Quarta-feira, dia  18 de Março de 2015
  
  Quarta-feira da 4ª semana da Quaresma
  
Santo Eduardo, rei de Inglaterra, mártir, +978,  S. Cirilo de  Jerusalém, bispo, Doutor da Igreja, +386  
  Comentário do dia
Beato John Henry Newman :   «Meu Pai trabalha intensamente e Eu também trabalho em todo o tempo»  
  Is. 49,8-15.      Assim fala  o Senhor: «No tempo da graça, Eu te ouvi; no dia da salvação, Eu te  ajudei. Eu te formei e designei para renovar a aliança do povo, para  restaurar a terra e reocupar as herdades devastadas; 
para dizer aos  prisioneiros: 'Saí para fora' e àqueles que vivem nas trevas: 'Vinde  para a luz'. Hão de alimentar-se em todos os caminhos e acharão pastagem  em todas as encostas.  
Não sentirão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre  eles, porque Aquele que tem compaixão deles os guiará e os conduzirá às  nascentes da água.  
De todas as minhas montanhas farei caminhos e as minhas estradas serão  niveladas.  
Ei-los que vêm de longe: uns do Norte e do Poente, outros da terra de  Sinim.  
Rejubilai, ó céus; exulta, ó terra; montes, soltai gritos de alegria,  porque o Senhor consola o seu povo e tem compaixão dos seus pobres.  
Sião dizia: 'O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim'.   
Pode a mulher esquecer-se da criança que amamenta e não ter carinho  pelo fruto das suas entranhas? Mas ainda que ela o esquecesse, Eu nunca te  esquecerei».  
    
  Salmos 145(144),8-9.13cd-14.17-18.      O Senhor  é clemente e compassivo,   
paciente e cheio de bondade.  
O Senhor é bom para com todos   
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas. 
O  Senhor é fiel à sua palavra 
e perfeito em todas as suas obras. 
O  Senhor ampara os que vacilam   
e levanta todos os oprimidos. 
O Senhor é justo em todos os  seus caminhos   
e perfeito em todas as suas obras. 
O Senhor está perto de quantos  O invocam,   
de quantos O invocam em verdade. 
  
  
  João 5,17-30.      Naquele  tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também  trabalho em todo o tempo». 
Esta afirmação era mais um motivo para os  judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também  por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus.  
Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos  digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao  Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente.  
Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há-de  manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados.  
Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá  vida a quem Ele quer.  
O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar,  
para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o  Filho não honra o Pai que O enviou.  
Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita  n'Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque  passou da morte à vida.  
Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora _ e já chegou _ em  que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.   
Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho  que tivesse a vida em Si mesmo;  
e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem.  
Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que  todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz:  
Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos  vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados.  
Eu não posso fazer nada por Mim próprio: julgo segundo o que oiço e o  meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade  d'Aquele que Me enviou».  
    
    
  Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org  
  
    
  Comentário do dia:   
  Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em  Inglaterra  
  Sermão «Cristo manifestado em Memória», PPS t. 4, nº 17  
  «Meu Pai trabalha intensamente e Eu também trabalho em todo o  tempo»
      Se observarmos o comportamento do Salvador durante a sua vida mortal, vemos  que ocultava propositadamente o conhecimento da sua identidade de Filho de  Deus e que, no entanto, ao mesmo tempo a revelava. Aparentemente queria que a  apreciássemos, mas não naquela altura – como se as suas palavras devessem  permanecer válidas desde logo, mas também devessem esperar um certo tempo  para serem esclarecidas; como se devessem esperar a sua vinda, que traria à  luz, a um tempo, Cristo e as suas palavras. […] Ele estava entre os seus  discípulos «como aquele que serve» (Lc 22,27). Aparentemente, foi só  depois da sua ressurreição, e especialmente depois da sua ascensão, quando  o Espírito Santo desceu, que os apóstolos entenderam quem era Aquele que  tinha estado com eles. […]  
  
  
Muitas vezes, tanto na Escritura como no mundo, não nos apercebemos da  presença de Deus no próprio instante em que ela está em nós; só mais  tarde, quando olhamos para trás, reconhecemos o que aconteceu anteriormente.  […] Que providência maravilhosa, que se faz de forma tão silenciosa apesar  de ser tão eficaz, tão constante, e sobretudo tão infalível! É isto que  é completamente desconcertante para o poder de Satanás, que é incapaz de  identificar a mão de Deus no desenrolar dos acontecimentos […]; os seus  múltiplos recursos são inúteis diante do silêncio majestoso e sereno, a  calma imperturbável e santa que reina na providência de Deus. […]  
  
  
A mão de Deus vela constantemente pelos seus e condu-los por um caminho  que eles não conhecem. Eles apenas podem crer; o que não conseguem ver  agora, vê-lo-ão depois. E, por esta fé, colaboram com as intenções de  Deus.  
  
  
  
              
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