terça-feira, 6 de abril de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 07 de Abril de 2010
4ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

S. João Baptista de la Salle, presbítero, fundador, +1719, S. Pedro Nguyen Van Loo, presbítero, mártir, +1861



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Cardeal John Henry Newman : «Não nos ardia o coração?»

Leituras

Actos 3,1-10.
Pedro e João subiam ao templo, para a oração das três horas da tarde.
Era para ali levado um homem, coxo desde o ventre materno, que todos os
dias colocavam à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola
àqueles que entravam.
Ao ver Pedro e João entrarem no templo, pediu-lhes esmola.
Pedro, juntamente com João, olhando-o fixamente, disse-lhe: «Olha para
nós.»
O coxo tinha os olhos nos dois, esperando receber alguma coisa deles.
Mas Pedro disse-lhe: «Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho, isto te
dou: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!»
E, segurando-o pela mão direita, ergueu-o. No mesmo instante, os pés e os
artelhos se lhe tornaram firmes.
De um salto, pôs-se de pé, começou a andar e entrou com eles no templo,
caminhando, saltando e louvando a Deus.
Todo o povo o viu caminhar e louvar a Deus.
Bem o conheciam, como sendo aquele que costumava sentar-se à Porta Formosa
do templo a mendigar; ficaram cheios de assombro e estupefactos com o que
lhe acabava de suceder.


Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.
Louvai o SENHOR, aclamai o seu nome, anunciai entre os povos as suas obras.

Cantai-lhe hinos e salmos, proclamai as suas maravilhas.
Orgulhai-vos do seu nome santo; alegre-se o coração dos que procuram o
SENHOR.
Recorrei ao SENHOR e ao seu poder e buscai sempre a sua face.
vós, descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacob, seu escolhido.
Ele é o SENHOR, nosso Deus, e governa sobre a terra!
Ele recordará sempre a sua aliança, a promessa que jurou manter por mil
gerações,
pacto que fez com Abraão e aquele juramento que fez a Isaac.


Lucas 24,13-35.
Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada
Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém;
e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera.
Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e
pôs-se com eles a caminho;
os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.
Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto
caminhais?» Pararam entristecidos.
E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em
Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!»
Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de
Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o
povo;
como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser
condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo
isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados,
porque foram ao sepulcro de madrugada
e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que
afirmavam que Ele vivia.
Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as
mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.»
Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito
para crer em tudo quanto os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?»
E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em
todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para
diante.
Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite
vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles.
E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o
partir, entregou-lho.
Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da
sua presença.
Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos
falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos
os Onze e os seus companheiros,
que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!»
E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se
lhes dera a conhecer, ao partir o pão.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Cardeal John Henry Newman (1801-1892), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo
PPS 6, 10

«Não nos ardia o coração?»

Irmãos, compreendamos o que foram as aparições de Cristo aos Seus
discípulos depois da ressurreição; elas são da maior importância, porque
nos fazem ver que continua a ser possível uma comunhão deste género com
Cristo: é este o género de contacto com Cristo que hoje nos é dado. Neste
período de quarenta dias que se seguiu à ressurreição, Jesus inaugurou uma
nova relação com a Igreja, a Sua actual relação connosco, o género de
presença que quis garantir-nos.

Após a Sua ressurreição, como estava Cristo presente na Sua Igreja? Ia e
vinha livremente, sem nada que se Lhe opusesse, nem sequer as portas
fechadas. Mas, quando Ele estava presente, os discípulos não se apercebiam
imediatamente disso. [...] Os discípulos de Emaús só tiveram consciência da
Sua presença quando, de repente, compreenderam a influência que Ele tinha
exercido sobre eles: «Não nos ardia o coração?» [...]

Reparemos bem em que momento se lhes abriram os olhos [...]: no momento da
fracção do pão. É essa, com efeito, a actual disposição do Evangelho.
Quando se recebe a graça de compreender a presença de Cristo, só se O
reconhece mais tarde; actualmente, só pela fé se discerne a Sua presença.
Em lugar da presença sensível, Ele deixou-nos o memorial da Sua redenção:
torna-Se presente no sacramento. Quando foi que Ele Se manifestou? Quando,
por assim dizer, fez com que os Seus passassem de uma visão sem verdadeiro
conhecimento a um autêntico conhecimento na invisibilidade da fé.




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