Terça-feira, dia  17 de Março de 2015
  
  Terça-feira da 4ª semana da Quaresma
  
S. Patrício, bispo, +461,  Beata Bárbara Maix, religiosa, +1873  
  Comentário do dia
Odes de Salomão :   «A água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a  vida eterna» (Jo 4,14)  
  Ezeq. 47,1-9.12.      Naqueles  dias, o Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta  saía água, em direção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada  para o Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do  templo, ao sul do altar. 
O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e  contornar o templo por fora, até à porta exterior, que está voltada para o  Oriente. As águas corriam do lado direito.  
Depois saiu na direção do Oriente com uma corda na mão; mediu mil  côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos tornozelos.  
Mediu outros mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos  joelhos. Mediu ainda mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me  à cintura.  
Por fim, mediu mais mil côvados: era uma torrente que eu não podia  atravessar. As águas tinham aumentado até se perder o pé, formando um rio  impossível de transpor.  
Disse-me então o Anjo: «Viste, filho do homem?» E fez-me voltar para  a margem da torrente.  
Quando cheguei, vi nas margens da torrente uma grande quantidade de  árvores, de um e outro lado.   
O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce até  Arabá e entra no mar, para que as suas águas se tornem salubres.  
Em toda a parte aonde chegar esta torrente, todo o ser vivo que nela se  move terá novo alento e o peixe será muito abundante. Porque aonde esta  água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a  parte aonde chegar esta torrente.  
À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de  árvores de fruto: a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus  frutos. Todos os meses darão frutos novos, porque as águas vêm do  santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».  
    
  Salmos 46(45),2-3.5-6.8-9.      Deus é o  nosso refúgio e a nossa força,   
auxílio sempre pronto na adversidade.  
Por isso nada receamos,  ainda que a terra vacile   
e os montes se precipitem no fundo do mar. 
Os braços dum  rio alegram a cidade de Deus,   
a mais santa das moradas do Altíssimo.  
Deus está no meio dela e  a torna inabalável,   
Deus a protege desde o romper da aurora. 
O Senhor dos  Exércitos está connosco,   
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza. 
Vinde e contemplai as obras  do Senhor,   
as maravilhas que realizou na terra. 
  
  
  João 5,1-16.      Naquele  tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. 
Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em  hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos.  
e neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos. 
  
Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos.  
Ao vê-lo deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus  perguntou-lhe: «Queres ser curado?»  
O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza  na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de  mim».  
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda».  
No mesmo instante o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a  caminhar. Ora aquele dia era sábado.  
Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado: não  podes levar a tua enxerga».  
Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou disse-me: 'Toma a tua  enxerga e anda'».  
Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: 'Toma a tua enxerga e  anda'».  
Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus  tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local.  
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Agora estás  são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior».  
O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado.  
Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num  dia de sábado.  
    
    
  Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org  
  
    
  Comentário do dia:   
  Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II)  
  N° 6  
  «A água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que  dá a vida eterna» (Jo 4,14)
      O Senhor deu-Se a conhecer melhor. Ele dedica-Se a fazer com que sejam mais  bem conhecidos os dons recebidos pela sua graça e concedeu-nos que  louvássemos o seu nome; os nossos espíritos cantam o seu Espírito Santo.  Porque o ribeiro jorrou, tornando-se uma grossa e poderosa torrente de água  (Ez 47,1ss). Ele inundou e libertou o universo, e conduziu-o ao Templo. Os  obstáculos dos homens não puderam pará-lo, nem sequer o artifício daqueles  que retêm a água em represas. Porque Ele chegou a toda a Terra e cobriu-a  completamente.  
  
  
Todos os sedentos da Terra beberam; a sua sede foi saciada, pois o  Altíssimo dessedentou os seus. Felizes os servos a quem Ele confiou as suas  águas; nelas puderam acalmar os seus lábios ressequidos e reerguer a sua  vontade paralisada. As almas moribundas foram arrancadas à morte; os membros  exaustos foram reerguidos e estão de pé. Elas deram força ao seu esforço e  luz aos seus olhos. Todos os conheceram no Senhor e vivem da água viva para  toda a eternidade.  
  
  
  
              
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