segunda-feira, 16 de março de 2015

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 17 de Março de 2015

Terça-feira da 4ª semana da Quaresma

S. Patrício, bispo, +461, Beata Bárbara Maix, religiosa, +1873

Comentário do dia
Odes de Salomão : «A água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna» (Jo 4,14)

Ezeq. 47,1-9.12.

Naqueles dias, o Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta saía água, em direção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada para o Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do templo, ao sul do altar.
O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e contornar o templo por fora, até à porta exterior, que está voltada para o Oriente. As águas corriam do lado direito.
Depois saiu na direção do Oriente com uma corda na mão; mediu mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos tornozelos.
Mediu outros mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos joelhos. Mediu ainda mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me à cintura.
Por fim, mediu mais mil côvados: era uma torrente que eu não podia atravessar. As águas tinham aumentado até se perder o pé, formando um rio impossível de transpor.
Disse-me então o Anjo: «Viste, filho do homem?» E fez-me voltar para a margem da torrente.
Quando cheguei, vi nas margens da torrente uma grande quantidade de árvores, de um e outro lado.
O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce até Arabá e entra no mar, para que as suas águas se tornem salubres.
Em toda a parte aonde chegar esta torrente, todo o ser vivo que nela se move terá novo alento e o peixe será muito abundante. Porque aonde esta água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a parte aonde chegar esta torrente.
À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de árvores de fruto: a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus frutos. Todos os meses darão frutos novos, porque as águas vêm do santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».


Salmos 46(45),2-3.5-6.8-9.

Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
auxílio sempre pronto na adversidade.
Por isso nada receamos, ainda que a terra vacile
e os montes se precipitem no fundo do mar.

Os braços dum rio alegram a cidade de Deus,
a mais santa das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela e a torna inabalável,
Deus a protege desde o romper da aurora.

O Senhor dos Exércitos está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.
Vinde e contemplai as obras do Senhor,
as maravilhas que realizou na terra.




João 5,1-16.

Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém.
Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos.
e neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos.

Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos.
Ao vê-lo deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?»
O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda».
No mesmo instante o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora aquele dia era sábado.
Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado: não podes levar a tua enxerga».
Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou disse-me: 'Toma a tua enxerga e anda'».
Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: 'Toma a tua enxerga e anda'».
Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior».
O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado.
Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II)
N° 6

«A água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna» (Jo 4,14)

O Senhor deu-Se a conhecer melhor. Ele dedica-Se a fazer com que sejam mais bem conhecidos os dons recebidos pela sua graça e concedeu-nos que louvássemos o seu nome; os nossos espíritos cantam o seu Espírito Santo. Porque o ribeiro jorrou, tornando-se uma grossa e poderosa torrente de água (Ez 47,1ss). Ele inundou e libertou o universo, e conduziu-o ao Templo. Os obstáculos dos homens não puderam pará-lo, nem sequer o artifício daqueles que retêm a água em represas. Porque Ele chegou a toda a Terra e cobriu-a completamente.


Todos os sedentos da Terra beberam; a sua sede foi saciada, pois o Altíssimo dessedentou os seus. Felizes os servos a quem Ele confiou as suas águas; nelas puderam acalmar os seus lábios ressequidos e reerguer a sua vontade paralisada. As almas moribundas foram arrancadas à morte; os membros exaustos foram reerguidos e estão de pé. Elas deram força ao seu esforço e luz aos seus olhos. Todos os conheceram no Senhor e vivem da água viva para toda a eternidade.