Sabado, dia  24 de Setembro de 2016
  
  Sábado da 25ª semana do Tempo Comum
  Nossa Senhora das Mercês
  
S. Vicente Maria Strambi, bispo, +1824,  Beata Rita Amada de Jesus,  religiosa, fundadora, +1913  
  Comentário do dia
São Tomás de Aquino :   O nosso título de glória é o Filho do Homem entregue nas mãos dos homens  
  Ecles. 11,9-10.12,1-8.      Jovem,  regozija-te na tua mocidade e alegra o teu coração na flor dos teus anos.  Segue os impulsos do teu coração e o que agradar aos teus olhos, mas sabe  que, de tudo isso, Deus te pedirá contas. 
Lança fora do teu coração  a tristeza, poupa o sofrimento ao teu corpo: também a meninice e a juventude  são ilusão. 
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua juventude,antes  que venham os dias maus e cheguem os anos, dos quais dirás: «Não sinto  neles prazer algum»; 
antes que escureçam o Sol e a luz, a Lua e as  estrelas, e voltem as nuvens depois da chuva; 
quando os guardas da tua  casa começarem a tremer, e os homens robustos, a vergar; quando as mós  deixarem de moer por serem poucas, e se escurecer a vista dos que olham pela  janela; 
quando se fecham as portas da rua, quando enfraquece a voz do  moinho, quando se acorda com o piar de um pássaro e emudecem as canções.  
Então, também haverá o medo das subidas, e haverá sobressaltos no  caminho, enquanto a amendoeira abre em flor, o gafanhoto engorda, e a  alcaparra perde as suas propriedades. Então, o homem encaminha-se para a sua  casa da eternidade, e as carpideiras percorrem as ruas; 
antes que se  rompa o cordão de prata e se quebre a bacia de oiro; antes que se parta a  bilha na fonte, e se desenrole a roldana sobre a cisterna. 
Então o pó  voltará à terra de onde saiu e o espírito voltará para Deus que o  concedeu. 
Ilusão das ilusões - disse Qohélet - tudo é ilusão. 
    
  Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17.      Vós  reduzis o homem ao pó da terra   
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos   
são como o dia de ontem que passou e como uma vigília da noite.
Vós os arrebatais como um sonho,   
como a erva que de manhã reverdece;
de manhã floresce e viceja,   
de tarde ela murcha e seca.
Ensinai-nos a contar os nossos  dias,   
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até  quando...   
Tende piedade dos vossos servos.
Saciai-nos desde a manhã  com a vossa bondade,   
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a  graça do Senhor, nosso Deus.   
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.
  
  
  Lucas 9,43b-45.      Naquele  tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse  aos discípulos:  
«Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às  mãos dos homens».  
Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para  eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.  
    
    
  Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org  
  
    
  Comentário do dia:   
  São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja  
  Comentário sobre a Epístola aos Gálatas, 6  
  O nosso título de glória é o Filho do Homem entregue nas mãos dos  homens
      «Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na cruz de Nosso Senhor  Jesus Cristo», diz São Paulo (Gal 6,14). Repara, observa Santo Agostinho:  onde o sábio segundo este mundo julgou encontrar a vergonha, aí descobriu o  apóstolo Paulo um tesouro; pois aquilo que para outro é loucura é para ele  sabedoria (1Cor 1,17s) e título de glória.  
  
Com efeito, cada um retira a sua glória daquilo que, a seus olhos, o  torna grande; se julga ser um homem importante por ser rico, glorifica-se nos  seus bens. Mas aquele que não encontra grandeza para si senão em Jesus  Cristo põe a sua glória apenas em Jesus; assim era o apóstolo Paulo, que  dizia: «Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim»(Gal 2,20). É  por isso que apenas se gloria em Cristo, e sobretudo na cruz de Cristo. É que  nesta cruz estão reunidos todos os motivos de glória que um homem pode ter.  
  
Há pessoas que retiram a sua glória da amizade com os grandes e  poderosos; Paulo, porém, apenas tem necessidade da cruz de Cristo, onde  descobre o sinal mais evidente da amizade de Deus: «Deus demonstra o seu amor  para connosco pelo facto de Cristo haver morrido por nós quando ainda éramos  pecadores» (Rom 5,8). Não, nada manifesta tão bem o amor de Deus para  connosco como a morte de Cristo. «Oh, testemunho inestimável do amor!»,  exclama São Gregório. «Para resgatar o escravo, entregastes o Filho!»  
  
  
  
              
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