Quarta-feira, dia 02 de Abril de 2014
Quarta-feira da 4ª semana da Quaresma
S. Francisco de Paula, eremita, fundador, +1507, Santa Maria do Egipto (Egipcíaca), eremita, séc. V
Comentário do dia
Odes de Salomão : «Os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus»
Is. 49,8-15. Assim fala o Senhor: «Eu respondi-te no tempo da graça, Eu socorri-te no dia da salvação. Defendi-te e designei-te para renovar a aliança do povo, para restaurares o país e repartires as heranças devastadas,
para dizeres aos prisioneiros: 'Saí da prisão!' E aos que estão nas trevas: 'Vinde à luz!' Ao longo dos caminhos encontrarão que comer, e em todas as dunas arranjarão alimento.
Não padecerão fome nem sede, e não os molestará o vento quente nem o sol, porque o que tem compaixão deles os guiará, e os conduzirá em direcção às fontes.
Transformarei os meus montes em caminhos planos, e as minhas estradas serão alteadas.
Vede como eles chegam de longe! Uns vêm do Norte e do Poente, e outros, da terra de Siene.»
Cantai, ó céus! Exulta de alegria, ó terra! Prorrompei em exclamações, ó montes! Na verdade, o SENHOR consola o seu povo, e se compadece dos desamparados.
Sião dizia: «O SENHOR abandonou-me, o meu dono esqueceu-se de mim.»
Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, Eu nunca te esqueceria.
Salmos 145(144),8-9.13cd-14.17-18. O Senhor é clemente e compassivo,
é paciente e misericordioso.
O Senhor é bom para com todos,
a sua misericórdia se estende a todas as criaturas,
e o seu domínio estende-se
por todas as gerações.
O Senhor ergue todos os que caem
e reanima todos os abatidos.
O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e misericordioso em todas as suas obras.
O Senhor está perto de todos os que o invocam,
dos que o invocam sinceramente.
João 5,17-30. Naquela tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha intensamente, e Eu também trabalho em todo o tempo.»
Perante isto, mais vontade tinham os judeus de o matar, pois não só anulava o Sábado, mas até chamava a Deus seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus.
Jesus tomou, pois, a palavra e começou a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: o Filho, por si mesmo, não pode fazer nada, senão o que vir fazer ao Pai, pois aquilo que este faz também o faz igualmente o Filho.
De facto, o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que Ele mesmo faz; e há-de mostrar-lhe obras maiores do que estas, de modo que ficareis assombrados.
Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e os faz viver, também o Filho faz viver aqueles que quer.
O Pai, aliás, não julga ninguém, mas entregou ao Filho todo o julgamento,
para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida.
Em verdade, em verdade vos digo: chega a hora e é já em que os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão,
pois, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, também deu ao Filho o poder de ter a vida em si mesmo;
e deu-lhe o poder de fazer o julgamento, porque Ele é Filho do Homem.
Não vos assombreis com isto: é chegada a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz,
e sairão: os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida; e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação.
Por mim mesmo, Eu não posso fazer nada: conforme ouço, assim é que julgo; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a daquele que me enviou.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II)
Nº 42
«Os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus»
[Fala Cristo:]
Os que não Me reconheceram não beneficiaram;
Eu estava oculto aos que não Me possuíam.
Estou perto dos que Me amam.
Todos os meus perseguidores morreram;
Os que Me sabiam vivo procuraram-Me.
Ressuscitei, estou com eles,
Falo pela sua boca.
Eles repeliram os que os perseguem;
Sobre eles lancei o jugo do meu amor.
Como o braço do noivo sobre a sua noiva (Ct 2,6),
Assim é o meu jugo sobre os que Me conhecem.
Tal como a tenda dos esponsais se ergue em casa do noivo,
O meu amor protege os que crêem em Mim.
Não fui amaldiçoado,
Mesmo que assim tenha parecido.
Não pereci,
Embora assim o tivessem imaginado.
A mansão dos mortos viu-Me
E foi vencida,
A morte deixou-Me partir;
E a muitos comigo.
Fui para ela fel e vinagre;
Desci com ela à sua mansão,
Até ao mais fundo.
A morte deixou-Me
não conseguiu suportar o meu rosto.
Tive entre os seus mortos
Uma assembleia de vivos (1Ped 3,19; 4,6).
Falei-lhes com lábios vivos,
De forma que a minha palavra nunca foi vã.
Os que estavam mortos correram para Mim;
Gritaram e disseram: «Tem piedade de nós,
Filho de Deus, age connosco segundo a tua graça.
Faz-nos sair das cadeias das trevas,
Abre-nos a porta, para sairmos para Ti.
Vemos que a nossa morte
não se aproximou de Ti.
Sejamos nós também libertos contigo,
pois és o nosso Salvador.»
Quanto a mim, escutei as suas vozes,
recolhi a sua fé no meu coração.
Nas suas frontes escrevi o meu nome ( Ap 14,1);
eles são livres e pertencem-Me.
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