quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 16 de Dezembro de 2010
Quinta-feira da 3a semana do Advento

Santa Albina, Santo Eusébio, papa, mártir, +309, Santa Adelaide (ou Alice), imperatriz da Alemanha, +999, Beata Maria do Anjos, virgem, +1717



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Charles de Foucauld : «Que fostes ver ao deserto?»

Leituras

Is. 54,1-10.
Exulta de alegria, estéril, tu que não tinhas filhos, entoa cânticos de
júbilo, tu que não davas à luz, porque os filhos da desamparada são mais
numerosos do que os da mulher casada. É o SENHOR quem o diz.
Alarga o espaço da tua tenda, estende sem medo as lonas que te abrigam, e
estica as tuas cordas, fixa bem as tuas estacas,
porque vais aumentar por todos os lados. Os teus descendentes possuirão as
nações, e povoarão cidades desertas.
Não tenhas medo, porque não voltarás a ser humilhada. Não te envergonhes,
porque não voltarás a ser desonrada. Esquecer-te-ás da vergonha do teu
estado de solteira, e não te lembrarás do opróbrio da tua viuvez.
Com efeito, o teu criador é que é o teu esposo, o seu nome é SENHOR do
universo. O teu redentor é o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a
terra.
O SENHOR chamou-te novamente como a uma mulher abandonada e angustiada. Na
verdade, como se pode repudiar a esposa da juventude? É o teu Deus quem o
diz.
Por um curto momento Eu te abandonei, mas, com grande amor, volto a unir-me
contigo.
Num acesso de ira, e por um instante, escondi de ti a minha face, mas Eu
tenho por ti um amor eterno. É o SENHOR teu redentor quem o diz.
Vou agir como no tempo de Noé: jurei que nunca mais o dilúvio se abateria
sobre a terra. Do mesmo modo, juro nunca mais me irritar contra ti, nem te
ameaçar.
Ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, o meu amor por ti
nunca mais será abalado, e a minha aliança de paz nunca mais vacilará. Quem
o diz é o SENHOR, que tanto te ama.


Salmos 30,2.4.5-6.11-12.13.
SENHOR, eu te enalteço, porque me salvaste e não permitiste que os inimigos
se rissem de mim.
SENHOR, livraste a minha alma da mansão dos mortos, poupaste me a vida,
para eu não descer ao túmulo.
Cantai salmos ao SENHOR, vós que o amais, e dai-lhe graças, lembrando a sua
santidade.
A sua indignação dura apenas um instante, mas a sua benevolência é para
toda a vida. Ao cair da noite, vem o pranto; e, ao amanhecer, volta a
alegria.
Ouve me, SENHOR, tem compaixão de mim; SENHOR, vem em meu auxílio.
Tu converteste o meu pranto em festa, tiraste me o luto e vestiste me de
júbilo.
Por isso o meu coração te cantará sem cessar. SENHOR, meu Deus, eu te
louvarei para sempre.


Lucas 7,24-30.
Depois de os mensageiros de João se terem retirado, Jesus começou a dizer à
multidão acerca dele: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo
vento?
Que fostes ver, então? Um homem vestido com roupas finas? Os que usam
trajes sumptuosos vivem regaladamente e estão nos palácios dos reis.
Que fostes ver, então? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais do que um
profeta.
É aquele de quem está escrito: 'Vou mandar à tua frente o meu mensageiro,
que preparará o caminho diante de ti.'
Digo-vos: Entre os nascidos de mulher não há profeta maior do que João;
mas, o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.»
E todo o povo que o escutou, bem como os cobradores de impostos,
reconheceram a justiça de Deus, recebendo o baptismo de João.
Mas, não se deixando baptizar por ele, os fariseus e os doutores da Lei
anularam os desígnios de Deus a seu respeito.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Carta ao Padre Jerónimo de 19 de Maio 1898

«Que fostes ver ao deserto?»

É preciso passar pelo deserto e aí permanecer para receber a graça de Deus;
é lá que nos esvaziamos, que extraímos de nós tudo o que não é de Deus e
que esvaziamos completamente esta pequena casa da nossa alma para deixar
todo o espaço apenas para Deus. Os judeus passaram pelo deserto, Moisés
viveu lá antes de receber a sua missão, São Paulo e São João Crisóstomo
prepararam-se no deserto. [...] É um tempo de graça, é um período pelo qual
toda a alma que quer produzir frutos tem necessariamente de passar. Ela
precisa deste silêncio, deste recolhimento, deste esquecimento de todo o
criado, no meio dos quais Deus estabelece o Seu reino e forma nela o
espírito interior: a vida íntima com Deus, a conversa da alma com Deus na
fé, na esperança e na caridade. Mais tarde, a alma produzirá frutos
exactamente na medida em que o homem interior se tiver formado nela (Ef 3,
16). [...]


Não se dá o que se não tem e é na solidão, nesta vida apenas e só com Deus,
neste recolhimento profundo da alma que esquece tudo para viver
exclusivamente em união com Deus, que Deus Se dá inteiramente àquele que se
dá assim a Ele. Dai-vos inteiramente somente a Ele [...] e Ele Se dará
inteiramente a vós. [...] Vede São Paulo, São Bento, São Patrício, São
Gregório Magno e tantos outros, quão longos tempos de recolhimento e de
silêncio! Subi mais acima: olhai para São João Baptista, olhai para Nosso
Senhor. Nosso Senhor não tinha necessidade disso, mas quis dar-nos o
exemplo.




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