segunda-feira, 29 de março de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 30 de Março de 2010
3a-FEIRA DA SEMANA SANTA

3ª feira da Semana Santa
S. João Clímaco, religioso, +615, S. Leonardo Murialdo, confessor, +1900, Santa Irene, virgem (séc. IX)



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Molhando um bocado de pão, deu-o a Judas»

Leituras

Is. 49,1-6.
«Ouvi-me, habitantes das ilhas, prestai atenção, povos de longe. Quando
ainda estava no ventre materno, o SENHOR chamou-me, quando ainda estava no
seio da minha mãe, pronunciou o meu nome.
Fez da minha palavra uma espada afiada, escondeu-me na concha da sua mão.
Fez da minha mensagem uma seta penetrante, guardou-me na sua aljava.
Disse-me: «Israel, tu és o meu servo, em ti serei glorificado.»
Eu dizia a mim mesmo: «Em vão me cansei, em vento e em nada gastei as
minhas forças.» Porém, o meu direito está nas mãos do SENHOR, e no meu Deus
a minha recompensa.
E agora o SENHOR declara-me que me formou desde o ventre materno, para ser
o seu servo, para lhe reconduzir Jacob, e para lhe congregar Israel. Assim
me honrou o SENHOR. O meu Deus tornou-se a minha força.
Disse-me: «Não basta que sejas meu servo, só para restaurares as tribos de
Jacob, e reunires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti luz das
nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra.»


Salmos 71(70),1-2.3-4.5-6.15.17.
Em ti, SENHOR, me refugio, jamais serei confundido.
Pela tua justiça, livra me e protege me; inclina para mim os teus ouvidos e
salva me.
Sê a minha protecção e o refúgio onde me acolho. Tu prometeste salvar-me,
pois és o meu rochedo e a minha
Meu Deus, livra me das mãos do ímpio, das mãos do opressor e do violento.
Tu és a minha esperança, ó Senhor DEUS, e a minha confiança desde a
juventude.
Em ti me apoio desde o seio materno, desde o ventre materno és o meu
protector; és o objecto contínuo do m
A minha boca proclamará a tua justiça, e todo o dia anunciarei a tua
salvação, sabendo bem que ela é inen
Instruíste me, ó Deus, desde a minha juventude e até hoje anunciei sempre
as tuas maravilhas.


João 13,21-33.36-38.
Tendo dito isto, Jesus perturbou-se interiormente e declarou: «Em verdade,
em verdade vos digo que um de vós me há-de entregar!»
Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem a quem se referia.
Um dos discípulos, aquele que Jesus amava, estava à mesa reclinado no seu
peito.
Simão Pedro fez-lhe sinal para que lhe perguntasse a quem se referia.
Então ele, apoiando-se naturalmente sobre o peito de Jesus, perguntou:
«Senhor, quem é?»
Jesus respondeu: «É aquele a quem Eu der o bocado de pão ensopado.» E
molhando o bocado de pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.
E, logo após o bocado, entrou nele Satanás. Jesus disse-lhe, então: «O que
tens a fazer fá-lo depressa.»
Nenhum dos que estavam com Ele à mesa entendeu, porém, com que fim lho
dissera.
Alguns pensavam que, como Judas tinha a bolsa, Jesus lhe tinha dito:
'Compra o que precisamos para a Festa', ou que desse alguma coisa aos
pobres.
Tendo tomado o bocado de pão, saiu logo. Fazia-se noite.
Depois de Judas ter saído, Jesus disse: «Agora é que se revela a glória do
Filho do Homem e assim se revela nele a glória de Deus.
E, se Deus revela nele a sua glória, também o próprio Deus revelará a
glória do Filho do Homem, e há-de revelá-la muito em breve.»
«Filhinhos, já pouco tempo vou estar convosco. Haveis de me procurar, e,
assim como Eu disse aos judeus: 'Para onde Eu for vós não podereis ir',
também agora o digo a vós.
Disse-lhe Simão Pedro: «Senhor, para onde vais?» Jesus respondeu-lhe: «Para
onde Eu vou, tu não me podes seguir por agora; hás-de seguir-me mais
tarde.»
Disse-lhe Pedro: «Senhor, porque não posso seguir-te agora? Eu daria a vida
por ti!»
Replicou Jesus: «Darias a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: não
cantará o galo, antes de me teres negado três vezes!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de São João, 62, 63 (a partir da trad. En Calcat rev.)

«Molhando um bocado de pão, deu-o a Judas»

Quando o Senhor, Pão da Vida (Jo 6, 35), deu pão a este homem morto e
marcado, entregando a quem traía o pão vivo, disse-lhe: «O que tens a
fazer, fá-lo depressa». Não ordenava o crime; descobria o mal em Judas, e
anunciava-nos o nosso bem. O facto de Cristo ser entregue não terá sido o
pior para Judas e o melhor para nós? Por conseguinte, Judas prejudica-se,
beneficiando-nos sem o saber.

«O que tens a fazer, fá-lo depressa.» Palavras de um homem que está pronto,
não de um homem irritado. Palavras que não anunciam a punição de quem trai,
mas a recompensa do Redentor, Daquele que resgata. Ao dizer: «O que tens a
fazer, fá-lo depressa», Cristo, mais que condenar o crime de infidelidade,
procura apressar a salvação dos crentes. «Foi entregue por causa das nossas
faltas; como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela» (Rom 4, 25; Ef 5,
25). É isso que leva o apóstolo Paulo a dizer: «Amou-me e a Si mesmo Se
entregou por mim» (Gal 2, 20). De facto, ninguém entregava Cristo se Ele
mesmo não Se tivesse entregado. [...] Quando Judas O trai, é Cristo que Se
entrega; um negocia a sua venda, o Outro o nosso resgate. «O que tens a
fazer, fá-lo depressa»: não que tenhas poder para tal, mas porque é a
vontade Daquele que pode tudo. [...]

«Tendo tomado o bocado de pão, saiu logo. Fazia-se noite». E aquele que
saía era a noite. Então, quando a noite saiu, Jesus disse: «Agora o Filho
do Homem foi glorificado!» «Um dia passa ao outro esta mensagem» (Sl 18,
3), ou seja, Cristo confiou-Se aos Seus discípulos para que O escutassem e
O seguissem no amor. [...] Algo de semelhante acontecerá quando este mundo,
vencido por Cristo, acabar. Então, o joio deixará de se misturar com o
trigo, «então, os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»
(Mt 13, 43).




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