sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 11 de Dezembro de 2010
Sábado da 2a semana do Advento

S. Dâmaso I, papa, +384, S. Juan Diego, indígena mexicano, vidente de Guadalupe, séc. XVI



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Efrém : Elias no Monte Horeb

Leituras

Sirac 48,1-4.9-11.
Levantou-se, depois, o pro-feta Elias, impetuoso como o fogo; as suas
palavras eram ardentes como um facho.
Fez vir sobre eles a fome e, no seu zelo, reduziu-os a poucos.
Com a palavra do Senhor fechou o céu e assim fez cair fogo por três vezes.
Quão glorioso te tornaste, Elias, pelos teus prodígios! Quem pode
gloriar-se de ser como tu?
tu foste arrebatado num redemoinho de fogo, num carro puxado por cavalos de
fogo;
tu foste escolhido, nos decretos dos tempos, para abrandar a ira antes de
enfurecer, reconciliar os corações dos pais com os filhos e restabelecer as
tribos de Jacob.
Felizes os que te viram e os que morreram no amor; pois, nós também
viveremos certamente.


Salmos 80(79),2-3.15-16.18-19.
Ó pastor de Israel, escuta, Tu que conduzes José como um rebanho, Tu que
tens o teu trono sobre os querubi
Mostra a tua grandeza às tribos de Efraim, Benjamim e Manassés! Desperta o
teu poder e vem salvar nos!
Ó Deus do universo, volta, por favor, olha lá do céu e vê: cuida desta
vinha!
Trata da cepa que a tua mão direita plantou, dos rebentos que fizeste
crescer para nós.
Mas estende a tua mão sobre o teu escolhido, sobre o homem que para ti
fortaleceste.
E nunca mais nos afastaremos de ti; conserva nos a vida e invocaremos o teu
nome.


Mateus 17,10-13.
Os discípulos fizeram a Jesus esta pergunta: «Então, porque é que os
doutores da Lei dizem que Elias há-de vir primeiro?»
Ele respondeu: «Sim, Elias há-de vir e restabelecerá todas as coisas.
Eu, porém, digo vos: Elias já veio, e não o reconheceram; trataram-no como
quiseram. Também assim hão de fazer sofrer o Filho do Homem.»
Então, os discípulos compreenderam que se referia a João Baptista.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Oeuvres, ed. Assemani, t. 1, p. 486 (a partir da trad. Thèmes et figures, DDB 1984, coll. Pères dans la foi 28-29, p. 285)

Elias no Monte Horeb

«Eis que o Senhor vai passar. Nesse momento, passou diante dele um vento
impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos, mas o
Senhor não estava naquele vento» (1Rs 19, 11). Em seguida, após o furacão,
ocorreram tremores de terra e relâmpagos; Elias percebeu que Deus também
não estava ali. O objectivo destes fenómenos era o de conter o zelo, aliás
louvável, do profeta nos limites da sua responsabilidade e ensinar-lhe, a
exemplo dos sinais da autoridade divina, que a severidade devia ser
temperada com misericórdia. De acordo com o sentido oculto, os turbilhões
de vento que precederam a vinda de Deus, os tremores de terra, os incêndios
ateados pelos ventos, eram sinais precursores do juízo universal. [...]


«Após o fogo, ouviu-se um murmúrio». Através deste símbolo, Deus refreia o
zelo imoderado de Elias. Com isto quer dizer-lhe: «Vês que os ventos
impetuosos não Me agradam, nem os terríveis tremores de terra, e que também
não gosto dos relâmpagos e dos raios: porque não imitas a doçura do teu
Deus? Porque não abrandas um pouco esse zelo que te consome, a fim de te
tornares protector dos homens do teu povo, em vez de seres seu acusador?» O
doce murmúrio representa a alegria da vida bem aventurada que será dada aos
justos quando, no fim dos tempos, tiver lugar o temível juízo final.
[...]


«Após ter escutado este murmúrio, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e
ficou de pé à entrada da gruta e eis que uma voz lhe falou: 'Elias, que
fazes aqui?' Ele respondeu: 'Sinto um zelo ardente pelo meu Senhor, o Deus
dos exércitos, pois os filhos de Israel abandonaram a Tua aliança'». O
profeta manteve-se à entrada da gruta, sem ousar aproximar-se de Deus que
chegava, e cobriu o rosto, pensando que não era digno de ver Deus. [...] No
entanto, tinha perante os seus olhos um sinal da clemência divina e, facto
que devia tê-lo tocado ainda mais, passava pessoalmente pela experiência da
bondade maravilhosa de Deus nas palavras que Ele lhe dirigia. Quem não
ficaria seduzido pela benevolência de uma tão grande majestade, por uma
pergunta tão doce: «Elias, que fazes aqui?»




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