segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 19 de Outubro de 2009
Segunda-feira da 29ª semana do Tempo Comum

S. Paulo da Cruz,presbítero, penitente, +1775, S. Pedro de Alcântara, religioso, +1562



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Basílio : «Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?»

Leituras

Romanos 4,20-25.
Diante da promessa de Deus, não duvidou por falta de fé. Pelo contrário,
tornou-se mais forte na fé e deu glória a Deus,
plenamente convencido de que Ele tinha poder para realizar o que tinha
prometido.
Esta foi exactamente a razão pela qual isso lhe foi atribuído à conta de
justiça.
Não é só por causa dele que está escrito foi-lhe atribuído,
mas também por causa de nós, a quem a fé será tida em conta, nós que
acreditamos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, Senhor nosso,
entregue por causa das nossas faltas e ressuscitado para nossa
justificação.


Lucas 1,69-70.71-72.73-75.
e nos deu um Salvador poderoso na casa de David, seu servo,
conforme prometeu pela boca dos seus santos, os profetas dos tempos
antigos;
para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos
odeiam,
para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais, recordando a sua
sagrada aliança;
e o juramento que fizera a Abraão, nosso pai, que nos havia de conceder
esta graça:
de o servirmos um dia, sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos,
em santidade e justiça, na sua presença, todos os dias da nossa vida.


Lucas 12,13-21.
Dentre a multidão, alguém lhe disse: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a
herança comigo.»
Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas
partilhas?»
E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um
homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.»
Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras
deram uma grande colheita.
E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não
tenho onde guardar a minha colheita?'
Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros,
construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens.
Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos;
descansa, come, bebe e regala-te.'
Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a
tua vida; e o que acumulaste para quem será?'
Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia, na Capadócia, Doutor da Igreja
Homília 6, sobre a riqueza; PG 31, 261ss. (a partir da trad. Luc comentado, DDB 1987, p. 110 rev.)

«Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?»

«Que hei-de fazer?» Há uma resposta imediata: «Satisfarei as almas dos
esfomeados; abrirei os meus celeiros e convidarei todos os que passam
necessidades. [...] Farei ouvir uma palavra generosa: vós, a quem falta o
pão, vinde a mim; tomai a vossa parte, de acordo com as vossas
necessidades, dos dons concedidos por Deus que jorram como que de uma fonte
pública.» Mas tu, homem rico, insensato, estás bem longe disso! Por que
razão? Ciumento de veres os outros gozarem de riquezas, entregas-te a
cálculos miseráveis, não te preocupas em distribuir a cada um o
indispensável, mas em tudo amealhar, privando os outros dos benefícios de
que poderiam usufruir. [...]

E vós, meus irmãos, estai atentos para não conhecerdes o mesmo destino que
este homem! Se a Escritura nos oferece este exemplo, é para que evitemos
comportar-nos do mesmo modo. Imitai a terra: como ela, dai frutos, e não
vos mostreis piores que ela, que no entanto é desprovida de alma. A terra
dá as suas colheitas não para o seu próprio gozo, mas para te servir.
Assim, todo o fruto da benevolência que revelares, recebê-lo-ás de volta,
dado que as graças que fazem nascer as boas obras voltam aos que as
dispensam. Alimentaste o que tinha fome, e o que deste mantém-se contigo, e
vem mesmo um suplemento. Como o grão de trigo caído na terra aproveita ao
que o semeou, o pão dado ao que tem fome far-te-á receber mais tarde
benefícios superabundantes. Que a finalidade da tua lavoura seja para ti o
início da sementeira no céu.




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