 de setembro de 1985 pelo Papa João Paulo II.
  • Canonizado pelo Papa João Paulo II em 18 de maio de 2003.
  • Sua festa litúrgica celebra-se a 15 de dezembro.
  • Fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário/Genova, e a Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário/Roma.



 


 
VIDA:



Virgínia Centurione, nasceu em 2 de abril de 1587 e foi batizada dois dias após o seu nascimento. Filha de uma família muito rica, de um doge da República de Gênova. O pai, Giorgio Centurione, era um conselheiro da República. A mãe, Leila Spinola, era uma dama da sociedade, católica fervorosa e atuante nas obras de caridade aos pobres. Propiciou à filha uma infância reservada, pia e voltada para os estudos.

Mesmo com vocação para a vida religiosa, Virgínia teve de casar em 10 de dezembro de 1602, aos quinze anos, por vontade paterna, com Gaspar Grimaldi Bracelli, nobre também muito rico. Teve duas filhas, Leila e Isabela. Esposa dedicada, cuidou do marido na longa enfermidade que o acometeu, a tuberculose. Levou-o, mesmo, para a Alexandria, em busca da cura para a doença, o que não aconteceu. Gaspar morreu em 13 de junho de 1607 em Alessandria, feliz por sempre ter sido assistido por ela.

Ficou viúva aos 20 anos. Assim em 1610, a jovem, entendeu o fato como um chamado direto de Deus. Era vontade de Deus que ela o servisse através dos mais pobres. Por isso conciliou os seus deveres do lar, de mãe e de administradora com essa sua particular motivação. O objeto de sua atenção, e depois sua principal atividade, era a organização de uma rede completa de serviços de assistência social aos marginalizados. O intuito era que não tivessem qualquer possibilidade de ofender a Deus, dando-lhes condições para o trabalho e o sustento com suas próprias mãos.

Desenvolvia e promovia as "Obras das Paróquias Pobres" das regiões rurais conseguindo doações em dinheiro e roupas. Mais tarde, com as duas filhas já casadas, passou a dedicar-se, também, ao atendimento dos menores carentes abandonados, dos idosos e dos doentes. Fundou uma escola de treinamento profissional para os jovens pobres. Numa fria noite de inverno, quando à sua porta bateu uma menina abandonada pedindo acolhida, sentiu uma grande inspiração, que só pôs em prática após alguns anos de amadurecimento.

A guerra entre a República Ligure e o Duque de Savoia, auxiliado pela França, semeando a desocupação e a fome, induziu Virgínia, no inverno de 1624-1625, a acolher, inicialmente em casa, cerca quinze jovens abandonadas. Com a morte da sogra em agosto de 1625, começou a receber, não somente as jovens que chegavam espontaneamente, mas ela mesma saiu pela cidade, indo aos quarteirões mal afamados, em busca daquelas mais necessitadas e em perigo de corrupção.

Finalmente, em 1626, doou todos os seus bens aos pobres, fundou as "Cem Damas da Misericórdia, Protetoras dos Pobres de Jesus Cristo" e entrou para a vida religiosa. Enquanto explicava o catecismo às crianças, pregava o Evangelho. As inúmeras obras fundadas encontravam um ponto de encontro nas chamadas "Obras de Nossa Senhora do Refúgio", que instalou num velho convento do monte Calvário em 14 de abril de 1631.

Desejando dar à Obra, uma sede própria, após ter renunciado a compra do Monte Calvário por exigir um preço muito alto, comprou duas casas vizinhas sobre o morro de Carignano que, com a construção de uma nova ala e da igreja dedicada à Nossa Senhora do Refúgio, tornou-se a Casa Madre da Obra. Logo o local ficou pequeno para as "filhas" com hábito e as "filhas" sem hábito, todas financiadas pelas ricas famílias genovesas. Ela, então, fundou outra Casa, depois mais outra e, assim, elas se multiplicaram. Após três anos, a Obra já possuía três casas, com cerca trezentas internas. Virgínia então julgou oportuno, pedir o reconhecimento oficial ao Senado da República que o concedeu aos 13 de dezembro de 1635.

A sua atividade era incrível, só explicável pela fé e total confiança em Deus. Virgínia foi uma grande mística, mas diferente; agraciada com dons especiais, como êxtases, visões, conversas interiores, assimilava as mensagens divinas e as concretizava em obras assistenciais. No seu legado, não incluiu obras escritas. Morreu no dia 15 de dezembro de 1651, com sessenta e quatro anos de idade, com fama de santidade, na Casa-mãe de Carignano, em Gênova. A devoção aumentou em 1801, quando seu túmulo foi aberto e seu corpo encontrado intacto, como se estivesse apenas dormindo. Reavivada a fé, as graças por sua intercessão intensificaram-se em todo o mundo.

Duas congregações distintas e paralelas caminham pelo mundo, projetando o carisma de sua fundadora: a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário, com sede em Gênova; e a Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário, com sede em Roma. Virgínia foi beatificada em 22 de setembro de 1985. O mesmo papa que a beatificou, João Paulo II, declarou-a santa em 18 de maio de 2003. O seu corpo é venerado na capela da Casa-mãe da Congregação, em Gênova, com uma festa especial no dia de sua morte. Mas suas "irmãs" e "filhas" também a homenageiam no dia 7 de maio, data em que santa Virgínia Centurione Bracelli vestiu hábito religioso.

ORAÇÃO:

Ó Deus, fonte de todo bem, que nos fazeis participantes do Vosso Espírito de vida, nós Vos agradecemos por terdes concedido a Santa Virginia a chama viva do amor por Vós e pelos irmãos, sobretudo pelos pobres e indefesos, imagem do Vosso Filho crucificado. Concedei-nos viver a sua experiência na prática da misericórdia, da acolhida e do perdão, e, por sua intercessão a graça que agora Vos pedimos (fazer o pedido). Por Cristo Nosso Senhor. Amém. Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

FONTE:
·         Edições Paulinas
·         Vaticano
·         Wikipédia
·         hsv.org.br

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo