Quinta-feira, dia  16 de Fevereiro de 2017
  
  Quinta-feira da 6ª semana do Tempo Comum
  
Beato José Allamano, presbítero, fundador, +1926  
  Comentário do dia
São João da Cruz :   «Não compreendes as coisas de Deus»  
  Gén. 9,1-13.      Deus  abençoou Noé e os seus filhos, dizendo: «Sede fecundos, multiplicai-vos e  enchei a terra.   
Sereis temidos e respeitados por todos os animais da terra, por todas as  aves do céu, por tudo quanto rasteja sobre a terra e por todos os peixes do  mar: sujeito-os ao vosso poder.  
Tudo quanto tem movimento e vida vos servirá de alimento; tudo isso vos  dou, como vos dei a verdura das plantas.  
Mas não comereis carne com vida, isto é, com sangue.  
Do vosso sangue, que é a vossa vida, Eu pedirei contas a todos os  animais e pedirei contas ao homem; a cada um pedirei contas da vida de seu  irmão. Eu pedirei contas da vida humana.  
Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem será o seu sangue  derramado, porque Deus fez o homem à sua imagem.  
Quanto a vós, sede fecundos e multiplicai-vos, povoai e dominai a  terra.  
Deus disse a Noé e a seus filhos:  
«Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência  
e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais  domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram  da arca e agora vivem na terra.  
Estabelecerei convosco a minha aliança: de hoje em diante nenhuma  criatura será exterminada pelas águas do dilúvio, e nunca mais um dilúvio  devastará a terra».  
Deus disse ainda: «Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco  e com todos os animais que vivem entre vós, por todas as gerações futuras:  
farei aparecer o meu arco sobre as nuvens, que será um sinal da  aliança entre Mim e a terra.  
    
  Salmos 102(101),16-18.19-21.29.22-23.      Os povos  temerão, Senhor, o vosso nome,   
todos os reis da terra a vossa glória.  
Quando o Senhor reconstruir Sião   
e manifestar a sua glória,  
atenderá a súplica do infeliz   
e não desprezará a sua oração.  
Escreva-se tudo isto para as gerações futuras   
e o povo que se há de formar louvará o Senhor.  
Debruçou-Se do alto da sua morada,   
lá do Céu o Senhor olhou para a terra,  
para ouvir os gemidos dos cativos,   
para libertar os condenados à morte.  
Os filhos dos vossos servos hão  
 de permanecer   
e a sua descendência se perpetuará na vossa presença,  
para ser proclamado em Sião o nome do Senhor   
e em Jerusalém o seu louvor,  
quando se reunirem todos os reinos   
para servirem o Senhor.  
  
  
  Marcos 8,27-33.      Naquele  tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de  Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu  sou?».  
Eles responderam: «Uns dizem João Baptista; outros, Elias; e outros,  um dos profetas».  
Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro  tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias».  
Ordenou-lhes então severamente que não falassem d'Ele a ninguém.  
Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer  muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos  escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois.  
E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à  parte e começou a contestá-l'O.  
Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro,  dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas  só as dos homens».  
    
    
  Tradução litúrgica da Bíblia  
  
    
  Comentário do dia:   
  São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja  
  Cântico Espiritual  
  «Não compreendes as coisas de Deus»
      A profundidade da sabedoria e da ciência de Deus é imensa, a tal ponto que a  alma, ainda que numa certa medida lhe reconheça as maravilhas, pode sempre  penetrar ainda mais longe. Perante estas riquezas incalculáveis, S. Paulo  lançava este grito de admiração: «Oh profundidade dos tesouros da  sabedoria e da ciência de Deus! Como são incompreensíveis os seus juízos e  impenetráveis os seus caminhos!» (Rom 11,33).  
  
A alma deseja ardentemente mergulhar cada dia mais nestas divinas  profundezas, neste abismo imperscrutável dos juízos e dos caminhos de Deus;  conhecê-los é um gozo inestimável que ultrapassa qualquer sentimento. [...]  Oh! se se compreendesse como é impossível [...] possuir estes imensos  tesouros sem passar pelo sofrimento! Com que ardor a alma desejaria a graça  de sofrer a cruz! Com que consolação, com que alegria a acolheria para poder  entrar nos segredos dessa sabedoria divina! [...] Porque a porta que introduz  nos tesouros da sabedoria é tanto mais estreita (Mt 7,13) quanto não é  outra senão a própria cruz. Um grande número de almas, é certo, aspira a  gozar das delícias que ela nos dá; mas bem poucas há que desejem passar  pela única porta que aí conduz.  
  
  
  
  
  
              
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