sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 29 de Janeiro de 2011
Sábado da 3a semana do Tempo Comum

S. Sulpício Severo, bispo, +432, S. Constâncio, bispo, mártir, + 178, São José Freinademetz, presbítero, +1908, S. Valério, bispo, +315, Santo Aquilino



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Ele falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: 'Cala-te'»

Leituras

Heb. 11,1-2.8-19.
Ora a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se
vêem.
Foi por ela que os antigos foram aprovados.
Pela fé, Abraão, ao ser chamado, obedeceu e partiu para um lugar que havia
de receber como herança e partiu sem saber para onde ia.
Pela fé, estabeleceu-se como estrangeiro na Terra Prometida, habitando em
tendas, tal como Isaac e Jacob, co-herdeiros da mesma promessa,
pois esperava a cidade bem alicerçada, cujo arquitecto e construtor é o
próprio Deus.
Pela fé, também Sara, apesar da sua avançada idade, recebeu a possibilidade
de conceber, porque considerou fiel aquele que lho tinha prometido.
Por isso, de um só homem, e já marcado pela morte, nasceu uma multidão tão
numerosa como as estrelas do céu e incontável como a areia da beira-mar.
Foi na fé que todos eles morreram, sem terem obtido os bens prometidos, mas
tendo-os somente visto e saudado de longe, confessando que eram
estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
Ora, os que assim falam mostram que procuram uma pátria.
Se eles tivessem pensado naquela que tinham deixado, teriam tido
oportunidade de lá voltar;
mas agora eles aspiram a uma pátria melhor, isto é, à pátria celeste. Por
isso, Deus não se envergonha de ser chamado o «seu Deus», porque preparou
para eles uma cidade.
Pela fé, Abraão, quando foi posto à prova, ofereceu Isaac, e estava
preparado para oferecer o seu único filho, ele que tinha recebido as
promessas e
a quem tinha sido dito: Por meio de Isaac será assegurada a tua
descendência.
De facto, ele pensava que Deus tem até poder para ressuscitar os mortos;
por isso, numa espécie de prefiguração, recuperou o seu filho.


Lucas 1,69-70.71-72.73-75.
e nos deu um Salvador poderoso na casa de David, seu servo,
conforme prometeu pela boca dos seus santos, os profetas dos tempos
antigos;
para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos
odeiam,
para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais, recordando a sua
sagrada aliança;
e o juramento que fizera a Abraão, nosso pai, que nos havia de conceder
esta graça:
de o servirmos um dia, sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos,
em santidade e justiça, na sua presença, todos os dias da nossa vida.


Marcos 4,35-41.
Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.»
Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia
outras embarcações com Ele.
Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas
arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de
água.
Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada.
Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele,
despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te,
acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma.
Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?»
E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem
até o vento e o mar obedecem?»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, PS 54,10; CCL 39, 664

«Ele falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: 'Cala-te'»

Estás no mar e surge uma tempestade. Não te resta senão gritar: «Salva-me,
Senhor!» (Mt 14, 30) Ele estende-te a mão, O que anda sobre as ondas sem
temor, que te remove o medo, que assenta n'Ele próprio a tua segurança, que
te fala ao coração e te diz: «Pensa no que já suportei. Sofres por causa de
um mau irmão, de um inimigo exterior? Não tive Eu também os meus? À minha
volta, os que arreganhavam dos dentes, mais perto de Mim, o discípulo que
Me traiu».


É verdade, a tempestade causa estragos. Mas Cristo salva-nos «da pequenez
da alma e da tempestade» (Sl 54, 9 LXX). O teu navio está agitado? Talvez
seja porque em ti Cristo dorme. Sobre um mar furioso, o barco onde
navegavam os discípulos estava agitado, e contudo Cristo dormia. Por fim,
chegou o momento em que estes homens perceberam que estava com eles o
Senhor e Criador dos ventos. Aproximaram-se de Cristo, despertaram-nO:
Cristo mandou calar os ventos e fez-se uma grande calma.


O teu coração perturba-se com razão, se esqueces em Quem crês; e o teu
sofrimento torna-se insuportável se tudo o que Cristo sofreu por ti
permanece distante do teu espírito. Se não pensas em Cristo, Ele dorme.
Desperta Cristo, recorre à tua fé. Porque Cristo dorme em ti quando te
esqueces da Sua Paixão; se a recordas, Cristo vela por ti. Quando tiveres
meditado com todo o teu coração no que Cristo sofreu, não suportarás com
mais perseverança as tuas aflições? E talvez te sintas, com alegria,
levemente semelhante ao teu Rei no sofrimento. Sim, quando estes
pensamentos começarem a consolar-te e a dar-te alegria, saberás que foi
Cristo que Se levantou e que mandou calar os ventos; daí a calma que se faz
em ti. «Espero, diz um salmo, Aquele que me salvará da pequenez de alma e
da tempestade».




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